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Itália: 150 anos de uma pequena grande potência

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A revista italiana de estudos geopolíticos “Eurasia” dedica o seu vigésimo volume ao próximo aniversário da unificação da Itália, com um número (2/2010), intitulado “Itália: 150 anos de uma pequena grande potência” . Quase três centenas de páginas para abordar a questão do ponto de vista mais adequado para “Eurasia”, que é o geopolítico.

O director Tiberio Graziani, no seu editorial, interroga-se sobre a “Geopolítica da Itália republicana” , ou melhor, sobre a ausência dela, que imputa não só à falta de cultura geopolítica das classes dominantes italianas, mas também à profunda crise de identidade nacional e à limitação da soberania determinada pela inclusão na esfera hegemónica dos EUA.

Os recentes desenvolvimentos internacionais abrem todavia novas possibilidades para a Itália, desde que reconheça os dois novos marcos da própria política exterior: a Rússia, através da qual dissociar-se da esfera de influência dos EUA, e a Turquia, com a qual relançar uma política mediterrânica e no Médio Oriente.

Mesmo à “Itália e Turquia nos anos de Erdogan” é dedicada uma breve nota de Aldo Braccio (“Eurasia”). Os dois países têm reforçado os relacionamentos diplomáticos e económicos, e Berlusconi revelou-se um dos maiores mecenas da hipotética entrada da Turquia na UE. Um ulterior avanço na relação entre os dois países, porém, será impossível até Roma manter uma linha rigidamente atlantista e pró-Israel, afastando-se assim da nova orientação geopolítica de Ankara.

Duas são as contribuições que tratam das relações entre Itália e Rússia, apresentadas, respectivamente, por um autor russo e um italiano.

O russo é Vagif Gusejnov (“Vestnik Analitiki” ISOA), que expressa “Em matéria de cooperação entre a Rússia e Itália”, com particular incidência nos últimos anos, testemunhos de progresso em todos os pontos de vista. Ao contrário do que seja possível pensar, isso não tem sido possível graças às boas relações pessoais entre Putin e Berlusconi, mas principalmente à compreensão, por todos os actores políticos dos dois países, dos benefícios mútuos da cooperação. A Itália tem-se feito apreciar pela sua posição conciliatória, apesar da pressão dos EUA e da UE, e com o favor com o qual recebeu a proposta russa de um tratado de segurança colectiva na Europa. Relevantes as relações económicas e, acima de tudo, energéticas. Mas o optimismo sobre o futuro é principalmente o resultado daquela compreensão espiritual que parece atrair os Russos e os Italianos em direcção um ao outro.

A contribuição da fonte italiana é de Daniele Scalea (“Eurasia”) e ostenta o título eloquente “A importância da Rússia para Itália”. O artigo de Scalea é realmente complementar ao de Gusejnov porque enquadra a relação entre os dois países numa perspectiva histórica e do ponto de vista italiano. A distância geográfica, os acontecimentos históricos e as orientações geopolíticas durante séculos separaram os dois países, mas desde há cem anos Moscovo tem tido uma grande importância para a política externa italiana. Esta última é tradicionalmente baseada num sistema de pesos e contrapesos, de aliados e “amigos” que servem para limitar a sua intromissão. Hoje, só a Rússia pode ser para a Itália o tal “amigo” necessário para conter o excessivo poder dos EUA na relação de aliança desigual com Roma. Além disso, a Itália mais do que qualquer outra potência europeia está dependente da Rússia para o fornecimento de energia, mais uma razão para que os dirigentes italianos devam tornar Moscovo como um dos marcos principais da própria política externa.

A história de “A política externa italiana” é traçada de forma sintética mas precisa por um dos seus principais estudiosos, Alfredo Canavero (Universidade de Milão). Segundo o professor Canavero, o problema histórico da política externa italiana é o contraste entre a vontade de protagonismo e a fraqueza material, que muitas vezes levou a decepções ou mesmo catástrofes. Os melhores resultados foram obtidos no domínio da integração europeia, onde a Itália ainda pode desempenhar um papel importante.

Pietro Longo (Universidade l’Orientale de Nápoles) aprofunda “A política externa italiana no Médio Oriente”. Assim como as alianças europeias, e mais recentemente a NATO e a UE, ajudaram a garantir a segurança na fronteira dos Alpes, as relações com os países mediterrânicos foram essenciais para assegurar a longa faixa costeira. No entanto, a Itália não conseguiu desenvolver um coerente “mediterrânismo”, tentando pelo contrário explorar também no Mediterrâneo os sucedidos “atlantismo” e “europeismo”, mas resultando assim ligada às estratégias hetero-dirigidas. Esta é uma falha grave para um país que tem as próprias raízes no Mediterrâneo, e aqui está fisicamente localizado.

O Carpentier de Gourdon (“World Affairs”, EuroAsia Institute), afastando-se das regiões europeias e mediterrânicas, trata de “Itália e Índia: entre mito e história.”. O autor franco-indiano identifica inúmeras semelhanças geográficas e históricas entre os dois países. A intrigante viagem do artigo termina num evento emblemático: o papel de primeiro plano desenvolvido por uma italiana, Sonia Gandhi, na classe dirigente indiana.

Muito espaço é dado para a questão linguística. Aldo Braccio (“Eurasia”) justifica a necessidade de “Defender a língua italiana”, lendo numa perspectiva geopolítica a afirmação global do idioma Inglês. A questão é examinada em detalhe por Claudio Mutti (“Eurasia”) com “O veículo linguístico da dominação dos Estados Unidos”, onde é apresentada uma história da língua italiana e da influência a que é submetida pelo Inglês. Sobre a situação actual e as perspectivas futuras da língua italiana pronuncia-se numa entrevista Giovanni Adamo (CNR).

Alessandra Colla (“Eurasia”) aborda um velho problema da Itália: as relações entre ”Igreja e Estado”. A Itália tem dentro de si um pequeno Estado, o Vaticano, que tem, no entanto, uma densa rede de influência e de poder em todo o território nacional italiano.

Pessimista a avaliação de Ernesto Di Fabrizio (escritor), pelo qual após cento e cinquenta anos desde a proclamação da Unidade, os Italianos seriam “Mais divididos do que antes.” A Itália sempre foi deficitária em termos de identidade nacional, e agora está sob o ataque atomizante da ideologia neoliberal.

Luca Donadei (escritor) descreve “A fraqueza estratégica italiana”, que basicamente depende da conformação geográfica do país: um pouco continental e um pouco marítimo (e, portanto, forçado a defender-se em ambos os lados), atravessado por cadeias montanhosas que dificultam as comunicações internas. Hoje, a Itália é protegida por uma “caixa de cristal” que consiste em alianças e relações diplomáticas, aparentemente segura, mas que, caso essas relações se deteriorassem (especialmente aquela com os EUA), deixaria o país exposto em toda a sua crescente vulnerabilidade.

Uma questão muito debatida na Itália e em muitos outros países é a da concorrência comercial chinesa: disso fala Caterina Ghiselli (“Strategic Advice”) no seu “O made in China desafia o made in Italy”.

Dario Giardi (escritor) trata da “Geopolítica da energia: a Itália no tabuleiro euro-mediterrânico”. De acordo com Giardi, a política energética tornou-se o foco da política externa dos Estados, e em particular a Rússia está a usa-la para ascender na hierarquia dos poderes. A Europa deveria agir de maneira uniforme e em cooperação com os EUA para diversificar e garantir as suas próprias fontes energéticas, mas evitar políticas anti-russas, anti-iranianas ou anti-chinesas. A Itália é muito vulnerável, pois o seu “mix energético” é muito caro e desequilibrado. As prioridades deveriam ser: a combinação de novos oleodutos e terminais de GNL para tornar-se um hub europeu da energia; dedicar-se à eficiência e à poupança energética; readoptar o nuclear; potenciar o solar; diversificar as fontes de energia.

“Ahi serva Itália …” é o título do artigo com o qual, ecoando Dante, Giancarlo La Grassa (economista) lamenta o estado deplorável da Itália, por 20 anos desprovida de política. Roma deveria apostar com decisão na multipolaridade que avança, defender o que resta das suas indústrias estratégicas dos desejos estrangeiros, esvaziar o hipertrófico aparelho da pública administração. Isso pode ser possível apenas ao ganhar a resistência daquele bloco social parasitário que vive da despesa pública improdutiva e, em vez disso, tentar mobilizar em favor da transformação as classes produtivas, incluindo o trabalho autónomo.

Alessandro Lattanzio (“Eurasia”) descreve a “Itália Atómica” e a história dos programas civis e militares.

Fabio Mini (geral auxiliar) critica a “Vontade de SpA” que recentemente se apoderou da Itália: o Governo criou uma série de SpA (Banca del Sud, Protecção Civil, Defesa Servizi) para permitir que os Ministérios possam contornar os procedimentos e os controles do Estado.

Costanzo Preve (filósofo) trata de “O comunismo italiano na segunda metade de ‘900”, desde Gramsci até o anti-Berlusconismo.

Externos ao dossier são alguns artigos: Fabio Falchi acerca do “Homo Europaeus”, Claudio Mutti em “Henry Corbin: A Euroásia como um conceito espiritual”, Alí Nakba Naseri sobre “O Irão e a paz no mundo” (texto da intervenção do embaixador do Irão na homónima conferência organizada por “Eurasia”, em Roma), Maria Rosa Comunale sobre “O caso Letónia”, Augusto Marsigliante sobre “As relações sino-Africanas.”

O volume é concluído por algumas entrevistas: para além do já mencionado Adamo, a Roberto Albicini (jornalista), Gianluigi Angelantoni (industrial), Giovanni Armillotta (“Africana”), Sergei Baburin (Duma, Federação Russa), Pietrangelo Buttafuoco (jornalista e escritor ), Tarun Das (confederação industriais indianos), Paolo Guerrieri (IAI, Universidade La Sapienza de Roma), Luciano Maiani (CNR), Sergio Romano (“Corriere della Sera”) e David Sanakoev (Ossétia do Sul, gabinete presidencial) .

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Capitalismo e (dis)ordine mondiale?

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L’idea di un declino dell’Impero Usa fu  formulata dai sociologi (storici) statunitensi, Eric Hobsbawm e Immanuel Wallerstein (Polanyi): un pensiero  tranciante che richiama molto il   crollismo capitalistico di tutto il Novecento, sviluppato però in questo caso da un paese dominante che  agisce sui doppi binari (livelli) di una politica di potenza ed in grado perciò di rilasciare continue sorprese prima del riconoscimento di un suo iniziale declino.

Secondo tali autori,  negli anni Settanta e Ottanta del secolo scorso, si  delineò la fase conclusiva di una “secolo breve” (1914-1991); il cui collasso finale dei regimi comunisti  accelerò  la fine di una stabilità internazionale,  e con essa  gli Stati nazionali, compresa la  differenza, tra  “Liberalismo” e  “Illuminismo”, che aveva campeggiato, con identificazioni statali il vecchio continente europeo, per circa tre secoli a partire dallo storico armistizio europeo di Westfalia del 1648:

Un’ipotesi ripresa  da Giovanni Arrighi come si evince nella raccolta dei suoi saggi raccolti in un libro postumo (a cura di Cesarale-Pianta), dal titolo“CAPITALISMO e (DIS)ORDINE MONDIALE”, ed., Il Manifesto Libri,2010; un insieme di scritti (tra i tanti)  frutto di una lunga permanenza in Usa dell’autore, dopo aver peregrinato tra università africane e l’università di sociologia di Trento dei primi anni settanta, prima di arrivare al periodo americano, alla “State University” di New York e al “Fernand Braudel Center” (1979)

Le sue indagini sui “Cicli sistemici di Accumulazione” e “Transizioni Egemoniche”,  con l’approssimarsi dell’inizio del nuovo secolo, si fecero improvvisamente cupe e gravide di incertezze   circa le prospettive storiche del futuro del Terzo Millennio, sempre avvolto secondo l’autore, da una “nebbia totale”; un chiaro richiamo  alla centralità del “Capitale Finanziario”, che sovrasta e copre ogni crisi del capitalismo che ha saputo rappresentare e tenere  un insieme ideologico dell’intero Novecento, da cui si sono liberati tutti  gli (ister)ismi  liberali ed in particolare quelli  marxisti che si sono   avvalsi,  per circa un secolo, della nota formula del “Imperialismo come supremo stadio del capitalismo”.

Una conferma ulteriore, della finanziarizzazione capitalistica arrivò con la cosiddetta   “Globalizzazione”,  tanto pubblicizzata, nei suoi epigoni democratici del “villaggio globale”, quanto vituperata da tutti i no-global, entrambi concordi sulle cause fondamentali della crisi dell’eccesso di finanza dei rapporti capitalisti; sfuggiva la motivazione principale, di quel surplus  finanziario, teso a nascondere un reale rapporto di dominio globale, come avvenne con l’emersione del  monocentrismo Usa, facendo seguito all’implosione dell’Urss (1989): un quindicennio di dominio globale Usa, prima  dell’ ingresso del multipolarismo (2002-03).

Non senza dimenticare come l’idea forza della globalizzazione  si sia potuta  incarnare nelle imprese definite “transnazionali” perché prive (si diceva) di una matrice di interesse nazionale; un viatico fondamentale ad una pervasività finanziaria che si  sviluppò con  nascondimento (apparente) di una corposa concretezza di interessi nazionali delle americanissime imprese (Usa) che agirono con caratterizzazioni egemoniche (mondiali), sotto le coperture finanziarie, delle imprese sub–dominanti (agenti mandatari) collocate nei paesi dominati.

Oltre ad un  dejà vu ossessivo che identificò, sempre, il Capitalismo finanziario, come la causa di ogni crisi capitalistica: un  semplice  rapporto di dominio nascosto e trasferito sull’economico e che costrinse il dominato a fare i conti (della serva), entro i vincoli economici assegnatigli; conseguenza  fondamentale di  una limitazione di autonomia per ciascun paese e finanche di un pensiero politico  depauperato dell’agire politico, in una politica  esangue e senza vita  che, come uno spettro, è capace ancora di irretire i popoli beoti irretiti dai luoghi  comuni di un  crollo del   capitalismo, con un vigore evocativo  simile ad uno scenario scientifico.

L’interesse dell’autore è rivolto principalmente alla crisi del “Washington consensus“ causa fondamentale  dell’emergente  Cina che ha saputo imporre un cambiamento fondamentale nelle relazioni tra il “Nord e il Sud del mondo”; un cambiamento di direzione imposto all’establishment americano, che intende reagire come paese dominante, secondo un proprio asse strategico dotato di conniventi convenienze economiche, perché in grado di   nascondere le  più profonde ragioni di una politica di potenza  in crisi di egemonia, nei cui confronti  l’economi(c)a rappresenta l’unico carburante valido  per una politica in grado di mettere in movimento “l’insieme di un complesso strategico”.

E’  su questa crisi di una declinante egemonia che si  è innestata una corsa strategica Usa mettendo  benzina sul fuoco  della Centralità Finanziaria, ormai  alle corde  dal multipolarismo che avanza, e  da un armamentario  ideologico del liberalismo-marxismo in disuso, alle spalle del trascorso Novecento;  e con il sostegno  ideologico di una  ricorsività  della finanziarizzazione del capitale, formulata dallo storico Fernand Braudel come  “caratteristica  ricorrente del capitalismo storico fin dal sedicesimo storico”, che ha dato la stura ad  una summa di  pensiero  “dell’Economia Mondo”(1) ;  e ripresa e fatta proprio  da Arrighi: “ l’accumulazione di capitale [si realizza] attraverso la compravendita delle merci ….In alcuni periodi anche lunghi il capitalismo sembrò specializzarsi come nel diciannovesimo secolo, quando esso si lanciò in modo tanto spettacolare nell’immensa novità dell’industria. Questa specializzazione indusse molti a presentare l’industria come la realizzazione ultima che avrebbe  conferito al  capitalismo il suo vero volto. Ma si trattava di una prospettiva di breve termine: dopo il primo boom del macchinismo, il capitalismo più elevato tornò all’eclettismo ad una specie di indivisibilità, come se lo specifico vantaggio di trovarsi in quei punti dominanti consistesse proprio nel non irrigidirsi in una sola scelta: nell’essere eminentemente adattabile e quindi non specializzato”.

E  l’emergere dell’idea che investire in unità produttive significa “assicurarsi una flessibilità e una libertà di scelta ancora maggiori in futuro…..In altre parole, le agenzie capitalistiche “preferiscono” la liquidità, e una parte insolitamente elevata delle loro disponibilità finanziarie tende a rimanere in forma liquida”.

Le espansioni finanziarie sono state (secondo l’autore) “ un aspetto integrante delle crisi egemoniche passate e presenti, nonché della loro trasformazione in crolli egemonici. Ma il loro impatto sulla tendenza delle crisi a risolversi in crolli egemonici è ambivalente. Per un verso, infatti, esse tengono la crisi sotto controllo inflazionando temporaneamente il potere dello stato egemonico in declino…  Questa reflazione permette allo Stato a egemonia declinante di contenere, almeno per un po’, le forze che sfidano la prosecuzione del suo dominio. Per un altro verso, però, le espansioni finanziarie consolidano queste ultime, ampliando e approfondendo la concorrenza tra Stati e tra imprese e i conflitti sociali, e riallocando il capitale verso strutture emergenti che promettono maggiore sicurezza o rendimenti più alti di quelli garantiti dalla struttura dominante”.

E’ proprio da qui  che si può evincere il doppio binario, sopra indicato,  dello strumento finanziario dello Stato Usa, che divide et impera le forze concorrenti; una (di)visione realizzata da una politica strategica realmente conflittuale, il cui flusso finanziario è soltanto l’aspetto di un più ampio conflitto strategico; come  altrettanto ampio è  lo spettro di dominio della potenza egemonica di un paese che intende collocarsi  entro uno spazio  geopolitico, compreso quello militare.

Il   gioco delle apparenze, svolto dal paese dominante Usa, si realizza con una indubbia efficacia persuasiva: una  duplicazione infinita  del finanziario che si svolge senza alcun riferimento delle economie reali, che continuano a sussistere in immagini riflesse dei  valori finanziari, come  in una camera di  specchi; un gioco delle apparenze che ha portato a uno  stato confusionale i  dominati europei, così come del resto  si è lasciato avvolgere il sistema politico  italiano, che, tra destra-sinistra, spazia dal risibile pensiero mercatista tremontiano, al mercato sociale e/o socialismo del mercato della sinistra, ai no global, alla finanza etica…, e “chi più ne ha più ne metta”.

La ricerca  sociale prospettata da Arrighi, contiene, come  gran parte del  mondo accademico, l’idea statica ‘del moto apparente del sole (intorno alla terra); una sorta di ‘pensiero alto’ che  tiene costantemente sotto osservazione  una ordinaria realtà empirica a copertura di un sottostante movimento tellurico, che trasforma, continuamente, la  superficie dell’ oggetto dell’analisi posta in essere.

Le stesse fissità di pensiero sui  macrosistemi economici-finanziari, simili a ombelichi del  mondo, hanno prodotto una spessa coltre ideologica al riparo degli ‘squarci di verità’ che hanno saputo  imporre i grandi pensatori da Marx, a Husserl…., nel disvelamento delle ideologie, che  imbragavano la realtà entro le apparenze dei dominanti.

Una ricerca sociale che possa essere considerata con una sufficiente scientificità, non può  avere come riferimento  una realtà  statica ( e/o in equilibrio), quanto considerare che ogni mutamento ( sviluppo) è rottura di  ogni  precedente (apparente) equilibrio, con una  posizione da occupare in progressione di un movimento (conflitto) in costante squilibrio (simile alle analisi schumpteriane dei processi innovativi dei prodotti derivati dalla rottura del flusso circolare ).

Oltre alla comprensione che  lo svelamento  dello squilibrio è il riconoscimento   di una realtà in movimento come   presupposto fondante  di ogni conflitto strategico: i cambiamenti di posizione diventano  parte integrante  di una stabilizzazione di una nuova  formazione economica-sociale ( pars costruens).        –

1)    Il termine “Economia Mondo” fu usato per la prima volta da F. Braudel (ricalcando le analisi di F. Rorig del 1933) e rappresenta un insieme di aree geografiche con diversa specializzazione produttiva e con diversi rapporti di produzione, collegati da relazioni commerciali; una divisione spaziale con un centro ed una periferia collegata secondo una dilatazione di scambi commerciali in  una forma di progressiva subordinazione economica.

GIANNI DUCHINI dicembre ‘10

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L’incubo geopolitico di Washington: Russia e Cina più vicine

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Fonte: “Reseau Voltaire


Qualsiasi siano i conflitti in corso all’interno delle mura del Cremlino fra Medvedev e Putin, ci sono ultimamente chiari segnali che sia Pechino sia Mosca si stiano muovendo con decisione, dopo un lungo periodo di esitazione, al fine di rafforzare la cooperazione strategica economica a fronte del palese sgretolarsi del ruolo d’unica superpotenza degli USA. Se questa tendenza si rafforzasse, si verificherebbe il peggiore incubo geopolitico di Washington: una massa continentale eurasiatica riunita, in grado di sfidare l’egemonia economica globale dell’America.


Parafrasando il proverbio cinese, potremmo affermare di vivere senza dubbio in «tempi interessanti». Non appena sembrava che Mosca si stesse avvicinando a Washington nel corso della Presidenza di Medvedev, accettando di cancellare la vendita all’Iran di un controverso sistema di difesa missilistica S-300 e iniziando a cooperare con Washington sui progetti della NATO, incluso forse lo scudo antimissile, Mosca e Pechino si sono accordati su una serie di misure che possono avere grosse implicazioni geopolitiche, non ultime per il futuro della Germania e quello dell’Unione Europea.

Nel corso d’incontri di vertice tenutisi a San Pietroburgo, il primo ministro cinese Wen Jiabao e la sua controparte russa, Vladimir Putin, hanno fatto una serie d’annunci passati relativamente inosservati nei principali mezzi di comunicazione occidentali, temporaneamente ossessionati dai dubbi scandali legati a “Wikileaks”. È già la settima volta che i dirigenti dei due paesi si incontrano quest’anno, e certamente questo significa qualcosa.

Ad oggi non ci sono stati molti investimenti cinesi nel mercato russo e quelli che si sono verificati, avevano forma prevalente di prestiti. Il valore degli investimenti diretti e di portafoglio in progetti concreti rimangono insignificanti, così come il livello di investimento della Russia in Cina: la situazione è destinata però a cambiare. Alcune società russe sono già quotate alla Borsa di Hong Kong ed esiste un numero di progetti di investimento russo-cinesi per la creazione di tecnoparchi sia in Russia sia in Cina.

Lasciando cadere il dollaro

I due Primi Ministri hanno annunciato, fra l’altro, di aver raggiunto un accordo per rinunciare al dollaro nel loro commercio bilaterale utilizzando al suo posto le proprie valute. Inoltre hanno raggiunto accordi potenzialmente di vasta portata su energia, commercio e modernizzazione economica delle remote regioni del vasto spazio euroasiatico dell’Estremo Oriente russo.

Fonti cinesi hanno rivelato alla stampa russa che questa mossa rifletterebbe relazioni più strette fra Pechino e Mosca e lo scopo non sarebbe quello di sfidare il dollaro. Putin ha allegramente annunciato: «Per quanto riguarda la compensazione commerciale, abbiamo deciso di usare le nostre valute». Egli ha aggiunto che la moneta cinese yuan ha cominciato ad essere scambiata col rublo russo nel mercato interbancario cinese, mentre il renminbi, fino ad ora solo moneta domestica e non convertibile, avrà presto una parità col rublo in Russia.

Ad oggi il commercio fra i due paesi avveniva in dollari. In seguito allo scoppio della crisi finanziaria nel 2007 e l’estrema volatilità del dollaro e dell’euro, entrambe le nazioni hanno cercato nuovi modi di evitare l’uso della valuta statunitense nel commercio, tentativo potenzialmente importante per il futuro della stessa. Al fine di ottimizzare lo sviluppo e la struttura del commercio, i due governi hanno creato la Camera di Commercio russo-cinese per i macchinari e prodotti tecnologici. Il Greenwood World Trade Center a Mosca, attualmente in costruzione da una società cinese, sarà nel 2011 un centro espositivo e commerciale di prodotti cinesi in Russia e servirà da piattaforma per incrementare gli scambi non governativi tra i due paesi.

Allo stato attuale il commercio fra Russia e Cina è in rapida crescita. Nei primi 10 mesi di quest’anno, il volume del commercio bilaterale ha raggiunto circa 35 miliardi di euro, un incremento su base annua del 45%. Quest’anno si prevede che gli scambi totali supereranno i 45 miliardi, portandosi così vicini al livello precedente alla crisi finanziaria. Entrambe le parti hanno intenzione di aumentare il volume degli scambi in maniera significativa nei prossimi anni e alcuni analisti russi credono che potrebbe anche raddoppiare nel giro d’un triennio. L’esclusione del dollaro non è cosa da poco e, se seguita da altri Stati dell’Organizzazione per la Cooperazione di Shanghai (il gruppo di sei paesi eurasiatici instaurato da Cina e Russia nel 2001) potrebbe indebolirne il ruolo di valuta di riserva mondiale.

Dal Trattato di Bretton Woods nel 1944 il dollaro è stato posto al centro del sistema di commercio globale e l’egemonia statunitense si è basata su due pilastri indispensabili: il dominio degli Stati Uniti come potenza militare insieme al ruolo esclusivo del dollaro come valuta di riserva mondiale. La combinazione di potenza militare e ruolo di riserva della propria valuta per tutto il commercio di petrolio, altre materie prime essenziali e prodotti finanziari, ha permesso a Washington di finanziarsi concretamente le sue guerre per il dominio globale col “denaro degli altri”.

Cooperazione energetica

Accordi interessanti sono stati siglati anche nell’ambito della cooperazione energetica bilaterale. È chiaro che i due colossi euroasiatici hanno in programma di espandere il commercio bilaterale al di fuori del dollaro in modi interessanti, includendo in maniera significativa l’energia, dove la Cina ha enormi deficit e la Russia enormi sovrappiù e non solo nel petrolio e nel gas.

Le due parti espanderanno la cooperazione nell’energia nucleare a partire dall’aiuto offerto dalla Russia alla Cina per la costruzione di centrali nucleari e di progetti congiunti russo-cinesi al fine di arricchire l’uranio in linea con le normative AIEA e produrlo in paesi terzi ed inoltre per costruire e sviluppare una rete di raffinerie petrolifere in Cina. È già in essere il primo progetto, Tianjin. Un accordo prevede l’acquisto di due reattori nucleari russi da parte della centrale nucleare cinese di Tianwan, il complesso più avanzato di energia nucleare in Cina. Così pure l’esportazione del carbone dalla Russia alla Cina dovrebbe superare i 12 milioni di tonnellate nel 2010, ed è destinata ad aumentare.

Le compagnie petrolifere cinesi forniranno anche gli investimenti necessari per aggiornare i progetti per l’esplorazione e lo sviluppo dei giacimenti d’idrocarburi e la raffinazione del petrolio, in joint venture con società statali e private russe. In aggiunta, un gasdotto russo-cinese diventerà operativo a fine anno. Un punto importante ancora da sistemare è l’ammontare del prezzo del gas russo alla Cina: l’accordo è previsto nei prossimi mesi. La Russia chiede un prezzo per la fornitura di gas Gazprom che sia uguale a quello per i clienti europei, mentre Pechino richiede uno sconto.

I maggiori progetti di sviluppo industriale

Ci saranno intensi e reciproci investimenti industriali nelle remote regioni lungo i 4200 km di frontiera in comune, in particolare fra la Siberia e l’Estremo Oriente russi ed il Dungbei cinese, dove negli anni ’50 e ’60, prima dell’incrinarsi delle relazioni fra Unione Sovietica e Cina, l’URSS aveva costruito centinaia di impianti industriali leggeri e pesanti. Quest’ultimi sono stati modernizzati e rimpiti di nuove tecnologie cinesi o d’importazione, ma le solida fondamenta industriali d’epoca sovietica sono ancora là.

Questo – sostengono alcuni analisti russi – conferirà alla cooperazione regionale un livello tecnologico più elevato, soprattutto fra i territori di Chabarovsk e Primor’e, le regioni di Čita e Irkutsk, la Transbaikalia, tutta la Siberia, l’Heilongjiang ed altre province cinesi.

Nel 2009 Cina e Russia firmavano un programma con scadenza 2018 per lo sviluppo congiunto di Siberia, Estremo Oriente russo, e province nord orientali della Cina, attraverso un chiaro piano d’azione che comprendeva dozzine di progetti di cooperazione tra le specifiche regioni per sviluppare 158 strutture nelle aree di confine, nel settore del legno, chimica, infrastrutture stradali e sociali, agricoltura e diversi progetti di esportazione di energia.

Il viaggio di Wen segue la visita di tre giorni del Presidente Medvedev in Cina a settembre, durante la quale assieme al presidente Hu Jintao ha lanciato il da tempo discusso gasdotto trans-frontaliero da Skovorodino, nella parte orientale della Siberia, a Daqing, nel nord est della Cina. Entro la fine del 2010 il petrolio russo inizierà a fluire verso la Cina al ritmo di 300.000 barili al giorno per i prossimi vent’anni, grazie ad un accordo di tipo “credito in cambio di petrolio” da 20 miliardi di euro, stipulato lo scorso anno.

La Russia sta cercando di espandersi all’interno del crescente mercato energetico asiatico e in particolar modo in quello cinese, e Pechino vuole migliorare il suo approvvigionamento energetico diversificando rotte e fonti. Il gasdotto raddoppierà l’esportazione di petrolio russo in Cina, oggi trasportato principalmente tramite una lenta e costosa rotta ferroviaria, e farà della Russia uno dei suoi primi tre fornitori di greggio alla Cina, assieme a Arabia Saudita e Angola; un importante realizzo geopolitico per entrambi.

Il premier cinese Wen durante una conferenza stampa a San Pietroburgo ha affermato che la partnership fra Pechino e Mosca ha raggiunto «livelli di cooperazione senza precedenti» e ha promesso che i paesi «non diventeranno mai nemici». È dalla rottura sino-sovietica durante la Guerra Fredda che la geopolitica di Washington cerca di creare una profonda spaccatura tra i due paesi per rafforzare la sua influenza sul vasto dominio eurasiatico.

Come ho affermato in precedenza, l’unica potenza del pianeta che in teoria potrebbe ancora offrire un deterrente nucleare credibile a Washington è la Russia, per quanti problemi economici possa avere. La capacità militare cinese è ancora distante anni da quella russa, ed è principalmente difensiva. Sembra essere la Cina l’unica potenza economica in grado di rappresentare una sfida per il declinante gigante statunitense. La complementarità fra i due sembra essere stata pienamente compresa. Forse le prossime rivelazioni di Wikileaks “scopriranno” dettagli imbarazzanti su questa cooperazione; dettagli convienti per l’agenda geopolitica di Washington. Per il momento, però, la crescente cooperazione economica sino-russa rappresenta il peggior incubo geopolitico di Washington in un momento in cui la sua influenza globale è chiaramente in declino.

(Traduzione di Eleonora Ambrosi)


* F. William Engdahl, economista e co-direttore di “Global Research”, fa parte del Comitato Scientifico di “Eurasia”.

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Eurasia incontra la delegazione UE turca

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Giovedi 16 dicembre presso l’Hotel Nazionale di Piazza Montecitorio a Roma, Tiberio Graziani direttore della rivista di studi geopolitici Eurasia, ha incontrato la delegazione dell’Unione Europea di Turchia a Bruxelles. Lo scopo dell’incontro è stato quello di fornire ai giornalisti turchi una lettura adeguata dei rapporti fra Europa e Turchia.

Graziani ha sottolineato come da un punto di vista geopolitico l’Europa occidentale non sia altro che una penisola del continente eurasiatico, centrando quindi l’attenzione sull’importanza per la cooperazione fra gli Stati ed i popoli del continente, di spazi come quello ricoperto dalla Turchia potenza emergente eminentemente eurasiatica per posizione e storia. Ankara, crollata la tradizione imperiale ottomana, diventò un avamposto della dottrina del containment statunitense ospitando, come l’Italia, basi militari americane, aderendo alla Nato, sviluppando rapporti speciali con Israele e quindi in definitiva ricoprendo un importante ruolo nella strategia di divisione del Mediterraneo e dell’Eurasia chiodo fisso di Washington. Negli ultimi tempi però, dopo la sbornia unipolarista dei primi anni novanta, la Turchia per mezzo soprattutto del “triumvirato” Gul / Erdogan / Davutoglu e a causa del crescente multipolarismo che ha visto l’imporsi di nuove potenze come Brasile, Cina, India, Russia è riuscita a ritagliarsi un ruolo di “attore emergente”, diventando anche un polo di aggregazione nel mediterraneo come testimoniano i recenti scontri con Tel Aviv; per tali motivi soltanto la scarsa visione politica dei burocrati europei – troppo immobili nel seguire le strategie elaborate a Washington (basterà citare il progetto EuroMediterraneo del presidente francese Sarkozy)- pone un freno all’ingresso della Turchia nell’Unione Europea. Questo non gioverebbe soltanto economicamente alle popolazioni mediterranee ed europee, ma semplicemente sancirebbe la vicinanza di una storia millenaria condivisa. Leggendo la situazione presente e futura da un punto di vista geopolitico, chiarisce Graziani, l’Europa ha tutto l’interesse ad accogliere la Turchia e non deve farsi sviare da progetti antagonisti alla cooperazione eurasiatica che siano energetici, economici o culturali. I giornalisti turchi hanno espresso grande apprezzamento per questo maturo approccio geopolitico e “sovrano” confermando di aver riscontrato ostilità proprio fra coloro più schierati verso un approccio troppo transatlantico dell’Europa occidentale.

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Presentazione de “La sfida dell’India” a Roma

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Presso la sede dell’Istituto Affari Internazionali (IAI) a Roma, giovedi 16 dicembre 2010 si è tenuta la presentazione del volume di Vincenzo Mungo “La sfida dell’India. Nascita di una superpotenza?”(1) che per le Edizioni all’insegna del Veltro affronta le specificità dell’Unione Indiana capace di far fruttare diversità, storia e geografia nel tentativo di imporsi come polo emergente.

La conferenza è stata moderata dal Presidente dello IAI (2) Stefano Silvestri, che ha aperto gli interventi presentando il libro e sottolineandone l’aspetto specifico riguardante il binomio tradizione/modernità che fa dell’India una protagonista particolare nell’arena internazionale.

Tiberio Graziani, Direttore della Rivista Eurasia e prefatore del volume, ha successivamente posto l’attenzione sull’importanza dell’approccio geopolitico, capace di delineare il crescente peso che Nuova Delhi ha nello scacchiere internazionale e nell’odierno sistema multipolare. La scarsa attenzione da parte dell’Italia nei confronti dell’Unione, solo parzialmente bilanciata dall’interesse della piccola e media impresa conferma la poca lungimiranza e la mancanza di pensiero strategico di gran parte delle nostre classi dirigenti. L’India invece, sin dalla Costituzione – sebbene questa la leghi ancora al sistema anglosassone – è riuscita a ritagliarsi il proprio spazio oggi in costante aumento da un punto di vista economico e politico, guidata come è da una visione geopolitica o almeno geostrategica. Le costanti relazioni con nuovi attori, come è per esempio l’Iran, che fanno concorrenza ai rapporti speciali avuti in passato, per esempio con Israele e la visione dei cicli concentrici riguardanti sia l’aspetto militare sia la diplomazia, sottolineano la coerenza di una visione a lungo termine. Per questi ed altri elementi, afferma il direttore di Eurasia, l’India potrebbe essere superpotenza, Paese egemone, anche se deve affrontare fragilità interne dovute all’enormità continentale, alla grande diversità interna – che però come ricorda Mungo è uno dei motori capaci di far sviluppare l’India difendendo le identità – e allo spinoso rapporto con il Pakistan (reso ancor più spinoso da ingerenze occidentali tramite i servizi segreti ISI), che cerca di risolvere aderendo all’Organizzazione per la Cooperazione di Shanghai (OCS).

Interessante anche l’intervento dell’Ambasciatore Antonio Armellini, per anni inviato di Roma in India, che grazie alla conoscenza diplomatica e diretta del Paese sottolinea la mancanza di contatti adeguati e profondi con l’Italia, come invece per motivi storici Nuova Delhi ha con l’Inghilterra e in seconda battuta con Francia e Germania. L’Ambasciatore sottolinea poi due aspetti particolari prendendo spunto dal volume: la specificità della cultura indiana, passata attraverso l’assimilazione di parte della cultura coloniale inglese e la natura delle caste, quasi imperscrutabili da un punto di vista “occidentale”, oggi più fluide, ma sempre importanti soprattutto per la formazione del consenso politico. L’etica induista ha consentito all’India di evitare sconvolgimenti sociali, ma oggi i pericoli possono derivare dall’ossessione cinese e dalla spina Pakistan, ma effettivamente ricorda Armellini valorizzando l’approccio geopolitico, anche i nuovi rapporti Sud-Sud rappresentano un rovesciamento geopolitico e una novità nei rapporti internazionali.

L’autore del volume, Vincenzo Mungo, esperto di India e capo servizi esteri Radio Rai, si è concentrato quindi sulla possibilità che l’India diventi una superpotenza, di cui il Congresso inizialmente filo-occidentale, poi percorso da fremiti anti-occidentali e infine protagonista nell’adottare la Costituzione, è l’esempio della forza indiana: ossia la diversità di idee e la presenza di ideologie forti che potranno fungere da polo di aggregazione forse più potente che l’Islam, coadiuvate come sono dalle tecnologie interne e dal nucleare, tramite i quali, l’India potrà dialogare con l’attuale unipolarismo in decadenza. Unipolarismo messo in crisi anche dai rapporti Sud-Sud che propongono aggregazioni orizzontali con America IndioLatina, Africa e Asia meridionale, ma anche dalla visione geopolitica che – ricorda ancora Graziani – riguarda l’espansione nell’Oceano Indiano, buoni rapporti con Russia e, novità pregna di significati, con la Cina.

Per approfondire ed indagare il futuro dell’India e con essa del mondo, non resta che accodarci all’invito dei relatori e consigliare la lettura del volume.

  1. http://www.insegnadelveltro.it/catalogo/metropoli/india.htm
  2. http://www.iai.it/index_it.asp
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Mosca contrasta la NATO

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Fonte: http://www.atimes.com/atimes/Central_Asia/LL14Ag01.html


Molte persone non sanno che l’affermazione dell’ex presidente degli Stati Uniti Ronald Reagan “fidati, ma verifica” è in realtà la traduzione di un proverbio russo – doveryai, no proveryai. Due decenni nell’era post-guerra fredda, Mosca vuole reclamare la frase contraddittoria dal repertorio statunitense ed applicarlo alla Russia del “reset” dei rapporti con gli Stati Uniti.

La batosta che il presidente statunitense Barack Obama ha ricevuto alle elezioni di metà termine del congresso, le informazioni di Wikileaks sui piani di difesa della North Atlantic Treaty Organization (NATO) contro “la possibile aggressione russa“, l’annuncio della decisione USA di schierare un reparto della forza aerea presso la base aerea di Lask, in Polonia, il discorso belligerante della scorsa settimana del senatore John McCain, rimettono in discussione tutta la filosofia del reset con la Russia – e tutto ciò crea un senso di inquietudine a Mosca.

Non sorprende che il messaggio che esce dal vertice della Collective Security Treaty Organization (CSTO) a Mosca, di Sabato scorso, è che Mosca vuole una propria alleanza che sia ulteriormente rafforzata come “elemento chiave per garantire la sicurezza nello spazio post-sovietico” e per valorizzare la sua immagine a livello globale. La CSTO comprende Armenia, Bielorussia, Kazakistan, Kirghizistan, Russia, Tagikistan e Uzbekistan.

Le elezioni di medio termine negli Stati Uniti lasceranno la Russia, come molti altri paesi, chiedersi se le speranze puntate sulla capacità di Obama di attuare il “reset” non abbiano molte supposte ragione di esistere, nei fatti. Il discorso di McCain alla Johns Hopkins School of Advanced International Studies di Venerdì scorso, segnalava che il reset è sicuramente incontrerà una rigida opposizione del Congresso dominato dai repubblicani.

McCain ha messo in dubbio la necessità stessa del reset quando “la Russia sta diventando sempre meno capace di essere una globale, grande potenza partner degli Stati Uniti“, quando gli interessi statunitensi e russi per lo più divergono, quando non hanno tutti i valori condivisi; quando il sistema politico russo è “irresponsabile e predatorio“, presieduto da un “quasi criminale sindacato dominante“, che “ruba, mente e aggredisce i propri cittadini con virtuale immunità“.

Citando disaccordi continui con la Russia sulla difesa antimissile in Europa, la schiacciante superiorità della Russia nelle armi nucleari tattiche e i diversi approcci nell’apertura dei mercati dell’energia, McCain ha invitato l’amministrazione Obama di essere “più decisa nella difesa dei nostri interessi e valori“, e per collegare l’ammissione della Russia al World Trade Organization alla sua adesione al dominio del diritto.

La bonomia inventata in occasione del vertice della Nato a Lisbona il mese scorso s’è del tutta dissipata. Nel frattempo, le rivelazioni di WikiLeaks mettono un punto interrogativo sulla sincerità della NATO nel “reset” con la Russia. Secondo i cabli diplomatici degli Stati Uniti, a gennaio la NATO ha elaborato piani per difendere gli Stati baltici contro una possibile aggressione militare russa e la segretaria di Stato Hillary Clinton ha voluto che i piani fossero tenuti segreti a Mosca.

Mosca dice che questi piani sono stati approvati al vertice di Lisbona, anche se l’alleanza ha dichiarato di voler tentare un “vero e proprio partenariato strategico” con la Russia sulla base di interessi comuni sulla sicurezza e la necessità di affrontare “sfide comuni, individuate congiuntamente“.

Mosca è infastidita. Il ministro degli Esteri Sergei Lavrov ha detto, “Con una mano la NATO … negozia con noi alcuni importanti documenti che miravano a una partnership paritetica, e con l’altra mano prende alle nostre spalle decisioni circa la necessità di difesa contro di noi… Abbiamo posto queste domande e ci aspettiamo di ottenere risposte. Presumo che abbiamo il diritto di farlo.”

Allo stesso modo, a seguito dei colloqui a Washington di Mercoledì tra Obama e il presidente polacco in visita Bronislaw Komorowski, i due paesi hanno annunciato un rafforzamento dei loro legami della difesa nello spirito della Dichiarazione sulla cooperazione strategica USA-Polonia del 2008, che prevede la cooperazione tra le due forze aeree e l’istituzione di un distaccamento aereo statunitense in Polonia.

Il Ministero degli Esteri russo ha reagito, collegando la decisione statunitense-polacca, con la divulgazione dei Wikileaks e lo schieramento in Polonia, nel 2009, dei sistemi di difesa aerea Patriot, “Il vero scopo è anche ciò che solleva questioni“. Ironia della sorte, Komorowski ha ospitato Medvedev a Varsavia, appena prima di procedere per Washington. Questa è stata la prima visita di un leader russo in Polonia in 10 anni e i media occidentali l’hanno lodata come una svolta storica nella sicurezza europea.

Mosca ha detto: “Sembra che stiamo assistendo ad un riflesso antico della NATO attivato per costruire la potenza a scapito della sicurezza di altri paesi – è tanto più strano che tutto questo succede dopo l’esito positivo del vertice del Consiglio Russia-NATO e delle dichiarazioni dell’Alleanza che la Russia non è considerata un avversario … noi [la Russia] saremo costretti a considerare i piani USA-polacchi nell’attuazione dei nostri programmi per la creazione delle forze armate e nel lavoro con i nostri alleati“.

Così, il summit della CSTO a Mosca di Sabato, ha avuto luogo in un contesto politico complesso. Inizialmente, l’ordine del giorno era quello di concentrarsi sul miglioramento del meccanismo di risposta alle crisi dell’alleanza, “al fine di aumentare il potenziale CSTO nel rispondere alle minacce e alle sfide alla sicurezza“.

In poche parole, la CSTO è stata praticamente impedita dall’Uzbekistan nell’intervenire nella crisi in Kirghizistan di giugno, e un vertice informale di questa alleanza a Yerevan ad agosto, aveva ordinato che delle modifiche devono essere effettuate nello statuto della CSTO, “per migliorare l’efficienza … in materia di risposta alle emergenze“. È interessante notare che Mosca ha avuto successo nel persuadere Tashkent ad andare avanti con la revisione degli statuti della CSTO e che il presidente Uzbeko Islam Karimov ha partecipato al vertice di Sabato.

Il vertice ha approvato una dichiarazione sulla cooperazione in ambito internazionale. Mosca è chiaramente interessata a valorizzare il ruolo della CSTO a livello internazionale, come contrasto alla auto-proiezione della NATO al suo vertice di Lisbona, come l’unica organizzazione di sicurezza globale. Ha inoltre deciso una forza di pace collettiva, e sulle imprese “out-of-area” sul modello attuato dalla NATO in Afghanistan.

Pertanto, i paesi membri della CSTO hanno espresso la volontà di non attuare solo compiti di peacekeeping, ma anche “offrire, a determinate condizioni, queste forze di pace collettiva per le operazioni che vengono condotte su decisione dal Consiglio di Sicurezza dell’ONU“. Il vertice di Mosca pone l’accento sul “coordinamento della politica estera” tra i paesi membri della CSTO, simile al sistema della NATO.

Chiaramente, la CSTO ha reagito al risultato del vertice di Lisbona della NATO. La partecipazione dell’Uzbekistan al vertice di Sabato, rafforza Mosca. Un netto raffreddamento è evidente nelle relazioni tra l’Uzbekistan e gli USA. La Clinton, durante la sua visita a Tashkent il 2 dicembre, ha pubblicamente rimproverato il governo Uzbeko. Ha detto che l’Uzbekistan dovrebbe “tradurre le parole in fatti” per migliorare la propria situazione dei diritti umani.

Rivolgendosi ad un gruppo di leader di ong a Tashkent, la Clinton ha detto: “Io ho spinto [Karimov] a dimostrare il suo impegno attraverso una serie di passaggi, a garantire che i diritti umani e le libertà fondamentali siano veramente tutelati in questo paese.” La Clinton ha rivelato che ha rimproverato Karimov sui temi delle restrizioni alla libertà religiosa, della tortura e del lavoro minorile in Uzbekistan. “Abbiamo sollevato questi problemi … e continueremo a fare del miglioramento dei diritti umani in Uzbekistan una parte integrante dell’espansione delle nostre relazioni bilaterali“.

Washington ha ragione di essere scontenta di Tashkent. Karimov ha collaborato con la Russia nel soffocare la mossa degli Stati Uniti di introdurre l’Organizzazione della Sicurezza e la Cooperazione in Europa (OSCE) come fornitore di sicurezza in Asia centrale. Ancora più importante, Tashkent ha apertamente criticato la strategia degli Stati Uniti in Afghanistan.

In occasione del vertice OSCE di Astana del 1° dicembre (in cui Karimov non è riuscito a partecipare), il ministro degli Esteri Uzbeko, Vladimir Norov ha accusato l’OSCE e le sue strutture per “l’impossibilità di svolgere un ruolo positivo nella prevenzione e nella neutralizzazione degli eventi di sangue di giugno” in Kirghizistan. E’ stata un’accusa al tentativo di Washington di infilare l’OSCE in Kirghizistan come sostituta della CSTO nella regione.

Ancora più diretta è stata la critica di Norov alla strategia del surge di Obama. “E’ sempre più chiaro che non esiste una soluzione militare al problema afghano, e che la strategia d’insediamento scelta dalle forze della coalizione, non sta rendendo i risultati attesi.

Norov ha ribadito la proposta di Tashkent di trovare soluzioni alternative per una soluzione pacifica nell’Afghanistan, attraverso negoziati multilaterali sotto l’egida delle Nazioni Unite. Egli ha detto: “Il contesto dell’iniziativa Uzbeka si basa sul riconoscimento che gli affari interni afgani devono essere risolti dal popolo afghano con l’aiuto di paesi i cui interessi per la sicurezza includano la fine della guerra e la promozione della stabilità in Afghanistan“. Egli ha sottolineato che i colloqui dovrebbero essere tenuti con “tutte le parti principali contrapposte“.

In sintesi, quanto emerge dal summit della CSTO è il seguente. In primo luogo, vi è un sospetto inespresso ma solido di Mosca per quanto riguarda le intenzioni della NATO. Questa apprensione si traduce in una nuova determinazione a costruire la CSTO come organizzazione rivale che sfida la proposta della NATO di proiettarsi nello spazio post-sovietico e la sua pretesa di essere l’unica organizzazione mondiale della sicurezza.

In secondo luogo, i paesi dell’Asia Centrale sono profondamente preoccupati per il deteriorarsi della situazione in Afghanistan e per il fallimento della strategia degli Stati Uniti. Essi guardano a Mosca come garante della sicurezza regionale. Questo si è tradotto nella disponibilità a rinforzare la forza di dispiegamento rapido della CSTO e a snellire i processi decisionali all’interno dell’Alleanza nell’affrontare le emergenze o le situazioni di crisi.

In terzo luogo, le intenzioni USA in Afghanistan sono tutt’altro che trasparenti e una permanente presenza militare statunitense è sul tavolo. La situazione rimane confusa per quanto riguarda l’esatto evolversi degli eventi nelle terre dell’Afghanistan al confine con il Tagikistan. Infatti, l’intelligence degli Stati Uniti ha avuto accordi occulti con i militanti islamisti dell’Asia centrale operanti al di fuori dell’Afghanistan, e vi è grande diffidenza tra i paesi dell’Asia centrale per quanto riguarda progetto di democrazia degli Stati Uniti nella regione.

In quarto luogo, il vertice di Mosca ha prestato molta attenzione alle attività della CSTO nel campo dell’applicazione della legge, della sicurezza delle frontiere e della politica militare. La disponibilità della CSTO a svolgere un ruolo in Afghanistan nello scenario post-2014 è evidente. Il presidente afghano Hamid Karzai sarà in visita a Mosca la prossima settimana. La CSTO si sta anche muovendo nella direzione della creazione di legami con il Pakistan per quanto riguarda la lotta al traffico di droga.

Infine, il vertice di Mosca si è incentrata sul rafforzamento del ruolo della politica estera della CSTO. Ciò in risposta ai tentativi statunitensi di accentuare le differenze intra-asiaticocentrali e a svolgere il ruolo di spoiler diplomatico per bloccare i processi di integrazione nella regione guidati da Mosca. Diventa necessario, per i paesi membri della CSTO, coordinare la loro politica estera, se vogliono intraprendere operazioni di pace nei punti caldi mondiali. La CSTO emula la cultura della NATO.

In sintesi, la Russia si fida della necessità di un “reset” nei rapporti con la NATO, ma è costretta a “verificare” la sua sincerità. Come Lavrov ha detto, “seri dubbi nascono” dalle tendenze contraddittorie negli atteggiamenti della NATO verso la Russia. Mosca ha deciso di mantenere la CSTO come una efficace contro-alleanza – nel caso in cui la scuola di pensiero di McCain guadagnasse terreno a Washington.


MK Bhadrakumar è stato diplomatico di carriera nel servizio estero indiano. Tra gli incarichi ricoperti sono inclusi l’Unione Sovietica, Corea del Sud, Sri Lanka, Germania, Afghanistan, Pakistan, Uzbekistan, Kuwait e Turchia.


Traduzione Alessandro Lattanzio

http://www.aurora03.da.ru

http://www.bollettinoaurora.da.ru

http://sitoaurora.xoom.it/wordpress/

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Russorgimento

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La fine dell’Urss ha attraversato le sale delle cancellerie, delle diplomazie e degli ambienti intellettuali come un evento tra l’inevitabile ed il sorprendente, aprendo uno squarcio enorme nello scenario geopolitico mondiale. Tale fine si riteneva inevitabile nell’ottica di un giudizio fondato sull’analisi del comunismo sovietico come esperienza storica comunque votata al fallimento oppure recante in sé degli elementi di “inferiorità” al polo statunitense, tali da non potersi più permettere la rincorsa verso la meta del primato atomico né una contesa territoriale e delle influenze ormai già compromessa con la debacle afghana e la Prima Guerra del Golfo, che segnava la partenza delle nuove prospettive egemoniche americane. La stessa perestroika di Gorbaciov nutriva al suo interno i germi della caduta, una caduta non solo di una Russia artefice della propria implosione ma anche nata dalla sapiente opera di mani esterne. Per intendere, invece, quanto sia stata sorprendente la fine sovietica occorrerebbe tenere in conto che in molti immaginavano un processo riformatore che avanzasse verso un disegno politico più conforme alle prerogative occidentali; che altri la attendevano sì, ma non all’improvviso e nelle forme repentine in cui è avvenuta. Però, se per alcuni ha prevalso il fattore sorpresa, per altri si è trattato di aver azzeccato più o meno i calcoli, soprattutto per coloro che avevano predisposto nel tempo le mosse giuste, affinchè l’esito fosse quello non solo sperato bensì designato. Il punto nevralgico, lo snodo argomentativo si riflette, però, in una considerazione: la fine dell’Urss è la caduta della Russia, ma la caduta della Russia non è la sua fine.

Con un ribaltamento maturato negli ultimi anni non solo a livello istituzionale quanto soprattutto sul piano più strettamente geopolitico, l’Orso russo ha deciso di rialzarsi e di rimodellarsi, di spezzare catene che sentiva estranee e di tracciare una nuova via nella storia, innanzitutto nella propria, ma per di più in quella di un mondo in tensione verso un ordine multipolare. Le svolte si rivelano nei fatti ma anche nei volti dei personaggi che li determinano o li guidano, e quello di Vladimir Putin è il volto simbolo del ritorno della Russia.

Dalle parti dell’Occidente filtra troppo spesso un’informazione settaria e fuorviante dei fenomeni che si sviluppano altrove, sia per una forma mentis autoreferenziale che non ammette la ricezione delle diversità ma mostra diffidenza o direttamente esclusione, sia per una certa strategia, per esempio mediatica, strumentale a determinati interessi e manovre.

Con troppa faciloneria si dipinge l’apparato di potere russo come una cricca di oligarchi che grava sulle sorti del suo popolo e l’uomo forte al comando come un autocrate affabulatore che non lesina metodi cinici e spietati. Verrebbe da evidenziare che un tale parametro di valutazione poco giudizioso e molto ideologico è ormai abusato e logoro, specie se i pulpiti cui fa capo non brillano sul terreno della virtù e dell’etica, ma casomai su quello della morale che in questo caso è doppia. Putin e i suoi uomini non sono semplicemente un’emanazione dell’ex KGB atta alla prosecuzione di un potere autoreferenziale e autoritario tout court, ma incarnano delle linee politiche russe con riferimenti e radici molto datati ma che rappresentano una costante zarista-sovietica. Nella nuova Russia non ci sono uomini che vengono dal nulla o uomini solamente ansiosi di una nuova collocazione nella burocrazia o nel mondo degli affari dopo anni di squilibrio ed incertezza. Sarebbe erroneo ritenere di avere a che fare semplicemente con un irrinunciabile partner strategico che vuole legare le nostre sorti alle sue fonti di approvvigionamento. La base su cui si poggia l’operato del Cremlino è molto più politica di quanto si voglia far credere.

Un insieme di centri decisionali sta ridisegnando gli ambiti di gestione del potere e un nuova prospettiva geopolitica per una Russia che debba muoversi nello spazio come attore protagonista. Affermano che il tempo delle comparse è finito, che quello dell’Impero (correttamente inteso) non è un fantasma ma un processo in itinere. L’edificazione di una nuova gestione del potere, il recente balzo economico, l’arma potenziata delle risorse energetiche, i rinnovati progetti militari, le dinamiche di politica estera trovano le proprie ragioni non nell’estemporaneità di un’azione politica quanto piuttosto in un progetto geopolitico che, seppure fra intoppi e contraddizioni, viene eseguito.

Geopolitica russa: identità e prospettive.

L’Eurasia è sede della maggior parte degli Stati più dinamici e politicamente validi al mondo. Tutti i pretendenti storici del potere globale hanno avuto origine in Eurasia. Gli aspiranti egemoni regionali più popolosi al mondo, la Cina e l’India, si trovano in Eurasia, così come tutti i potenziali sfidanti della supremazia politica o economica americana. Colà si trovano le sei maggiori economie e consumatrici militari dopo gli Stati Uniti, così come si trovano tutte le potenze nucleari dichiarate (eccetto una), e tutte quelle non dichiarate (eccetto una). L’Eurasia annovera, su scala mondiale, il 75% della popolazione, il 60% del PNL ed il 75% delle risorse energetiche. Nel complesso, il potenziale dell’Eurasia adombra persino l’America. L’Eurasia è il supercontinente assiale del mondo. Una potenza che dominasse l’Eurasia, eserciterebbe un’influenza decisiva su due delle tre regioni economicamente più produttive del mondo, l’Europa Occidentale e l’Asia Orientale. Un’occhiata alla carta geografica rivela inoltre che un paese dominante in Eurasia quasi automaticamente controllerebbe il Medio Oriente e l’Africa. Con l’Eurasia che oggi fa da scacchiera geopolitica decisiva, non è più sufficiente modellare una politica per l’Europa ed un’altra per l’Asia. Quanto accadrà nella distribuzione di potere sulla massa continentale eurasiatica sarà d’importanza decisiva per la supremazia globale dell’America”

Zbigniew Brzezinski

Uno degli aspetti da valutare relativamente al nuovo corso della Russia è quello di una visione “imperiale” che al proprio interno sviluppi un modello democratico. Partendo da alcuni presupposti: che l’ ”impero” non implica una struttura di potere d’antan né una concezione di tipo autoritaria e negativa (distinguendosi quindi da una certa definizione di “imperialismo”); che la “democrazia” da perseguire non presenta le peculiarità di tipo liberal-occidentale, ma percorre una via propria nel solco della tradizione identitaria di un Paese che si sente a cavallo tra Asia e Occidente e non vuole lasciarsi racchiudere in definizioni secondo parametri di rilevazione estranei alle vicende storiche e ai fattori culturali che lo caratterizzano.

Se Mosca rivendica l’ “impero”. La dimensione imperiale è una costante storica russa, è strettamente correlata alla consapevolezza di essere un’entità nello spazio terrestre e di attribuire a tale spazio, nello stesso tempo, un valore non meramente geografico ma di identità e di volontà.

Si potrebbe configurare la triade stato-volontà-impero come forza motrice della geopolitica russa. Alla base riscontriamo delle peculiarità quali la statalizzazione del territorio, il centralismo, la particolare valenza delle frontiere esterne ed interne, la composizione multietnica, multinazionale e multireligiosa, peculiarità che evidenziano la diversità e la specificità della Russia, senza le quali essa non avrebbe più da essere un’entità continentale, smarrendo se stessa, il suo modo di stare al mondo, di immaginarsi al proprio interno e in relazioni con gli attori esterni.

Inevitabilmente la vastità e la contiguità del suo territorio hanno imposto una gestione secondo delle linee guida che hanno varcato i secoli e che presentano la fondamentale esigenza di adattarsi ai tempi. Al variare del tempo non può non corrispondere una variazione di se stessi nel proprio spazio. E le forme di questo necessario riadattamento, sostengono negli ambienti politico-culturali russi, devono essere frutto di un processo non forzato ma elaborato, non imposto ma condiviso nel solco del proprio cammino storico. Da qui, dunque, il modo di rapportarsi alla democrazia. Non seguendo i criteri “liberali e progressisti” dell’Occidente che hanno determinato nel Paese una drammatica situazione di disgregazione e impoverimento nel periodo di Eltsin, ma portando alla luce una nuova gestione del potere che tenga conto della irrinunciabile commistione tra spazio e diversità come fattore di identità.

Non possono più accettarsi i parametri politologici e sociologici dettati da centri di pensiero e di pressione degli occidentali e in particolar modo degli americani. I russi pretendono che si riconosca una loro via alla rappresentanza democratica come una loro risposta alle istanze della modernizzazione.

Una tesi fondamentale è quella della democrazia sovrana, elaborata nei vertici politici e che vede tra gli artefici un ideologo di punta come Vladislav Surkov. Una precisa volontà anima questa tesi: riconquistare e riorganizzare la propria sovranità. Dopo la democrazia di rapina, la Russia deve ritornare ad essere padrona del suo destino e dei suoi mezzi per attuarlo. Il periodo di gestione eterodiretta e americanocentrica l’aveva privata della facoltà di decidere e affermarsi, legandola allo strapotere degli oligarchi russi e non, soggiogandola alle direttive del FMI e della BM, portandola verso la dissoluzione delle strutture statali con le privatizzazioni. Il rublo era come polverizzato e il popolo in ristrettezza economica. Il risultato è stata una Russia depotenziata e prossima a divenire un vuoto geopolitico che nulla più potesse contare sullo scacchiere globale. Mentre, evidenzia lo studioso Eduard Batalov, “in Russia lo Stato viene considerato come spina dorsale della civiltà, come garante dell’integrità e dell’esistenza della società, come ordinatore della vita anche economica. Una tale considerazione è stata il riflesso, sebbene in forma un po’ ipertrofica, del ruolo reale dello stato in un paese dotato di specifici requisiti geopolitici e geografici e sprovvisto di una società civile”.

Verticalità del potere e della rappresentanza.

La sovranità riconquistata mira a trarla fuori dal naufragio scaturito dall’ondata liberale, avvertita come tentativo di colonizzazione e sradicamento, causa di una lacerante scollatura tra le priorità del Paese e le istanze sociali del popolo.

Non più una guida esterna, quindi, ma una verticalità del potere che ripristini l’autorità necessaria affinchè il Paese sia guidato senza condizionamenti di attori statali, internazionali e privati. In questo senso Surkov sottolinea l’obiettivo di una “forma di vita politica della società, nella quale le autorità, i loro organi e i loro atti sono eletti, sono formati e sono indirizzati esclusivamente dalla nazione russa in tutta la sua multiformità e integrità”. Sicchè si può parlare di una Russia “definitivamente consapevole del suo posto nel mondo”. La sovranità non intesa come una sorta di retaggio passatista o revanscismo autoritario, bensì come il più legittimo e valido mezzo per ritornare padroni del proprio destino, nell’epoca della globalizzazione, sotto il profilo politico, economico, culturale e spirituale. E nella storia della Russia la proiezione nel destino costituisce un formidabile veicolo identitario. Il senso dello Stato e della Nazione si legittima nell’esistenza di un’idea guida, di una missione che travalica il contingente e attrae il futuro. Un’ideocrazia moderna anima oggi i gruppi e i movimenti politici e culturali che ruotano intorno al potere e che a vari livelli ed intensità lo influenzano o lo indirizzano. L’ideocrazia della potenza russa cerca di coniugare tradizione e modernità come è nelle corde dei grandi popoli che si sono imposti nella storia. Rivendica una propria originalità sulla base della integrità territoriale, della centralizzazione e soprattutto statalizzazione del potere e del peso effettivo e simbolico di una forte personalità.

Così, a partire da questi tre elementi di fondo (semplificando), si sviluppa un nuovo progetto di rinascita nazionale che si immagina rivolto a tutte le genti della sterminata esperienza imperiale e storica zarista-sovietica.

Non ci sono standard di civiltà cui omologarsi, ma un ideale metastorico da coltivare.

Il politologo Maler lo precisa efficacemente: “La Russia si è sempre affermata come portatrice di qualche progetto metastorico che le ha permesso di mantenere il gigantesco territorio di tutta l’Eurasia settentrionale e con alterne fortune di realizzare un proprio controllo geopolitico per tutto il mondo. Un paese confinante con la Norvegia e la Corea non può permettersi di trasformarsi in una riserva geografica”.

Il dibattito sulla proiezione della Russia e di un certo suo modello nella storia attraversa diverse correnti di pensiero e di rielaborazione politico-filosofica, con gli inevitabili riflessi geopolitici. A partire da un assunto: la Russia vive nella storia e la storia vive nella Russia.

La geopolitica russa si caratterizza per diverse tendenze, tuttavia riconducibili ai tre principali filoni degli occidentalisti, degli slavofili e degli eurasiatisti. Al variare delle vicende storiche esse hanno pesato alternativamente in vari gradi e forme. Oggi si dibatte, anche all’interno stesso della Russia, su quale corrente sia preponderante.

E qui, dunque, occorre ribadire come Putin, Medvedev e le nomenclature non siano da inquadrare sotto il profilo di una classe di potere votata al business energetico, con qualche venatura ortodossa, presa da fobie di accerchiamento, chiusa nella sua autoreferenzialità. Dietro c’è di più. Gli ambienti culturali, militari e diplomatici si caratterizzano per figure oscillanti tra le varie correnti, che a loro volta si connotano per varie sfumature.

Il rifiuto e la repulsione antiliberale ha messo alla porta buona parte della rappresentanza affaristico-politica dell’immediato dopo-Urss. Gli oligarchi di stampo occidentale tramano soprattutto da Londra e altrove ma molto meno a Mosca. I personaggi e i partiti neofiti del liberalismo politico-economico tout-court e riconducibili all’eredità esterofila del tipo Pietro il Grande – oggi in stile fortemente global, molto foraggiati e preparati dai centri di destabilizzazione in stile Freedom House – hanno la strada sbarrata. Ebbene, nelle gerarchie politico-intellettuali che contano, il peso degli anni “all’occidentale”, quelli dell’umiliazione, non può non essere ancora oggi vissuto come un pericolo sempre in agguato che si incarna nelle diverse formazioni liberal-democratiche dove dall’estero (o da qualche residuo finanziatore interno) affluiscono i soldi delle varie lobbies. Si spiega in questo senso perché Putin abbia

parlato di avvoltoi.

E allora, come aprirsi ad una più ampia e plurale rappresentanza partitica quando poi questa, retta in modo evidente secondo i criteri del soft power, porterebbe ad una nuova politica di rapina delle ricchezze della nazione, ne minerebbe l’apparato strategico-militare, ne svilirebbe il ruolo di potenza parallelamente all’azione disgregatrice delle frontiere (si pensi all’Ucraina, alla Georgia, al Caucaso e al terrorismo) e trasferirebbe un “american way of life” antitetico al tessuto culturale e sociale della Russia? Da qui la deduzione che se tutto ciò significa non fare gli interessi storici del Paese ma anzi quelli progettati dai nemici, per esempio da Brzezinski, il confronto e le soluzioni sul nuovo “Che fare?” russo ammetteranno solo quanti hanno intenzione di operare nell’ottica della sovranità. E tuttavia sussiste ancora, giocando di sponda con soggetti esterni, la presenza di elementi riconducibili ad una certa corrente atlantica che permane in taluni settori e prova a pesare su determinate decisioni.

Nel tentativo di inquadrare la prospettiva di azione geopolitica russa, alcuni riducono la valutazione alla prevalenza della componente slavofila che, ad esempio, si manifesterebbe nel caso del sostegno alla Serbia e ai ricostituiti rapporti preferenziali con la Chiesa ortodossa, nonché ad un certo razzismo verso componenti della Federazione ritenute “estranee”. Da qui, dunque, si starebbe portando avanti una fase di arretramento dall’impero allo Stato-nazione, trainato da un nazionalismo russo esclusivista, ma incline a simpatie panslaviste, che vorrebbe chiudere con l’esperienza della convivenza multietnica e multi-confessionale.

Il panslavismo non è un fattore inesistente oggi come ieri, anzi ha caratterizzato molto la politica estera della Russia. Il binomio panslavismo-ortodossia aveva sorretto le ambizioni zariste nei Balcani e nel Mediterraneo, aveva delineato il profilo di un grande e naturale protettore dei popoli slavi, pronto a sostenere le rivendicazioni di quelli in rivolta conto l’impero ottomano. Fu anche, per certi aspetti, un residuo collante del post-Urss, come nei sogni dell’ “Unione slava” – Russia, Bielorussia, Ucraina – riferibili ad Aleksandr Solgenitsin, l’intellettuale che richiamava ad un nuovo cammino della “Santa Madre Russia”.

Premesso ciò, molti elementi portano a inquadrare la tendenza odierna che si sviluppa nell’arcipelago dei gruppi di potere come una tendenza eurasiatista, già manifestatasi nel corso della storia russa. Tant’è, tra i sostenitori dichiarati di Putin e della sua politica sono riscontrabili aspetti che riconducono al comune denominatore dell’eurasiatismo. E, in effetti, la teoria eurasiatista e l’azione geopolitica che si delinea in questi anni si sovrappongono. Ciò, al di là del fatto (appunto) che Putin, il suo successore e gli “oligarchi” non siano prettamente degli ideologi, quanto piuttosto abbiano dietro un apparato politico-culturale – parte dell’insieme degli agenti strategici decisionali – che marca determinate linee-guida.

Nell’approccio a tale ordine di cose è utile mettere completamente da parte le categorie abusatissime destra-sinistra, onde evitare il rischio di un panorama deformato. A tal proposito si può avere in considerazione la visione neoimperiale del segretario del Partito Comunista Russo, Gennadij Zjuganov, racchiusa nel suo saggio “Stato e Potenza”, il quale tende la mano agli eurasiatisti nell’impegno di unire tutte le forze politiche che operino per il mantenimento ed il rilancio della piattaforma imperiale russa secondo una nuova logica di potenza.

L’eurasiatismo vanta un insieme di movimenti e personaggi che cercano di dare una maggiore organizzazione e struttura all’ideale di un unicum europeo fino a Vladivistock, come evidenzia un intellettuale di primo piano su questo fronte, Alexander Dugin. Il termine Eurasia riecheggia anche nei discorsi di ministri quali Lavrov e in quelli di diplomatici e pensatori dalle parti del Cremlino. L’Eurasia come entità naturale geografica e politica da edificare posta a cavallo tra Occidente e Oriente (se ricorriamo a categorie classiche non sempre pertinenti). Nella dimensione russa essa vuol dire il superamento del vecchio e di un certo nuovo nazionalismo russo nonché del panslavismo, nell’ottica di una sintesi delle genti slavo-germaniche su di un versante e di quelle turco-mongole sull’altro, ponendosi oltre i contrasti e le antitesi del passato.

I russi in questi anni hanno dibattuto molto circa progettualità e mezzi per un’alternativa storica che andasse nella direzione di una contrapposizione all’atlantismo e di creazione di un sistema multipolare.

Il multipolarismo come una delle chiavi di volta. Putin ne conferma le intenzioni. A Monaco, il 10 febbraio 2007, nel suo discorso che non è un discorso qualunque, in occasione della 43° “Conferenza sulla sicurezza” egli ribadiva l’attenzione della Russia al mondo e, reclamando per la Russia l’attenzione del mondo, precisava: “Io ritengo che il mondo unipolare non sia solo inaccettabile ma anche impossibile nel mondo attuale. E non solo perché se a guidare il mondo di oggi – e soprattutto di oggi- ci fosse un’unica potenza le risorse militari, politiche ed economiche non sarebbero sufficienti. Ancora più importante è il fatto che il modello stesso è difettoso, perché alla sua base non ci sono e non ci possono essere i principi morali della civiltà moderna. Inoltre, ciò che ora sta accadendo nel mondo è la conseguenza del tentativo di introdurre nelle relazioni internazionali proprio questo concetto di mondo unipolare. E qual è il risultato? Le azioni unilaterali e spesso illegittime non hanno risolto alcun problema. Inoltre, hanno generato nuove tragedie umanitarie e nuovi focolai di tensione” E dopo aver denunciato “un uso quasi incontenibile e ipertrofico della forza negli affari internazionali”, osservava “un disprezzo sempre maggiore dei principi basilari del diritto internazionale. E le norme legali indipendenti si stanno di fatto sempre più avvicinando al sistema legale di un unico Stato, e precisamente gli Stati Uniti d’America, i quali hanno varcato i propri confini nazionali in tutte le sfere: economica, politica e umanitaria, e si sono imposti sugli altri Stati. A chi va bene questo? A chi va bene? “. E ancora l’indice puntato contro le manovre dell’atlantismo: “Penso che sia ovvio che l’espansione della NATO non ha niente a che fare con la modernizzazione dell’Alleanza stessa o con la necessità di rendere più sicura l’Europa. Al contrario, rappresenta un grave fattore di provocazione che riduce il livello di fiducia reciproca. E noi abbiamo il diritto di chiedere: contro chi si sta svolgendo questa espansione? “

Negli ambienti russi, pur con una forte inclinazione al pragmatismo, ma senza cercare lo scontro frontale, si immagina la combinazione dell’unificazione strategica delle grandi aree continentali con il sistema multidimensionale delle autonomie nazionali, culturali ed economiche. Nella consapevolezza che la vecchia forma dello Stato-Nazione non può essere strategicamente adeguata di fronte alle nuove complessità globali. (In gioco c’è anche il fondamentale aspetto identitario e culturale, in Russia sentito sensibilmente come minacciato).

Il Ministro degli Esteri, Sergej Lavrov, intervenendo all’assemblea del “Consiglio per la Politica Estera e la Difesa” il 17 marzo 2007, evidenziava la necessità di una diplomazia di rete, cioè un’ orizzontalità delle relazioni internazionali che sopperisca alle insufficienze di una struttura gerarchica, anche sul piano di “civiltà”. “La Russia si oppone ai tentativi che mirano a dividere il mondo tra la cosiddetta “umanità civilizzata” e tutti gli altri. Questo condurrebbe ad una catastrofe globale che solo l’inerzia intellettuale e i pregiudizi da Guerra Fredda possono suggerire … Noi non ci lasceremo trascinare in uno scontro con il mondo islamico”. Ed ecco un differenziale di fondo nell’analisi e nella prospettiva: ”Ritengo che il paradigma delle relazioni internazionali contemporanee sia determinato proprio dalla competizione nel suo senso più ampio, soprattutto quando coinvolge la scelta di valori e i modelli di sviluppo. Tutto questo non implica affatto uno scontro. La novità della situazione consiste nel fatto che l’Occidente sta perdendo il suo monopolio sui processi di globalizzazione. Evidentemente da questo derivano i tentativi di presentare ciò che sta accadendo come una minaccia all’Occidente, ai suoi valori e al suo stile di vita … Nessun tipo di disciplina di blocco o ideologica funziona più automaticamente, anche se assistiamo a tentativi di rimpiazzarla con la solidarietà di un’unica civiltà contro tutte le altre”.

L’affermazione di un modello multipolare in quanto imperativo della politica estera russa passa per un sistema di alleanze strategiche.

Si possono individuare delle categorie di partner sulla base di tale assunto.

Una prima categoria è quella delle formazioni regionali, che siano Paesi o gruppi di Paesi, con cui sussiste una certa complementarietà simmetrica rispetto alla Russia: Europa, Giappone, Iran e India. Caduto il pericolo sovietico, questi attori non hanno più motivo di soggiacere alla logica di un pericolo incombente né a quella di un’inevitabile saldatura agli Stati Uniti (per quanto riguarda Ue e Giappone), per cui dovrebbero costituire gli attori principali del maturando ordine multipolare. A loro la Russia offre risorse, potenziale strategico, armamenti e l’appoggio per un maggiore peso politico; di riflesso essa riceve l’indispensabile supporto economico e tecnologico dall’Europa e dal Giappone e una partnership politico-strategica al sud con Iran e India.

Una seconda categoria di attori, non automaticamente complementari ma validi intermediari, è quella della Cina, del Pakistan e dei Paesi arabi. Del resto, un rafforzarsi del legame con quelli della prima categoria determina un rafforzarsi dei rivali regionali di quelli della seconda. Si pensi ai rapporti tesi tra Pakistan, Arabia Saudita, Egitto e Pakistan, così come a quelli tra Cina, Giappone e India.

Sul versante russo-cinese, ci sono molte questioni sul tavolo e i russi mostrano una pragmatica diffidenza, anche in considerazione del pericolo demografico giallo che preme sulle zone poco popolate della Siberia e della esigua offerta cinese sul piano tecnologico e finanziario. E’ ovvio che nei confronti di tali partner la Russia non può immaginare di inclusione, ma lo scopo è di non lasciare che cadano nella rete americanocentrica. E in effetti, Mosca teme “Chimerica”, vale a dire il delinearsi di una più stretta cooperazione tra Cina e Usa, specie col consolidarsi della dottrina Zoellick, in base alla quale il gigante cinese deve fungere da “stakeholder” di supporto all’ordine mondiale della globalizzazione a guida americana.

Una terza categoria è quella dei Paesi classificabili come “minori”, dato che non hanno i mezzi per emergere in maniera rilevante sul piano delle decisioni internazionali. Dall’altro lato, la Russia potrebbe applicare una politica differenziata in combinazione con le altre potenze del blocco eurasiatico, tentando di sostenere un rafforzamento del Giappone nell’area del Pacifico, auspicando un maggiore ruolo dell’Europa nel mondo arabo e in Africa.

Una quarta categoria, Usa e i Paesi del continente americano.

Premesso che con gli Usa la partita si gioca su più livelli, i russi lavorano ai fianchi nel tentativo di indurre al fallimento la tentazione egemone. In questo senso operano per limitare gli interessi geopolitici americani nel “cortile di casa”, come dimostra l’asse realizzato col Venezuela neobolivariano, che è frutto anche dell’interesse a sostenere le tendenze antiamericane che si rinfocolano nella regione centro-sud.

Un altro aspetto cruciale per Mosca è ovviamente quello della CSI. Qui, del resto, si misura la cifra della propensione imperiale della Russia, del suo sapersi rapportare alla questione di frontiere che tali non sono considerate, poiché la Federazione Russa necessita della fondamentale integrazione con le repubbliche ex-sovietiche, le quali non possono sfuggire alla sua influenza, tanto più che storicamente ne hanno costituito l’impero. Tutt’oggi ne ereditano strutture vitali nonché un rapporto politico naturale, da considerarsi appunto come una naturale direttrice geopolitica.

Ne sono la prova l’UEA (Unione eurasiatica), l’OTSC (Organizzazione del Trattato di Sicurezza collettiva) e la CEEA (Comunità economica euroasiatica). Occorre valutarne l’efficacia, come nel caso della SCO (Shangai Cooperation Organization), cui aderisce anche la Cina, e che risulta essere un nucleo strategico-militare ancora lontano dal poter effettivamente competere con la NATO, anche se è un indice della spinta multipolare in atto. Dunque, nonostante le pesanti influenze cinesi, il fattore geopolitico qui è fortemente eurasiatico. Teoricamente il processo dovrebbe condensarsi in una trasformazione dalla CSI all’Unione Eurasiatica su di un piano multidimensionale: politico, economico, strategico, culturale, informatico e linguistico. Questa implicherebbe un nuovo sistema amministrativo con un passaggio da vecchi a nuovi soggetti, nell’idea di andare oltre una semplice associazione di Stati o una versione allargata della Federazione Russa.

E allargando un attimo la visuale, è interessante notare come Dugin, nel suo “I principi fondamentali della politica eurasista”, elevando l’eurasiatismo, sulla base delle radici storiche, a “equilibrio ragionevole tra l’idea nazionale russa e i diritti di numerosi popoli che vivono in Russia e in Eurasia”, sottolinea che “alcuni aspetti precisi dell’eurasiatismo sono già utilizzati dalle nuove autorità russe, orientate verso una soluzione creativa dei complessi problemi storici che la Russia deve affrontare nel nuovo secolo … Il processo d’integrazione nella CSI … i passi della nuova politica estera della Federazione Russa verso l’Europa, il Giappone, l’Iran e i paesi del Vicino Oriente, la creazione di un sistema di distretti federali, il rinforzo della linea verticale del potere, l’indebolimento dei clan oligarchici, la politica del patriottismo e del senso dello Stato … sono tutti punti importanti, essenziali dell’eurasismo”. Sempre Dugin, però, precisa come quella attuale sia ancora una fase di passaggio, giacchè “questi elementi [dell’eurasismo] sono mescolati al permanere per inerzia di tendenze proprie di altri modelli (liberaldemocratico e sovietico)”. Ribadendo che si tratta di un processo evolutivo graduale, egli scrive che “appare perfettamente chiaro che l’eurasismo ascende con fermezza verso il suo zenit, mentre gli altri due modelli conducono unicamente una battaglia di retroguardia”.

L’Orso russo ha un’arma strategica fondamentale attraverso cui sta rientrando nel novero degli attori primari sullo scacchiere globale: l’energia. Il potere geo-energetico come efficace vettore di crescita delle risorse finanziarie, di modernizzazione e di influenza nelle varie aree internazionali. Esso permette di incidere sulle sorti delle Repubbliche centroasiatiche, di consolidare la Russia come indispensabile referente per i Paesi europei, di scongiurare nuove “rivoluzioni colorate” ai propri confini, di sottrarsi al necessario passaggio per Washington per quanto concerne le relazioni internazionali. E’ un punto di forza concorrenziale, anche contro i tentativi di respingere la Russia nel proprio “guscio” regionale. L’energia per produrre diplomazia.

La Federazione russa è il principale esportatore mondiale di petrolio e di gas; il 63% delle sue esportazioni è dato proprio dalle commodities. Il 34% dal petrolio, il 13% dal gas naturale. Le riserve petrolifere dovrebbero aggirarsi intorno ai 60 miliardi di barili, premesso che il territorio siberiano è non ancora interamente sondato, mentre quelle di gas sono il 26% di quelle mondiali.

I parametri macroeconomici russi registrano un forte segnale positivo.

Al notevole volume delle esportazioni si affiancano i crescenti investimenti stranieri. In generale, al netto della tempesta finanziaria comunque patita, il trend degli ultimi anni è di segno positivo.

La scelta strategica di Mosca è la nazionalizzazione del settore strategico, frutto dell’annunciato ritorno alla sovranità. La Gazprom è “un’istituzione imperiale”: detiene il monopolio delle risorse, della produzione e dei gasdotti; ha il primato mondiale nella produzione di gas ed è la terza società per capitalizzazione; ricopre il 25% del fabbisogno energetico di 15 membri dell’Ue e l’80% di quello delle Repubbliche ex-sovietiche baltiche e centroasiatiche. Gazprom, dunque la Russia. Il suo peso è decisivo tanto più se si considera che oggi le compagnie petrolifere multinazionali gestiscono solo il 20% delle riserve mondiali di petrolio e gas a fronte dell’80% controllato dai Paesi produttori, il che lascia intendere quanto in futuro conterà più la politica del mercato e l’Opec stesso andrebbe superato.

Quindi, Mosca vuole impiantare una rete geo-energetica di interdipendenza relativamente alle varie aree geografiche. E relativamente ai propri interessi nazionali, nel senso di una maggiore stabilità politica e crescita economica, di un miglioramento degli standard quantitativi e qualitativi di vita del popolo, di una riduzione dell’indebitamento ( ha già chiuso i conti con il FMI ), di un controllo dell’inflazione.

Come sottolineato dal ministro degli Esteri russo Sergey Lavrov, la Russia applica una politica di controllo statale delle risorse energetiche che controbilancia la concentrazione di alta tecnologia nelle mani delle grosse compagnie transazionali private. La politica di isolazionismo antirussa di matrice statunitense cosi come una nuova politica di potenza della Russia stessa passano per strumenti imprescindibili che simboleggiano il collegamento che intercorre tra i vari soggetti sulla scena: gli oleodotti e i gasdotti. Il loro percorso, di fatti, di quelli che ci sono e soprattutto di quelli che vedranno la luce, disegnano abbastanza chiaramente le direttrici di alleanze o comunque di convergenze che maturano tra i vari Paesi, e la stessa Europa ne è decisamente coinvolta. Vi è una continua oscillazione tra instabilità politica e costruzione di nuovi oleodotti.

Una data prospettiva a guida statunitense sin qui tenuta ha mirato ad evitare percorsi che toccassero i territori russi, con l’obiettivo palese di mettere fuori gioco la Russia mediante il controllo dei corridoi strategici tra Asia centrale ed Europa da parte delle multinazionali angloamericane e mediante un processo di rafforzamento e assoggettamento dei Paesi ex-sovietici, così da sottrarre questi al loro storico ruolo di interlocutori di Mosca.

Tra i vari progetti, possono individuarsene alcuni significativi a seconda delle aree geografiche.

Per quanto riguarda l’Europa, l’energia russa rimane prioritaria, in evoluzione verso una partnership strategica. Intanto Mosca ha stabilito degli accordi bilaterali con i singoli Paesi europei e Gazprom sta investendo moltissimo per spandersi e creare le necessarie infrastrutture.

In estrema sintesi:

il gasdotto Blue Stream.

Trasporterà il gas russo dalla Russia alla Turchia e da qui verso Bulgaria, Grecia e Italia. Vi è anche un impegno significativo dell’Eni. Esso favorisce l’Europa rispetto a quello azero e iraniano;

il gasdotto North Stream.

E’ frutto dell’asse russo-tedesco, ad alta valenza anche simbolica ( Vecchia Europa contro Nuova Europa ). Partirà dal terminale pietroburghese di Vyborg giungendo a quello di Greifswald, attraversando il Baltico. Si delinea come un hub strategico per l’approvvigionamento dell’Europa occidentale e permetterà alla Gazprom di incrementare la quota nel mercato europeo del gas;

il gasdotto South Stream.

Sarà da Beregovaya sul Mar Nero alla Bulgaria, per poi ramificarsi a Sud in direzione Grecia-Italia e a Nord in direzione Romania-Ungheria-Serbia-Austria. Esso, in particolare, si pone in alternativa ai progetti americani Nabucco e Btc, i quali mirano al trasporto degli idrocarburi dal Kazakhistan al Turkmenistan alla Turchia e quindi sul Mediterraneo. Sarebbe aggirato il territorio russo.

Per quanto riguarda l’Asia, la via energetica è quella per un rafforzamento o per un riappropriamento delle delicate influenze nel Caucaso, ricco di petrolio e ponte verso il Medio Oriente; o sulla Georgia, dipendente dal gas russo. Esiste già il gasdotto Dzaurikau-Tskhinvali che collega l’Ossezia del Nord, russa, all’Ossezia del Sud, georgiana.

I russi fanno leva sulla possibilità di impedire ad altri di commercializzare le proprie produzioni, nella considerazione ad esempio, che kazaki e azeri necessitano di continui investimenti per la modernizzazione della ricerca, della lavorazione e del trasporto inerentemente agli impianti petroliferi e gassiferi; che l’esportazione dipende ampiamente dal sistema di infrastrutture ex-sovietico e che i prezzi potrebbero salire. Essi, di fatto, puntano alla creazione di un cartello regionale centroasiatico di cui assumere la guida.

Sempre sul fronte asiatico (spostandoci), la Gazprom punta su quattro grandi gasdotti verso oriente, consolidando la Siberia quale cuore energetico della piattaforma eurasiatica: da Tomsk alla Cina settentrionale, da Irkutsk alla Cina centrale via Mongolia; dalla Iacuzia a Shangai; da Shakalin al Giappone. Mosca, in più, avrebbe intenzione di portare avanti il progetto East Siberian pipeline,

2.300 km da Angarsk a Daqing, fino cioè al territorio cinese, sebbene paia che si opti, invece, per quello nipponico.

Un grande progetto è anche il Tayshet-Prevoznaya, una pipeline di 4.130 km fino al Pacifico e nei pressi del Lago Baikal ( la principale riserva di acqua dolce del mondo ): rifornirà il Giappone e avrà una deviazione verso la Cina; per questa ci sarà ancora un rifornimento di milioni di tonnellate da Skovorodino, la cui conduttura principale giunge al porto di Nakhodka per poi essere incanalato verso il Giappone, non escludendo una ramificazione verso Corea del Sud, Australia, India, Indonesia e probabilmente Stati Uniti (che la Russia rifornisce in buone quantità, specie dalle lande siberiane – quota del 4% del mercato energetico USA).

Un capitolo a parte meriterebbe l’Artico, che si profila come un’affascinante sfida strategica tra più concorrenti. Qui i russi mirano a valorizzare le vie di comunicazione marittime e a sfruttare le enormi ricchezze di petrolio e gas presenti nel sottofondo marino. Le rotte energetiche sarebbero rivoluzionate.

Per quanto riguarda il Sud America, è da sottolineare l’asse col Venezuela, che costituisce un’ampia riserva di petrolio oltre che di gas ( ottavo posto al mondo ). La Gazprom si è assicurata una licenza di trenta anni per le estrazioni nell’ambito del progetto Rafael Urdaneta, la partecipazione alla costruzione del Gasoducto del Sur, da Puerto Ordaz a Buenos Aires via Brasile; la Lukoil progetta l’esplorazione del bacino dell’Orinico, con i suoi 200 miliardi di barili di petrolio e.in Brasile i russi si sono accordati per la costruzione di centrali idroelettriche e nel settore tecnologico; in Argentina operano nella produzione di energia elettrica mentre in Messico nel settore idrocarburi.

Per quanto riguarda l’Africa, sempre la Gazprom è piombata in Libia, Egitto e Algeria, ma in generale Mosca punta a fare di questo continente un avamposto strategico, aumentando il peso delle imprese russe e assicurandosi di poter produrre ed esportare gas sulla sponda mediterranea. Un’infiltrazione ad alto valore geopolitico.

L’arma degli idrocarburi va comunque analizzata alla luce di tutta una serie di problematiche e dinamiche , quali la costruzione di numerose infrastrutture, la tenuta dei giacimenti già sfruttati e la ricerca di nuovi, l’incognita del peak-oil, il livello della domanda interna e quello della domanda mondiale (il fabbisogno è in drastica ascesa).

La questione energetica non si esaurisce tra gas e petrolio, anzi la Russia è impegnata nella riorganizzazione della produzione. Ad esempio, prevede sopperire al proprio fabbisogno di energia elettrica per il 50% mediante il ricorso all’idroelettrico (grandi investimenti in Siberia), al carbone pulito e al nucleare (anche per limitare l’uso del gas naturale, dovendo ottemperare agli accordi di fornitura stipulati all’estero).

Il nucleare è un discorso complesso e di sicuro una prospettiva fondamentale.

Basta accennare che la Russia è uno dei grandi esportatori di combustibile nucleare, con riserve di uranio pari al 5% di quelle mondiali, e rifornisce l’Europa per un terzo del suo fabbisogno ricevendo in cambio l’opera di “bonifica” della parte in dismissione dell’arsenale nucleare. E poi ha dato l’avvio alla costruzione di impianti di nucleare civile su vasta scala, per esempio in Cina, India, Iran, Sud Africa,

Argentina, ma anche Lituania, Slovacchia, Bulgaria ecc.

Il rilancio come potenza nucleare civile (in questo caso) si esplicita nel programma di “Sviluppo del complesso energetico e industriale nucleare della Russia in 2007-2010 e in prospettiva fino al 2015”, il quale dovrebbe portare, oltre al rimodernamento delle centrali già esistenti, all’attivazione di 10 nuove unità ad alto potenziale e alla fabbricazione di nuovi reattori di terza generazione. Dei precisi provvedimenti, che hanno anche ridisegnato le funzioni dell’Agenzia federale nucleare Rosatom, consolidano (anche in questo caso) una forte presenza statale nell’intero settore nucleare, perché ovviamente ritenuto strategico.

La direzione politica sin qui tenuta da Vladimir Putin ha imposto un cambio di marcia ancora in fieri mediante un abile pragmatismo, provando a valorizzare le sue risorse nei vari ambiti, cioè non solo in quello delle commodities. Ciò vuol dire anche una fase di riassestamento interno a fronte di non pochi delicati fattori. Tra i quali si può evidenziare il ruolo della classe di oligarchi che aveva privatizzato risorse e imprese e volentieri fuggiva l’imposizione fiscale (emblematico, in questo senso, è stato l’affaire Yukos); il ruolo di un apparato pubblico elefantiaco eppure privatizzato da pochi nei profitti, sorretto da una corruzione capace di incidere sui flussi della spesa pubblica.

Da rilevare, poi, che il malcontento montante nel dopo guerra fredda in buona parte aveva la testa rivolta all’indietro, si nutriva di un nostalgismo sovietico propedeutico ad un vicolo cieco senza futuro.

Sembrava che né la popolazione, né la burocrazia né gli oligarchi fossero disponibili a forme di compromesso. Le lentezze e le chiusure del sistema Paese risentono ancora oggi di storture che vengono da lontano. Tuttavia, l’azione-reazione del Cremlino ha una propria legittimazione a fronte dei tentativi di quanti pensavano di modellare il gigante russo nelle forme o di un emirato o della Nigeria.

Dunque, la politica ha ribadito il suo carattere gestionale anche nei confronti del mondo degli affari, in cui il privato è ammesso ma all’interno di una disciplina fiscale e a patto di non travalicare i propri confini. Questo segna una differenza strutturale: sono ammessi in un sistema di regole i privati, oligarchi compresi, che operino nella visione e sulla linea dello Stato, mentre quanti perseverano nella condotta di un business svincolato da responsabilità sono spinti fuori. Londongrad è così l’anti-Mosca.

Il settore delle corporazioni russe viene consolidato soprattutto con un interventismo statale (è stato lanciato pure un vasto programma militare di ripotenziamento tecnologico e razionalizzazione dell’esercito). Tutti i campi legati alla sfera strategica, come il complesso militare e industriale, l’educazione, la sicurezza, la sanità, sono controllati dallo Stato. In parallelo, la piccola e media produzione, il settore dei servizi, l’industria del divertimento sono legati all’iniziativa privata (nella misura in cui non confliggano con le linee guida). Ciò fermo restando già avviati programmi di privatizzazioni e con la partecipazione di determinati Paesi strategici.

La rilevanza geopolitica del nuovo corso della Russia si caratterizza anche per l’essere una precisa controtendenza rispetto a quella che è stata la graduale destrutturazione del Patto di Varsavia, all’interno del quale risiede lo spazio eurasiatico. Se, infatti, sotto il profilo ideologico esso aveva i connotati di un’economia socialista e una “base filosofica marxista”, sotto il profilo geopolitico costituiva un’aggregazione continentale che incarnava la medesima funzione strategica dell’impero zarista. Una dimensione, quindi, rossa all’esterno e bianca all’interno, nel suo nocciolo. Per questo ritorno imperiale russo non può non valere tale funzione strategica. Ecco perché l’integrazione nell’ambito CSI, nei termini di una sintesi eurasiatica con i vari soggetti che sono sorti, propende verso una più profonda dimensione politica, almeno nelle intenzioni del Cremlino. I grandi spazi formano le potenze. Bloccare la fase disgregatrice è automaticamente contrapporsi alla morsa atlantica, che Mosca avverte segnatamente dall’Est Europa all’Afghanistan. Vale a proposito la complessa questione dello scudo spaziale, rispetto alla quale ci limitiamo a riportare le parole del ministro Lavrov nel già citato discorso: “Ci opponiamo a giochi strategici in Europa che abbiano come obiettivo quello di creare, a partire dal nulla, uno scontro potenziale e di plasmare una politica europea basata sul principio nostro/loro. Il progetto degli Stati Uniti di dispiegare in Europa elementi del loro sistema di difesa antimissile può portare solo a questo. Possiamo solo considerarlo una provocazione sula scala della politica europea e globale. Tanto più che questo progetto unilaterale ha un’alternativa collettiva sotto forma di sistema di difesa antimissile di teatro in Europa, con la partecipazione della NATO e della Russia. L’approccio collettivo eliminerebbe il problema. Il dispiegamento del sistema antimissile americano in Europa è inaccettabile, questo è il problema. E inciderà sui nostri rapporti con la NATO. Se l’Alleanza è inadeguata come organizzazione di sicurezza collettiva e si trasforma in un paravento per delle misure unilaterali pregiudizievoli per la sicurezza della Russia, che senso possono avere le nostre relazioni con essa? Qual è il valore aggiunto del Consiglio Russia-Nato? I nuovi missili in Europa sono un dèjà vu con conseguenze piuttosto prevedibili del tipo dei primi anni Ottanta”.

Vale la massima di Halford Mackinder:

Chi domina l’Europa orientale domina l’Heartland;

chi domina l’Heartland domina l’Eurasia;

chi domina l’Eurasia domina il mondo.


* Alfredo Musto collabora con “Eurasia” e “Africana”

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2011: l’anno dell’Eurasia?

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Ci sarà più Cina. E non mangeremo con le bacchette. Ma studieremo Confucio e il Tao. E venderemo loro i nostri garage. Ci sarà un anno tutto nuovo da trascorrere di gran carriera. Con un anno, infatti, sarà come averne fatti dieci. Anzi, venti. Il motore a scoppio diventerà obsoleto e la benzina sarà come l’acetilene. Nessuno sa oggi cosa sia l’acetilene. Si usava per l’illuminazione dei lampioni, l’acetilene. Ai tempi dell’Uomo in Frac. Ci saranno dunque bellissime automobili da corsa. Belle ma proprio belle, più della Nike di Samotracia. E tutte quante col carburante pulito e nucleare. Ed è perciò che la benzina diventerà per tutti noi solo un ricordo perfino romantico. Come le cucine da campo alimentate con le bombole di gas. Come le stufe a kerosene. Come i termometri col mercurio. Neppure questi ci saranno più con l’anno nuovo. Ci saranno solo termometri a lettura digitale. Quelli che fanno bip con trentasei di febbre. Due bip, invece, con quaranta. E saranno termometri made in China.

Ci sarà più India. E finalmente non ci vergogneremo del nostro sangue. Diremo “namastè” e aspergeremo le stanze dei nostri appartamenti con le sacre gocce di profumi iranici. Faremo Yoga ma Yoga Kundalini, non quello per signorine. Ma Yoga della Potenza. E saremo agili. Come ghepardi. Saremo astuti. Come volpi. E poi dimostreremo ai nemici la nostra memoria antica da elefanti: respireremo in sanscrito. Immersi nel mare grande della gnosi noi praticheremo sesso e la metafisica. Con gesto elegante e con convinta ascesi strapperemo ogni foglio del calendario. Lo faremo per custodire lungo tutto l’anno le lunazioni, le maree e le aurore. Di tutti i minuti, gli istanti e i granelli di sabbia delle clessidre ne faremo soldati per gli eserciti in marcia verso l’eternità della lotta di sopravvivenza. Ci sarà, infatti, solo Volontà e Rappresentazione. E cavalcheremo la tigre.

Ci sarà più Russia. E impareremo perciò, già dal cenone a pasteggiare anche con la vodka oltre che col vino. Faremo festa. E questa volta col calendario ortodosso. Il segno della Croce si farà con le tre dita unite da destra a sinistra. E a San Nicola, a Bari, a vestire il lungomare sarà tutta una candida neve. Verrà la moda del ghiaccio e delle slitte. A punta Perotti metteranno le renne e ogni piccolo padre passerà col figlio almeno due settimane per andare a caccia.

Saremo tutti capaci di macellare le bestie, quelle più saporite. Prepareremo braci ma anche fuochi e fiamme alte per fumigare le carni da mettere a dimora.

Col nuovo anno, sempre fatto di gran carriera, metteremo a dimora anche un deposito di esperienze millenarie. I ragazzi non si iscriveranno più a Scienze della Comunicazione ma a Scienze sciamaniche. Le ragazze non vorranno più fare le veline ma tutte, ma proprio tutte, cercheranno di superare le prove psico-attitudinali per il corso all’Accademia Militare.

Sarà un anno all’insegna del Barone Ungern-Khan. Nei canali satellitari sarà tutto un raccontare le imprese dell’Armata bianca e i più valorosi, tornando dalle mamme, si esibiranno in un prodigio di spacconeria: masticare almeno uno dei bicchieri di cristallo, uno tra i tanti frantumati nei brindisi in onore dello Czar. Per grazia di Dio, infatti, sarà l’anno dell’Eurasia l’anno nuovo.

(Per gentile concessione dell’Autore)

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Media e Politica in Egitto

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Poche settimane fa, si sono tenute in Egitto le elezioni parlamentari, che hanno visto la vittoria incontrastata del partito del presidente Hosni Mubarak. Solo 12, dei 508 seggi in palio, sono andati a candidati non appartenenti al Pnd. I Fratelli musulmani, il maggiore gruppo d’opposizione, non si è aggiudicato neppure un seggio. Sconfitta non da poco se si pensa che nel 2005 si erano aggiudicati il 20% dei posti.

I mezzi di informazione sono sottoposti a controllo, in particolare i tre principali quotidiani (Al-Ahram, Al-Akhbar e Al-Gomhorya), i cui editori vengono nominati direttamente dal governo. La censura è praticata largamente su libri, film, riviste. Anche la televisione satellitare ha subito la censura a causa dell’approvazione di una norma che prevede il divieto di diffondere notizie che hanno un effetto negativo sulla pace e sull’unità sociale.

La limitazione dei diritti civili e politici è stata giustificata dalla legge marziale, adottata nel 1981 e in vigore ancora oggi. Lo stato di emergenza limita la libertà di assemblea e manifestazione, rende possibile creare tribunali speciali e dà facoltà al governo di controllare le comunicazioni tramite posta, internet e telefono. Inoltre,sono molti coloro che vengono detenuti preventivamente per volontà di leader politici, sospettati di attentare alla volontà nazionale. Le organizzazioni che si occupano di diritti umani, stimano che fra le 5000 e le 10000 persone siano detenute senza un’accusa specifica e senza un regolare processo.

A preoccupare il governo è, anche, il ritorno in patria, lo scorso 19 febbraio, di Mohammed El Baradai. Ex segretario dell’Aiea, vincitore di un premio nobel per la pace e probabili sfidante di Mubarak alle elezioni presidenziali del 2011, El Baradai si presenta come leader del cambiamento. Egli ha dato vita al “Fronte nazionale per il cambiamento”, che ha subito ottenuto l’appoggio di Hassan Nafia (a capo del partito Al-Ghad), Ghazali Herb (leader del partito liberaldemocratico) e dei Fratelli musulmani.

A fine marzo, quindi subito dopo il ritorno in Egitto di El-Baradai, il gruppo su Facebook che sostiene la sua candidatura registrava quasi 85 mila aderenti: un numero enorme se paragonato ai 6 mila utenti che, sullo stesso social network, sostengono Gamal Mubarak ( figlio del rais e possibile suo successore). El-Baradai è un personaggio molto apprezzato da scrittori virtuali, anche da quei bloggers, spesso molto giovani, che hanno creato Wasia, la prima rivista egiziana di “citizen’s journalism”. Caso vuole che la copertina del primo numero della neonata rivista, ritragga un’immagine stilizzata di El-Baradai . Anche se non è un uomo nato nell’epoca dei social network, El-Baradai sa che per espandere la sua popolarità deve penetrare l’agorà cibernetica. Per questo ha aperto un sito web nel quale raccoglie firme per una petizione con la quale si vuole chiedere al governo di intraprendere una serie di innovazioni democratiche.

Il forte successo di El-Baradai in Egitto non poteva passare inosservato. In particolare sono avvenuti due episodi da ricordare . Il 4 aprile scorso è stato arrestato Ahmed Mahanna, che dirige la casa editrice Dawin e aveva scritto un libro su El-Baradai, pubblicato a fine marzo. La polizia ha sequestrato copie del libro e il suo computer, come aveva dichiarato, subito dopo l’arresto, Gamal Eid, capo dell’Ong (gruppo di monitoraggio dei diritti umani). Mahanna è stato rilasciato dopo 24 ore dall’arresto.

Il 5 ottobre 2010, Ibrham Eissa, direttore del giornale indipendente Al-Dustur, è stato licenziato. Egli è conosciuto per i suoi editoriali satirici contro il governo. Sostiene di essere stato licenziato un’ora dopo essersi inutilmente battuto, con i proprietari del giornale, per la pubblicazione di un articolo scritto da El-Baradai. Eissa fu denunciato per critiche nel 2008, e l’allora appena eletto presidente del sindacato della stampa, aveva rilasciato una dichiarazione piuttosto indicativa dello stato delle cose:” Potremmo pensare all’accettazione di un codice etico, suggerito dal governo, che proibirebbe critiche al presidente e/o a qualsiasi membro della sua famiglia.”

A sostenere El-Baradei c’erano, al suo arrivo all’aeroporto del Cairo, anche alcuni membri di Kifaya (in arabo “basta”), un movimento che dal 2004 si oppone al regime principalmente via internet. Le tecniche adottate da Kifaya sono siti web, blogs, chat room e social networks: strumenti con i quali si cerca di sfuggire alla morsa della censura imposta dal regime e raggiungere un vasto pubblico.

Nonostante sia molto complicato per le autorità controllare cosa succede sul web, non sono mancati casi di censura anche su internet. Un episodio emblematico si è avuto, quando nel 2006, mentre molti membri della fratellanza musulmana si batteva contro l’estensione per altri due anni delle leggi di emergenza del 1981, sono state arrestate più di cento persone. Tra essi c’era Alaa El-Fatah, un celebre blogger conosciuto a livello internazionale, non solo per le sue battaglie contro il regime, ma anche per aver realizzato un sito manalaa.net, studiato per” raccogliere” la blogsfera egiziana e avvicinare le molte voci, spesso isolate, dei sostenitori delle libertà civili. Nei giorni precedenti al suo arresto, Alaa si stava impegnando per ottenere appoggi a livello internazionale per chiedere la liberazione dei sostenitori dell’iniziativa dei Fratelli musulmani. In quel caso le autorità egiziane hanno commesso un grosso errore, in quanto il caso del blogger ha sollevato molta attenzione da parte degli altri Paesi.

Caso sicuramente molto diverso, ma molto interessante è quello del sito egiziano Elkosharytoday, dedicato a fatti non esistenti, ma che, nel contesto e nelle dinamiche della società e della politica egiziana ed araba in generale, potrebbero essere veramente accaduti. Un sito specializzato in notizie false per sostenere le sue verità sul sessismo, sulla corruzione e sulla gestione del potere politico. L’aspetto più interessante di questo sito è che, pur dando notizie basate sui fatti inventati, riesce ad essere più attendibile delle “news organization” governative e delle fonti di informazione religiose, che difendono in modo palese gli interessi e le istanze della classe politica e religiosa.

Il contenuto di El Koshary è probabilmente l’unico sul mercato delle news egiziane che riesce a leggere, e a fotografare, le dinamiche socio politiche reali, bypassando la censura e contrastando il perbenismo borghese.

Il sito è un esperimento comunicativo che rispecchia l’ingegnosità degli egiziani nello sperimentare meccanismi, trucchi, tattiche e pratiche di comportamento per sopravvivere in mezzo a tante circostanze estreme come la mancanza di risorse per la famiglia, la corruzione, l’inquinamento, la burocrazia, e l’inefficienza del settore pubblico.

Non dobbiamo dimenticare un altro influente fattore della realtà egiziana: la censura religiosa. Ha suscitato molto scalpore, nel 2009 il caso di uno studente, Kareem. Il giovane, che all’epoca dell’arresto aveva 22 anni, era stato condannato nel 2007 a quattro anni di reclusione (tre oltraggio alla religione e uno per aver offeso il presidente Mubarak), a causa dei suoi scritti su internet.

Secondo i dati riportati dall’associazione egiziana per i diritti umani sono più di cinquanta i giornalisti e gli scrittori che sulla scia di Kareem hanno deciso di intraprendere una causa legale per le minacce e le persecuzioni di cui sono stati oggetto a causa dei loro scritti. Il numero degli intellettuali che è vittima di ritorsioni di vario genere, perchè ha scelto di manifestare liberamente le proprie idee, è molto più alto.

Ma non tutti hanno la possibilità o il coraggio di parlarne pubblicamente. Molti di loro hanno preferito abbandonare la professione e l’impegno civile per la libertà di pensiero.

Conclusioni

Dai dati riportati, è evidente che la necessità di maggiori libertà è sentita da parte di larghi strati della popolazione, come dimostra anche il seguito ottenuto da El-Baradai, che potrebbe essere la figura in grado di riunire attorno a sé l’opposizione al governo di Mubarak. La sua attività di raccolta firme per modificare i provvedimenti che limitano la sua candidatura alla presidenza, sta avendo successo e sembra che le firme raccolte siano già arrivate a 800000. Nonostante il fatto che Mubarak sia ormai anziano, e non in grado di rimanere in carica per un altro mandato, è plausibile che i membri del suo partito difficilmente siano disposti a favorire un cambio di regime.

*Oriana Costanzo è studente in Scienze politiche e della comunicazione (Università LUISS di Roma)

Le opinioni espresse nell’articolo sono dell’Autrice e potrebbero non coincidere con quelle di “Eurasia”

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L’importanza della visita di Medvedev in India

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E’ stato un anno diplomatico molto impegnativo per l’India, che ha appena spuntato la Russia nel completare la lista dei cinque paesi leader  che hanno visitato New Delhi negli ultimi 12 mesi.
La visita del presidente russo Dmitrij Medvedev, il 21 dicembre, è stato un momento storico per l’India, e ha offerto un impulso ai tiepidi legami indo-russi degli ultimi anni. Un indice del cambiamento è stato il fatto che le due parti hanno firmato 29 accordi -11 in presenza di Medvedev e del Primo Ministro Manmohan Singh, e 18 a margine dell’annuale summit dei due leader a Nuova Delhi. Gli accordi, sia tra governi che per business, hanno coperto una vasta gamma di settori tra cui la difesa, la gestione delle catastrofi, petrolio e gas, scienza e tecnologia, energia nucleare, tecnologie dell’informazione, prodotti farmaceutici, commercio e sistema bancario.
Degli accordi firmati, quello chiave era un contratto per la progettazione preliminare del caccia indo-russo di Quinta Generazione, firmato tra la
Hindustan Aeronautics Limited (HAL) dell’India e le russe Rosoboronexport e Sukhoj. Questo è il programma della difesa più grande della storia dell’India, ed è uno sviluppo che sarà senza dubbio guardato con una certa dose di trepidazione in Cina e Pakistan.
Il valore totale di tutto il progetto, compreso la produzione di 200-250 aerei, sarà superiore ai 30 miliardi di dollari. Il ministero della Difesa dell’India, commentando l’accordo ha detto:
‘il contratto di oggi è solo il primo di una serie di contratti di questo tipo che copriranno le varie fasi di questo complesso programma. Il costo totale, comprese le opzioni e il valore della produzione degli aeromobili, fanno di questo il programma di difesa più grande mai realizzato nella storia dell’India.’
Il progetto è volto alla progettazione e allo sviluppo di aerei da caccia di 5° generazione, che includerà capacità stealth e di super-crociera, nonché  avrà rafforzata la capacità di consapevolezza della situazione, il trasporto interno delle armi e capacità di guerra networkcentrica. L’aereo sarà basato sul prototipo di caccia di 5° generazione T-50 della Russia, e dovrebbe essere introdotto nell’aviazione russa entro il 2015, mentre la Indian Air Force l’avrà in servizio due/cinque anni dopo. India e Russia opereranno congiuntamente anche nella commercializzazione verso paesi terzi. Questo ha il potenziale di rafforzare l’India nel lucrativo mercato delle esportazioni della difesa in grande stile e di guadagnare miliardi di dollari in valuta estera.
Un altro accordo molto importante indo-russo, che in gran parte è passato inosservato e ignorato dai media indiani, è l’accordo della Russia nel fornire i segnali di navigazione di alta precisione GLONASS all’India. Questo può essere una potente leva in tempo di guerra. Oggi molti missili e sistemi d’arma dipendono dai segnali satellitari. Dal momento che l’India non ha un satellite militare propria, finora, questo accordo sarà fondamentale in caso di una guerra. Finora, l’India dipende dal sistema di navigazione GPS degli USA per i segnali, e gli statunitensi forniscono questo strumento solo per scopi civili.
Medvedev ha inoltre fatto di tutto per sostenere la candidatura dell’India al Consiglio di Sicurezza delle Nazioni Unite come membro permanente e ha espresso la disponibilità della Russia nel creare
‘ulteriori reattori nucleari’ a Kundankulam, Tamil Nadu. Le due questioni sono importanti per l’India. Con la reiterazione del sostegno di Medvedev alla candidatura dell’India al seggio permanente del Consiglio di sicurezza, tutte le nazioni P5 impediranno alla Cina di avere un supporto inequivocabile. Solo la Cina ha mantenuto un silenzio significativo sulla questione. Ciò dovrebbe spingere maggiormente la Cina a non parlare positivamente del tema, dato il recente cambiamento nella politica estera, dove i cinesi hanno apertamente e palesemente espresso il loro appoggio al Pakistan a danno dell’India. Mentre il resto delle nazioni del P5 hanno finalmente separato l’India dal Pakistan, la Cina ha praticato più aggressivamente la sua politica di collegare India e Pakistan. Questo è evidente dal fatto che, salvo il Primo ministro cinese Wen Jiabao, nessuno del resto delle nazioni leader del P5 che ha visitato l’India, quest’anno, s’è curato di visitare il Pakistan.
Medvedev ha sostenuto con forza che il suo Paese supporta la sua proposta di un seggio permanente al Consiglio di Sicurezza delle Nazioni Unite per l’India,  dicendo che “
La Russia vuole che l’India abbia il seggio permanente nel Consiglio di sicurezza, se la decisione di espandere l’organo viene presa” e ha descritto l’India come un “candidato forte e meritevole“. Significativamente, Medvedev ha anche appoggiato la piena adesione dell’India a organismi mondiali come il Nuclear Suppliers Group e il Missile Technology Control Regime (MTCR), che attualmente sono una prerogativa di nazioni selezionate.
Sul fronte della cooperazione nell’energia nucleare civile, la visita di Medvedev ha prodotto una sorta di piccola revisione. Le due parti avrebbero dovuto firmare il contratto per la 3° e 4° unità di Kundankulam, ma non l’hnno fatto. Invece, Medvedev ha semplicemente diretto l’interesse russo sulla costituzione di “
ulteriori reattori nucleari” a Kudankulam nel Tamil Nadu.  Forse la recente legge di responsabilità nucleare indiana ha preoccupato i russi, anche se i russi non hanno fatto osservazioni irritate sul tema, come invece statunitensi e francesi hanno fatto. Le canne al vento suggeriscono che i russi possono ancora andare avanti e siglare accordi per la costruzione di reattori nucleari di maggiore potenza, perché a differenza di Francia e Stati Uniti, le imprese russe che si occupano di energia nucleare civile sono controllate dallo Stato, e dare 500 milioni di dollari a titolo di risarcimento in caso d’incidente nucleare, che può accadere ad un certo punto nel futuro (previsto nella legge sulla responsabilità nucleare indiana), non è considerata una scelta saggia da parte del governo russo, in particolare quando business più lucrativi possono essere stipulati.
La firma russa di altri accordi nucleari con l’India è una questione di quando, non di se. L’India ha già offerto alla Russia dei terreni a Haripur, West Bengala, per la costruzione di un parco nucleare. I russi hanno trasmesso la loro intenzione di costruire otto unità che insieme produrranno circa 10.000 MW di potenza nucleare. Nel caso in cui qualche imprevisto problema socio-politico sorga e il governo del Bengala occidentale non sia in grado di andare avanti con il progetto indo-russo di Haripur, il governo indiano ha offerto l’Orissa come seconda opzione.
Durante la sua appena conclusa visita in India, Medvedev s’è soffermato sulla questione del terrorismo e ha espresso il suo pensiero sul Pakistan, anche se non è mai stato brutalmente candido come il primo ministro britannico David Cameron, durante il suo viaggio in India a luglio. Le dure osservazioni di Cameron contro il Pakistan dal suolo indiano, avevano anche gettato una nube sulle relazioni diplomatiche tra Pakistan e Gran Bretagna. Medvedev ha osservato, senza menzionare il Pakistan per nome, che
‘nessun paese civile può nascondere dei terroristi‘. Dopo che la sua delegazione ha avuto colloqui con   il Primo Ministro Manmohan Singh, a Medvedev è stata posta una questione legata al terrorismo, in una conferenza stampa congiunta con Singh. Ha risposto: “I terroristi sono criminali. Essi, naturalmente, devono essere puniti. Coloro che nascondono i terroristi nascondono i loro crimini. Nessun moderno stato civilizzato può nascondere dei terroristi come cittadini rispettosi della legge. Sono soggetti alle pene.” Ha anche chiesto l’eliminazione delle “zone franche per l’estremismo violento e il terrorismo che sono presenti in Afghanistan e Pakistan“.
Il primo ministro Manmohan Singh ha anche dato la sua risposta alla domanda, dicendo che India e Russia hanno la necessità di cooperare nella condivisione di informazioni e dell’intelligence, e di elaborare insieme efficaci strategie anti-terrorismo. “L’India e la Russia sono entrambi vittime dei terroristi, in quanto tali vi è una naturale sinergia d’interessi a lavorare insieme per affrontare questa minaccia”, ha detto il Primo Ministro.
Sul fronte commerciale, le due parti sono impegnati a raddoppiare i loro scambi bilaterali a 15 miliardi di dollari entro il 2015, che dovrebbe essere un obiettivo facile considerando il rafforzamento dei legami indo-russi che la visita di Medvedev ha impartito.

Traduzione Alessandro Lattanzio
http://www.aurora03.da.ru
http://www.bollettinoaurora.da.ru
http://sitoaurora.xoom.it/wordpress/

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Wikileaks, the Italy-Russia relations and the attempt of “colored revolution” in Italy

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Source: http://win.ru/en/win/6154.phtml

Tuesday, 14th December have been rejected the two no-confidence motions (one in the senate, or upper house, one in the chamber of deputies) against the Berlusconi government. The no-confidence motions were submitted by the two main opposition parties, but the leader of the revolt is Gianfranco Fini, speaker of the chamber and former main ally of Berlusconi. Fini, who was the co-founder of the centre-right party PdL (The People of Freedom, Italian: Il Popolo della Libertà), together with Berlusconi, and allied with Lega Nord in the government, is known for his strongly pro-American and pro-Israel views.


Tuesday, 14th December have been rejected the two no-confidence motions (one in the senate, or upper house, one in the chamber of deputies) against the Berlusconi government. The no-confidence motions were submitted by the two main opposition parties, but the leader of the revolt is Gianfranco Fini, speaker of the chamber and former main ally of Berlusconi. Fini, who was the co-founder of the centre-right party PdL (The People of Freedom, Italian: Il Popolo della Libertà), together with Berlusconi, and allied with Lega Nord in the government, is known for his strongly pro-American and pro-Israel views. During this summer Gianfranco Fini left the PdL and formed the new party “Future and Freedom”, accusing the premier Berlusconi of dictatorial manners and non-liberal views. From this moment in the mass media and society has unleashed an avalanche of accusations against the prime minister, charged of being against democracy and friend of dictators such as Gaddafi, Chavez and Putin. This fact has lead at no-confidence vote of few days ago, in which Fini and the opposition tried to bring the government to collapse and replace it with a “technical government” to normalize the Italian politics.

In the Italian political system, the prime minister is not as powerful as the president in Russia or France and the opposition, at any time, if there is a defection of majority’s members (which is the case of Fini and his supporters), can decide to put him in minority and bring down the government. The opposition, in Italy, is made up of heterogeneous groups, among which there are left, center and right parties united only by their hatred for Berlusconi. A few days ago, they submitted to vote a no-confidence motion in the country’s parliament. Berlusconi bought some deputies and survived the no-confidence motion in the lower house by only three votes. But now he has a very narrow majority.

The votes were called following a spate of sex scandals related to Berlusconi and as a result of the “revelations” of Wikileaks depicting the prime minister in a very negative manner. But the long series of sex scandals began in 2009 with the newly elected President Obama at power in the USA and the significant meeting on May 15 between Putin and Berlusconi (together with the heads of Gazprom and ENI, Alexei Miller and Paolo Scaroni) to confirm their common pledge in the South Stream project. The scandals and the cabinet crisis comes after two years of intense engagement in foreign policy by the Berlusconi government. Wikileaks recently revealed that US diplomats voiced concern over Italian Prime Minister Silvio Berlusconi’s ties to Russia’s Vladimir Putin and the grip of energy interests on Rome’s foreign policy. On 26 January 2009, the former US ambassador in Italy R. P. Spogli write a full cable from the US embassy in Rome and fills out a gloomy assessment that depicts Italy in thrall to Moscow (visible here: http://213.251.145.96/cable/2009/01/09ROME97.html).

“Distressingly, Berlusconi treats Russia policy as he does his domestic political affairs — tactically and day-to-day. His overwhelming desire is to remain in Putin’s good graces, and he has frequently voiced opinions and declarations that have been passed to him directly by Putin. One such example: in the aftermath of the Georgia crisis, Berlusconi began (and continues) to insist that Georgia was the aggressor and that the GOG was responsible for several hundred civilian deaths in South Ossetia.” And also: “During a March 2008 visit to ENI Headquarters embassy staff were given a briefing on ENI’s Russian energy operations (available on Embassy Rome’s Classified web site). ENI’s view of the European energy situation was disturbingly similar to that of GAZPROM and the Kremlin, and at times laced with rhetorical flourishes reminiscent of Soviet-era double-speak: according to ENI, the real threat to Western Europe’s energy security is not Russia — it is Ukraine. The real solution to Europe’s energy insecurity, according to ENI, lies in more direct pipeline connections to Russian gas fields and a need for pipelines that do not go through Ukraine — the rationale for the South Stream and Nord Stream pipelines.”

Because of Berlusconi and ENI, Russia — Spogli complains — in Europe can count on a country that systematically support its cause. All the more so now, being finished the personal relationships that bound Berlusconi at the former US president, Bush jr., the head of the Italian government seems destined to draw ever closer to Moscow as a trusted ally within EU. But the US administration is not watching without reacting. The most interesting part of the document is the one where it describe the countermeasures that Spogli is putting in place — but, strangely, is also the portion of text less quoted by the world press: “To tackle the problem head-on, Post has deployed a robust diplomatic and public affairs strategy targeting key figures inside and outside government. Our aim is two-fold: educate our interlocutors more profoundly on Russian activities and thus the context for U. S. policy, as well as build a counter- weight of dissenting opinion on Russia policy, especially within Berlusconi’s political party. Since the beginning of the summer, wit Berlusconi’s return to power and the Georgia crisis, we have been engaging with GOI leaders aggressively at all levels. Pol, PA and Econoffs have engaged party members, GOI contacts, think tanks and even press to provide an alternative narrative to the Berlusconi insistence that Russia is a democratic and stable country that has been provoked by the West. The effort seems to be paying off. The opposition has begun taking jabs at Berlusconi by portraying him as choosing the wrong side of the debate. Some in the PdL have begun to approach us privately to say that they would like greater dialogue with us on the Russia issue, and have indicated their interest in challenging Berlusconi’s giddiness about Putin. While we have a long way to go in changing the narrative, unfortunately, we have help — in the form of a PM who appears increasingly to be the mouthpiece of Putin.”

Although many international analysts, like F. William Engdhal and Webster Tarpley, say that Wikileaks is an US inside job — part of the ongoing war within (and against) the Obama administration — it is clear beyond any reasonable doubt that the independent action of the Berlusconi government is not acceptable to the US administration and other Western countries. Despite the sex scandals that have involved Berlusconi have an element of truth, the real reason of this media and judicial war against him is the close relations that his government has with Russia, Belarus, Libya, Iran, Venezuela and his personal friendship with Russia’s Prime Minister Vladimir Putin and President Medvedev. The embassy cable above states that they have engaged in talks with political leaders inside and outside the government, with the express purpose of creating, especially within his own party, a current of thought hostile to russophile Berlusconi. In addition, unspecified “think tanks” were hired to build a current of public opinion hostile to Russia and welcomes Spogli, “the effort seems to be paying”. After the release of these “revelations” by Wikileaks the opposition in Italy is immediately, committed to a critique of Berlusconi’s relationship with Putin, depicting Berlusconi as a puppet of russians and these strong ties as a danger for Europe and the USA. Even some members of the PdL (the government party), as wrote in the cable, have appealed privately to US embassy “to counter the infatuation of Berlusconi for Russia”. It’s quite easy to compare the statements of Spogli and what happened in the press, civil society and especially in the Italian domestic politics since January 2009 to present.

The United States do not want that Italy has an independent policy, especially in the energy sector. Berlusconi’s commitment (through participation of ENI in the project, our main energy company) to the project of South Stream is a tragedy for the USA’s plans to divide Europe from Russia through the Nabucco project. Financial and political sectors of USA and England have decided to take out Berlusconi, both supporting the opposition (especially Gianfranco Fini, former ally of B.) and organizing massive protest marches in Rome the same day of voting. The sense of a government under siege was reinforced by rioting in Rome, as demonstrations across Italy drew thousands of students and workers protesting against budget cuts and the austerity program. In the worst unrest to hit Rome in many years, masked militants took over the protests against government budget cuts, torching vehicles and attacking shops and banks. The protesters are coordinated through social networks, particularly Facebook and Twitter, the same way as already seen recently in other occasions, as in Iran, Russia, Ukraine and so on. It’s a clear attempt to “colored revolution” like “Soros sponsored” revolutions made or tried in the past in Ukraine, Georgia, Serbia and many others eastern countries. Indeed, both George Soros and Zbigniew Brzezinski have recently pointed the accusing finger at the Italian government for its too independent policy and its projection to the south and east countries.

For the moment, this attempt of “colored revolution” (Purple Revolution, as call themselves the protesters) failed and the onslaught of parliament, while the votes for the motions were held, was stopped by the police. The opposition, headed by Fini, lost the no-confidence vote and the government is still in charge. But it is hard to believe, that will be able to arrive until the end of term in 2013. The opposition is divided and weak, but italian psychological dependence on USA and Israel and the economic crisis will lead it to ruin unless Berlusconi himself or someone who is not an agent of the United States does not make itself a “revolution” for Italy’s independence.

What are the probable consequences of victory of Berlusconi especially for Italy-Russia relations? It’s still early to tell. Everything depends on keeping the government in the coming months. In his speech to parliament, shortly before the vote, Berlusconi reiterated: “Russia supplies us with 30 percent of our energy needs, and Italian firms do good business in Russia. I’ve always promoted Italian interests. And I can assure you, not one dollar of those business deals entered my pocket”. True or not, what is important is the fact that, after the vote of no-confidence, in Italy’s foreign policy nothing is changed since the well-established route. That route go beyond the simple friendship between Berlusconi and Putin/Medvedev and is driven by the real heartland of Italian foreign policy that is called ENI, ENEL, Finmeccanica (the three main Italian state-owned industries).

In any case, the leaks have not deterred Moscow-Rome energy and policy cooperation. Today the United States are perceived not only in Moscow but in growing circles in western Europe as a superpower in irreversible decline. In the context of the most severe economic depression in the USA since the 1930s with no end in sight and the failure of the Obama Presidency and US foreign policy generally to articulate an agenda of cooperation beneficial for EU governments, a growing faction within EU political and business elites from France to Italy to Germany and beyond are looking to deepen economic ties with Russia and Eurasia as the economic growth market of their future. That, of course, is not acceptable in Washington, which is deploying the countermeasures to avoid it. The Italy-Russia Wikileaks “revelations” and the “Purple Revolution” should be read in light of that geopolitical background.

* Antonio Grego, historian, international relations analyst, journalist. Copy editor for the italian journal Eurasia, devoted to geopolitical studies. Lecturer and member of the Institute Enrico Mattei of Advanced Studies for the Near and Middle East (IEMASVO). Author of “Figlie della stessa lupa. Storia dei rapporti tra Italia e Romania alla vigilia della seconda guerra mondiale” (Fuoco, Rome 2009).

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WikiLeaks, итальяно-российские отношения и попытка «цветной революции» в Италии

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Fonte: http://win.ru/school/6173.phtml

В четверг 14 декабря в обеих палатах итальянского парламента были отвергнуты проекты вынесения вотума недоверия правительству Берлускони. Проекты были предложены двумя основными оппозиционными партиями, но инициатром попытки стал Джанфранко Фини – спикер нижней палаты и прежний союзник Берлускони. Фини – наряду с Сильвио Берлускони, один из основателей правоцентристской партии «Народ свободы» (Il Popolo della Libertà) и союзник Лиги Севера в правительстве, известен своими проамериканскими и произраильскими взглядами. Этим летом Фини оставил «Народ свободы» и возглавил созданную им партию «Будущее и свобода». Премьера Берлускони он обвинил в диктаторских манерах и нелиберальности взглядов. С тех пор в СМИ не прекращается атака на итальянского премьер-министра, которого уличают в том, что он против демократии и дружит с диктаторами типа Каддафи, Чавеса и Путина.


Берлускони еле уцелел после очередной атаки

В четверг 14 декабря в обеих палатах итальянского парламента были отвергнуты проекты вынесения вотума недоверия правительству Берлускони. Проекты были предложены двумя основными оппозиционными партиями, но инициатром попытки стал Джанфранко Фини – спикер нижней палаты и прежний союзник Берлускони. Фини – наряду с Сильвио Берлускони, один из основателей правоцентристской партии «Народ свободы» (Il Popolo della Libertà) и союзник Лиги Севера в правительстве, известен своими проамериканскими и произраильскими взглядами. Этим летом Фини оставил «Народ свободы» и возглавил созданную им партию «Будущее и свобода». Премьера Берлускони он обвинил в диктаторских манерах и нелиберальности взглядов. С тех пор в СМИ не прекращается атака на итальянского премьер-министра, которого уличают в том, что он против демократии и дружит с диктаторами типа Каддафи, Чавеса и Путина.

Это кампания вылилась в попытку вынести вотум недоверия, с помощью которой Фини и остальная оппозиция пытались парализовать работу правительства и сменить его на техническое временное, которое бы «нормализовало итальянскую политику». Премьер-министр в Италии не обладает такой сильной властью как президенты в России или Франции, и оппозиция может в любой момент, при условии отсутствия консолидированного проправительственного большинства в парламенте, «свергнуть» правительство. Оппозиция в Италии состоит из довольно гетерогенных групп, левых, центристских и правых, которые объединяет лишь ненависть к Берлускони. Они имели хорошие шансы провести вотум, но премьер «купил» несколько голосов и выжил буквально благодаря трём голосами, хотя теперь у него нет большинства.

Вынесение проектов вотумов на голосование последовали после серии скандальных публикаций на сексуальные темы, направленных против Берлускони, а также «утечек» WikiLeaks, в которых Берлускони предстал в весьма негативном свете. Но информационная атака на Берлускони началась ещё весной 2009 году, когда состоялась примечательная встреча между Путиным и Берлускони с участием глав корпораций «Газпром» и ENI Алексеем Миллером и Паоло Скарони, на которой была подтверждена общая приверженность проекту газопровода «Южный поток». В целом же скандалы и правительственный кризис начались после двухлетней активной внешней политики со стороны кабинета Берлускони.

WikiLeaks: американское посольство недовольно Берлускони

WikiLeaks сделали достоянием общественности опасения американских дипломатов в связи с тесными связями между Берлускони с Путиным, и «преобладанием энергетических интересов» в итальянской внешней политике. 26 января 2009 года бывший посол США в Италии Р. П. Спольи отправил из американского посольства в Риме целую депешу, посвящённую дрейфу Белускони в сторону России. «К сожалению, Берлускони по отношению к России ведёт политику также, как и в отношении внутренних вопросов: на тактическом уровне повседневных потребностей. У него слишком много желания оставаться на хорошем счету у Путина, и он часто повторяет мнения и суждения, поступающие ему напрямую от Путина. Например, сразу после грузинского кризиса Берлускони начал (и сейчас продолжает) утверждать, что агрессором является Грузия, и что её власти повинны в смерти нескольких сотен гражданских лиц в Южной Осетии».

«В марте 2008 года во время визита в штаб-квартиру ENI в Риме представители посольства посетили брифинг, посвящённый сотрудничеству по энергетическим вопросам с Россией в политике компании. Позиция ENI по ситуации в европейской энергетике тревожно напомнила позиции «Газпрома» и Кремля и местами отдавала двусмысленными риторическими фигурами в советском стиле: так, по мнению компании, главной угрозой энергетической безопасности Европы является не Россия, а Украина. Наилучшее решение энергетических проблем Европы, по мнению ENI, заключается в уменьшении количества поставок газа через Украину и увеличению поставок по прямым газопроводам в обход её территории. То есть – в пользу проектов Северного и Южного потоков».

Отчет Спольи: оппозиция начинает нападки на Берлускони

Из-за Берлускони и ENI, жалуется Спольи, у России в Европе есть страна, на поддержку которой она всегда может рассчитывать. В настоящее же время, после того, как Джордж Буш-младший, с которым у Сильвио Берлускони были личные дружеские отношения, покинул президентский пост, итальянский премьер ещё более сблизился с Москвой как надёжный союзник в ЕС. Хотя и администрация США не наблюдает за происходящим сложа руки. Определённая часть документа посвящена контрмерам, предпринимаемым Спольи. Странно, что мировая пресса уделяет ей меньше внимания: «Чтобы воздействовать на проблему, разработана сугубо дипломатическая стратегия, нацеленная на ключевые фигуры, как в правительстве, так и вне его. Цель преследуется двойная: довести более основательно до сведения определённых фигур смысл российской активности в Европе и позиции США в этой связи и сформировать устойчивое предубеждение по отношению к российской политике особенно среди членов политической партии Берлускони.

С начала лета развиваются активные контакты с членами итальянского правительства на всех уровнях. Членам партий, сотрудникам правительственного аппарата, интеллектуальных центров и даже прессы предоставляются альтернативные аргументированные точки зрения на Россию, в отношении которой Берлускони настаивает, что это демократическая, стабильная страна, провоцируемая Западом. Усилия, кажется, не проходят зря. Оппозиция начинает нападки на Берлускони, указывая, что он занял не ту сторону баррикад. Некоторые представители «Народа свободы» в частных беседах стали указывать нам, что они хотели бы более подробного прояснения вопросов, связанных с Россией, с нашим участием, и были бы не прочь изменить приверженность Берлускони Путину. Хотя нам нужно довольно много времени, чтобы изменить нарратив, нам помогает сам премьер-министр, являющийся как будто просто рупором Путина».

Хотя многие известные аналитики, в частности Уильям Энгдаль и Уэбстер Тарпли, полагают, что WikiLeaks – это внутриамериканский проект, используемый в контексте внутриамериканской борьбы против администрации Обамы, несомненно, что независимая политика итальянского правительства в любом случае неугодна властям США и других западных стран. Пусть в сексуальных скандалах вокруг Берлускони и есть доля правды, настоящая причина этой медиа- и юридической войны против него – его связи с Россией, Белоруссией, Ливией, Ираном, Венесуэлой и дружба с Владимиром Путиным и Дмитрием Медведевым. Процитированный выше дипломатический документ свидетельствует, что посольство США предпринимает усилия по формированию внутри партии Берлускони оппозиционного его русофильству течения мысли. В дополнение к этому, неуказанные интеллектуальные центры были привлечены к формированию враждебного России общественного мнения, благоприятного для реализации указанных Спольи целей.

После публикации утечек WikiLeaks оппозиция в Италии сразу же начала критиковать Берлускони, представляя его российской марионеткой и обвиняя в том, что тесные связи с Россией угрожают Европе и США…Нетрудно сопоставить развернувшуюся с января 2009 года на итальянской политической сцене, в итальянских СМИ и обществе активность с тем, что изложено в депеше Спольи.

«Пурпурная революция» пока не достигла цели. Что дальше?

Соединённые Штаты не хотят, чтобы у Италии была независимая политика, особенно в энергетической сфере. Приверженность Берлускони посредством участия ENI проекту «Южный поток» – это трагедия США, желающих разделить Европу и Россию с помощью Nabucco. Политические и финансовые круги в Вашингтоне и Лондоне решили убрать Берлускони, организуя одновременно наступление оппозиции (упор делается на бывшего союзника Берлускони Джанфранко Фини) в парламенте и массовые протесты на улицах Рима.

По всей Италии тысячи студентов и работников вышли на улицы протестовать против сокращений бюджета и программы экономии, и уличные бунты в Риме стали средством давления на осаждённое итальянское правительство. Воспользовавшись протестными акциями, погромщики в масках стали жечь машины и бить витрины магазинов. Они координируются через социальные сети, в частности, Facebook и Twitter в Интернете – по схеме, уже знакомой по событиям в Иране, в России, на Украине и так далее. Это очевидно напоминает технологии «цветных революций», наподобие «революций Сороса» на Украине, в Сербии, Грузии и других восточных странах. Конечно, сами Джордж Сорос и Збигнев Бжезинский недавно обвинили итальянское правительство в чересчур независимой политике и чрезмерной защите восточных и южных стран.

Пока попытки того, что демонстранты называют «Пурпурной революцией», провалились. Вотумы недоверия в палатах парламента не прошли, а бунты пресекла полиция. Но трудно поверить, что правительство сможет удержаться до 2013 года. Оппозиция раздроблена и слаба, но психологическая зависимость Италии от США и Израиля и экономический кризис могут привести к тому, что правительство падёт, если только сам Берлускони или другой не являющийся агентом влияния США политик не устроит революцию во имя итальянской независимости.

Каковы вероятные последствия нынешней победы Берлускони для российско-итальянских отношений? Пока рано говорить. Всё зависит от того, насколько и как удержится правительство в следующие месяцы. В своей речи в парламенте незадолго до голосования по проекту вотума о недоверии Берлускони сказал: «Россия покрывает 30% наших энергетических нужд, и у итальянских компаний хороший бизнес в России. Я всегда продвигал итальянские интересы. И я уверяю вас, ни один доллар от этого бизнес-оборота в мой карман не осел». Правда это или нет, важно то, что после провала вотума недоверия внешняя политика Италии не меняется и идёт по прежнему маршруту. Сердцем этой политической линии является не просто дружба между Берлускони и Путиным/Медведевым, а интересы ENI, ENEL, Finmeccanica – трёх основных итальянских госкомпаний.

В любом случае, утечки не подорвали энергетические и политические связи Рима и Москвы. Сегодня как в Москве, так и в правящих кругах западноевропейских стран всё больше смотрят на США как на супердержаву, переживающую упадок. В условиях тяжелейшего с 1930-х экономического спада в США и неспособности администрации Обамы и отвечающих за американскую внешнюю политику кругов отчётливо сформулировать, чем выгодна может быть для правительств стран ЕС кооперация с Соединёнными Штатами, многие в европейской политической и бизнес-элите, от Италии до Франции и Германии, позитивно смотрят на расширение связей с Россией и Евразией, как растущим экономическим рынком будущего. Это, ясное дело, не приветствуется в Вашингтоне, стремящемся предпринимать контрмеры. Именно в таком геополитическом контексте стоит воспринимать утечки WikiLeaks на предмет российско-итальянских взаимоотношений и «Пурпурную революцию» в Италии.

Антонио Грего (Италия)

Об авторе: историк, журналист, аналитик по вопросам международных отношений. Соредактор посвящённого геополитическим вопросам итальянского журнала «Евразия». Сотрудник Института углублённых исследований Ближнего и Среднего Востока имени Энрико Маттеи (Institute Enrico Mattei of Advanced Studies for the Near and Middle East (IEMASVO). Автор книги «Дочери волчицы. История взаимоотношений между Италией и Румынией накануне Второй мировой войны» («Figlie della stessa lupa. Storia dei rapporti tra Italia e Romania alla vigilia della seconda guerra mondiale» (Fuoco, Rome 2009).

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Una più assertiva PLA

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Fonte: http://www.southasiaanalysis.org/papers43/paper4245.html


(Da leggere in continuazione al mio articolo del 29 giugno 2010, dal titolo “Hu propone, la PLA dispone”: http://www.southasiaanalysis.org/papers39/paper3896.html)

1. Una nuova generazione di analisti con background militare ha cercato di influenzare l’analisi strategica in Cina, in una direzione che giustifichi l’assertività militare di Pechino, anche a rischio di danneggiare i propri interessi principali. Considerando che un numero crescente di analisti senza cultura militare consiglia cautela nel seguire una politica di maggiore assertività, affinché non si aggiungano timori verso la Cina dai suoi vicini, a vantaggio degli Stati Uniti, un piccolo ma articolato gruppo di analisti che ha lavorato nell’Esercito Popolare di Liberazione (PLA), e che continuano a mantenere i loro legami con la PLA dopo il pensionamento, non solo giustifica la nuova assertività, ma anche ne richiedono una maggiore, al fine di mantenere il rispetto nazionale di sé dei cinesi.

2. Prominente fra loro è il Maggior Generale (in pensione) Luo Yuan, un membro della Conferenza consultiva politica del Popolo cinese (Ccppc) e Segretario Generale della Società di Scienze Militari della Cina, un presunto think-tank non-governativo con stretti legami con la PLA.
La società istituì il 24 novembre 2003, un ramo militare internazionale  che è stato descritta dal “People’s Daily“, come segue: “Il ramo, composto da esperti e studiosi provenienti da istituti specializzati a livello internazionale su sicurezza militare, studio militari esteri, unità di ricerca scientifica e collegi militari, è una componente del Comitato militare di Scienze Sociali della Cina. La creazione segna una nuova fase di sviluppo della ricerca della PLA egli affari militari esteri, contribuendo molto al sistema delle scienze militari con caratteristiche cinesi“.

3. I ricercatori del ramo militare internazionale della Società, non solo scrivono regolarmente sui media cinesi e appaiono sui canali TV di Stato -per discutere di questioni strategiche, ma anche istruiscono i media sulle relative questioni militari, durante le sessioni del Comitato Centrale del Partito e del Congresso Nazionale del Popolo. Le loro opinioni tendono ad essere più esplicite e più combattivo rispetto a quelle degli analisti civili.

4. La natura schietta e combattiva delle loro opinioni e  analisi spesso dà luogo alla domanda se parlano con l’approvazione del partito e del governo. I loro punti di vista e il linguaggio con cui si esprimono sono spesso così diverse dalle sfumature più articolate usate dai diplomatici, attivi o in pensione, che creano l’impressione che il PLA e il ministero degli esteri non sono sulla stessa linea riguardo le politiche cinesi verso i propri interessi fondamentali.

5. Questi analisti sono diventati particolarmente attivi nel sostenere una più robusta risposta da parte della Cina, da quando gli Stati Uniti e la Corea del Sud hanno iniziato a tenere una serie di esercitazioni marine congiunte in prossimità del Mar Giallo, in seguito al presunto affondamento di una nave sudcoreana, da parte della marina nordcoreana, a marzo scorso. In un articolo intitolato “L’America si è impegnata nella diplomazia delle cannoniere contro la Cina. Confronto unilaterale e dimostrazione di forza bruta“, che è stato pubblicato dal “People’s Daily online” il 13 agosto scorso, il Maggiore Generale Luo ha scritto: “Gli Stati Uniti non sono mai disposti a comunicare e a consultarsi con gli altri paesi, figuriamoci pensare ai punti di vista altri.  Da quando Obama è salito al potere, ha affermato di aver rotto con chiarezza con le politiche unilateralista dell’ex Presidente Bush e di perseguire la diplomazia dello “smart power”. Tuttavia, a giudicare dall’insistenza dagli Stati Uniti e Corea del Sud sulla partecipazione congiunta alle esercitazioni militari nelle acque della penisola coreana, non si vede né la sicurezza né la cooperazione multilaterale, ne l’applicazione di una potenza intelligente. Quello che vediamo è solo il confronto unilaterale e dimostrazione di forza bruta. I cinesi sono persone che amano la pace, e la Cina sta ora prendendo la strada di uno sviluppo pacifico diverso di quando le potenze imperialiste ascesero. Non vogliamo essere contro alcun paese, ma non abbiamo paura se altri paesi ignorano le nostre solenni posizioni e interessi fondamentali. Un paese deve avere la dignità e il suo esercito deve avere il potere di deterrenza. La Cina aderisce al principio “Noi non attacchiamo, a meno che non siamo attaccati, e dobbiamo reagire solo se siamo attaccati,” che sicuramente non è uno scherzo per il popolo e l’esercito cinesi. Gli Stati Uniti Non si proclamano il paese più democratico? Quindi, si dovrebbero sapere che nel 21° secolo dovranno imparare a rispettare gli altri e ad ascoltare le opinioni pubbliche di altri paesi, con saggezza,e non risolvere i problemi con le cannoniere“.

6. In un altro articolo pubblicato dal “Global Times” il 14 dicembre, il Maggiore-Generale Luo ha formulato osservazioni da “falco“, che dovrebbe essere fonte di preoccupazione per paesi come India, Vietnam, Giappone e le Filippine, che hanno irrisolte dispute territoriali con la Cina. Ha scritto: “Essere ricchi non è sufficiente per fare della Cina una nazione forte. Un esercito potente è anche necessario. La società futura non deve essere solo estremamente abbondante nella ricchezza materiale, ma avere anche un sistema giuridico assai sano, e un pensiero acuto e uno spirito militarista. Ho detto ad alcuni amici stranieri che io non nego quando ci chiamate sostenitori della linea dura, perché siamo soldati. Se i soldati non parlano di guerra, chi lo farà? “Se tutti i soldati diventano colombe, qual è il motivo, per la gente comune, pagare molto per mantenere l’esercito? Perché non risparmiare il denaro per migliorare la vita delle persone e cambiare il nome dell’esercito in Associazione per la Pace. Uno spirito militarista non è destinato a provocare la guerra, ma a sostenere le difese e impedire che altri inizino le guerre. L’area circostante non è pacifica, e noi abbiamo minacce esterne. La patria non è ancora unificata e le forze separatiste sono ancora una minaccia per noi. La Cina ha sempre sognato di diventare una nazione potente da generazioni, e il sogno potrebbe finalmente essere soddisfatto nelle prossime due generazioni. Il  prodotto interno lordo della Cina è vicina ad essere la seconda nel mondo, ma non abbiamo ancora risolto il problema dell’unificazione nazionale, e non abbiamo recuperato le terre sottratte dai nostri vicini, così come possiamo vantarci di essere una nazione forte?” Luo ha detto che il sistema educativo dovrebbe promuovere un senso di impavidità e un eroismo rivoluzionario nel curriculum educativo.

7. In un editoriale intitolato “Il significato della filippica dei generale della PLA” pubblicata il 14 agosto, il “Taipei Times” ha scritto: “Luo è venuto alla ribalta negli ultimi dieci anni come uno dei principali suonatori del tamburo di guerra, minacciando sia gli Stati Uniti e Taiwan, e i leader sulla loro supposta mancanza di rispetto per il Regno di Mezzo. S’è scagliato a febbraio dopo che Washington ha annunciato l’ultimo pacchetto di armi a Taiwan, sollecitando il suo governo ad adottare misure diplomatiche, militari ed economiche per punire gli Stati Uniti, tra cui il dumping dei buoni del Tesoro USA. Ha anche difeso gli smisurati aumenti di bilancio per l’Esercito di Liberazione Popolare (PLA) degli ultimi anni, come necessari a causa della “minaccia nello Stretto di Taiwan”.
Nel novembre dello scorso anno, il generale, che lavora presso l’Accademia delle Scienze Militari a Pechino, s’è scagliato sul presidente Ma Ying-jeou, accusandolo di promuovere una politica di “secessione pacifica”. Luo era stato nel 2004 uno dei più importanti sostenitori della promulgazione da parte di Pechino della legge “anti-secessione”. Mentre gli accademici e gli analisti più volte notano che Luo e altri come lui, non parlano ufficialmente né per il PLA, né per Pechino, il fatto che l’ultima esplosione di Luo sia stata pubblicata sull’organo ufficiale del PLA, parla da sé.”

8. E ha aggiunto: “la Commissione militare centrale della Cina fa uso di funzionari militari, sia in servizio che in pensione, facendo emergere idee e suggerimenti, come mezzo per testare le reazioni e come modo per lasciare che i più rabbiosi si sfoghino. Tuttavia, se non fosse Luo a esprimere idee sostenute da Pechino, non si è a rischio che lo stesso tipo di trattamento venga riservato a scrittori, blogger e altri che hanno il coraggio di parlare a sproposito? E nemmeno lo status di Luo di generale in pensione della PLA lo proteggerebbe, se Pechino non fosse soddisfatta dei suoi commenti. Guardate i travagli del chirurgo della PLA in pensione Jiang Yanyong, che per primo ha avvisato il mondo del cover-up di Pechino della SARS, nel 2003. Salutato come un eroe sia in Cina che in tutto il mondo per aver parlato, la sua disponibilità a dice ciò che pensa gli ha procurato guai appena un anno dopo, quando ha premuto per una revisione del massacro di piazza Tiananmen. Né l’età né il suo prestigio hanno potuto salvarlo dalla detenzione e dagli arresti domiciliari. Luo ha aggredito gli Stati Uniti e i suoi alleati per troppo tempo, per pensare che i suoi commenti non rappresentano l’opinione dominante sia nella PLA che a Zhongnanhai. Sarebbe poco saggio trascuralo.”

9. Due libri sull’Esercito pubblicati all’inizio di quest’anno, si sono aggiunti alla ridda di voci che chiedono una forte e robusto esercito, che possa sostenere il prestigio della Cina. In un libro intitolato “Il sogno cinese“, il colonnello Liu Mingfu ha detto che la Cina dovrebbe costruire il più forte esercito del mondo. Ha aggiunto: “il grande obiettivo della Cina nel 21° secolo, è diventare il n. 1, la superpotenza mondiale.” In un altro libro, il colonnello Dai Xu ha scritto: “Sono molto pessimista riguardo al futuro. La Cina è in gran parte circondata da paesi ostili o diffidenti, grati agli Stati Uniti. Io credo che la Cina non può sfuggire alla calamità della guerra e questa calamità possa capitare entrare in un non troppo lontano futuro, al massimo in 10 o 20 anni”.

10. Allo stesso tempo, è evidente che ci sono altri ufficiali della PLA che non si sentono bene con il discorso da falchi in cui indulgono ufficiali come Luo. Un articolo pubblicato dal “China Daily“, il 4 marzo, ha citato un anonimo ufficiale della PLA che avrebbe detto quanto segue: “La Cina ha tutte le necessarie armi sofisticate, ma non possiamo paragonarci con gli Stati Uniti in termini di quantità. Personalmente, posso non concordare coi grandi discorsi di alcuni studiosi, (che) non possono che sviare l’immagine nazionale della Cina. Dovremmo fare di più, ma parlare di meno.”

11. Si dovrebbe prendere atto del dibattito sui pro e i contro di un approccio militarista nella definizione delle politiche, in corso nella comunità di analisti militari in Cina. Questo indica che ci sono elementi nella PLA che sentono che non è necessario per la Cina sentirsi dispiaciuta per la sua politica di assertività militare. A loro avviso, questa assertività ha due obiettivi: riconquistare territori perduti (secondo loro) dalla Cina, in passato, al fine di completare il processo di unificazione nazionale e introdurre in Cina il primato come potenza militare, non dovendo esitare a usare la sua forza militare, acquisita di recente, se ciò diventa necessario.

12. La leadership politica, pur mantenendo una certa distanza da questo dibattito, non ha scoraggiato l’espressione di opinioni a sostegno della linea dura. Questo indica un possibile indebolimento del controllo politico sulla PLA?  Non necessariamente. Tuttavia, sicuramente indica crescenti aspettative da alcune sezioni nella PLA, che le loro opinioni sulla strategia politica meritano maggiore attenzione; in particolare in materia di unificazione nazionale della Cina, che tali attori vedere come ancora incompleta.

(L’autore è Segretario Aggiunto (in pensione), del Segretariato di Gabinetto, Governo dell’India, Nuova Delhi, e attualmente Direttore dell’Istituto Alti  Studi di Chennai, e associato al Centro per gli Studi sulla Cina di Chennai.)

Traduzione Alessandro Lattanzio
http://www.aurora03.da.ru
http://www.bollettinoaurora.da.ru
http://sitoaurora.xoom.it/wordpress/

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Gli Stati Uniti, l’Af-Pak e la Cina

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Fonte: http://www.southasiaanalysis.org/papers43/paper4246.html


La questione Afghanistan è pronta a prendere una nuova svolta, con gli USA e la NATO in vena di ritiro, il presidente dell’Afghanistan Hamid Karzai intrappolato nel fuoco incrociato, e la Cina che dichiara la sua intenzione di impegnarsi con il Pakistan in Afghanistan.
Nella sua dichiarazione (dicembre 16) sul
Pakistan-Afghanistan Annual Review, il presidente statunitense  Barack Obama ha trasmesso il senso che l’intenzione originale degli USA di sradicare la militanza e il terrorismo in Afghanistan e stabilire un governo laico e democratico nel paese, è fallita. L’obiettivo ora è quello di concentrare l’attenzione sulle basi di Al Qaida in Pakistan, smantellarle e sradicarle dal confine Pakistano-afghano, sul lato pakistano, dove godono di un rifugio sicuro, grazie al l’esercito del Pakistan e dal suo potente braccio dell’intelligence, l’Inter-Services Intelligence (ISI).
Dal 2007, gli Stati Uniti dal loro più alto vertice, avevano dato prove concrete ai leader pakistani dalla collaborazione dei vertici dell’ISI con i
Taliban afghani e altre organizzazioni militanti che combattono gli Stati Uniti e i loro alleati. Questo ha avuto uno scarso impatto sull’esercito pakistano. Il comandante dell’esercito pakistano, il generale Parvez Asfaq Kayani, aveva messo in chiaro che il Pakistan ha avuto un costante interesse nella creazione di un governo amico del Pakistan, dove i Taliban afgani avevano un ruolo dominante, e contrastare l’influenza dell’India in Afghanistan. La determinazione del Pakistan nel creare in Afghanistan come una “profondità strategica” resta non negoziabile.
Il presidente Obama ha esposto frustrazione e impazienza verso la riluttanza dell’esercito del Pakistan nel voler eliminare i militanti dal Nord Waziristan. Questa è l’area principale in cui la temuta cricca
Haqqani, una creazione dell’ISI per le operazioni contro il governo afghano, si trova. Allo stesso modo, le forze di sicurezza e il governo pakistani hanno evitato di agire contro i talebani della Shura di Quetta. Attacchi dei droni statunitensi hanno colpito un certo numero di importanti leader di Al Qaida e dei taliban, ma hanno avuto scarso impatto sul cricca Haqqani.
Anche se il Presidente Obama cerca d’interrompere l’avanzata dei
taliban in Afghanistan, sembra abbia deciso di lasciare definitivamente che il problema dei taliban in Afghanistan e Pakistan sia risolto. Allo stesso tempo il presidente Obama ha comunicato che gli USA non stanno per lasciare vuoto il terreno dell’Afghanistan-Pakistan. Anche dopo il ritiro dall’Afghanistan nel 2014, la presenza civile e militare statunitense in Af-Pak, rimarrà. La presenza in Afghanistan e Pakistan è di elevata importanza strategica per gli Stati Uniti, nel contesto della Cina e dell’Asia centrale, e della futura ondata terroristica contro di essi e i loro alleati.
Gli Stati Uniti capiscono che sicuramente i centri del terrorismo antistatunitensi ed antieuropei, nel nord della regione, è difficile siano sradicati dall’esercito del Pakistan, a meno che decida di farlo. E non c’è segno che il generale Kayani abbia animo di agire su di esso. Nonostante tutto l’aiuto statunitense, militare e civile, l’esercito del Pakistan mantiene la suo lealtà  verso la Cina.
Nella sua recente visita in Pakistan (17-19 Dicembre), il premier cinese Wen Jiabao ha detto molto chiaramente che la Cina ha rapporto duraturi e infrangibili con il Pakistan. Gli accordi e i protocolli d’intesa sottoscritti per un importo di 20 miliardi dollari, nel corso della visita, hanno segnato un nuovo record nel ‘
continuo‘ rapporto Cina-Pakistan, che copre l’assistenza civile e militari e gli aiuti umanitari. Il premier Wen ha reso evidente che la Cina  sostiene l’approccio del Pakistan nelle azioni contro il terrorismo, quindi, ciò significa che appoggia il Pakistan nel proteggere e sostenere i taliban afghani, la cricca di Haqqani e simili. Ha anche affermato che la Cina continuerà a lavorare con il Pakistan in Afghanistan, nel senso del sostegno del ruolo dei taliban in Afghanistan. La Cina ha stabilito un buon rapporto con il governo Karzai, ma ancora più importante, ha un rapporto stretto con i taliban dall’epoca dell’invasione sovietica.
La Cina ha deciso di sostenere la forza militare e economiche del Pakistan, per rendere Islamabad meno dipendente dagli Stati Uniti. Intende anche contribuire a promuovere il Pakistan come un giocatore importante in Asia meridionale, qualcosa di cui l’India ha bisogno di prenderne atto. Questo avrà anche un impatto sulla posizione dell’India in Afghanistan. E’ tuttavia improbabile che la Cina cerchi attivamente di rompere le relazioni economiche dell’Asia Centrale con l’India attraverso l’Afghanistan e il Pakistan, che avrebbe un impatto sulle relazioni della Cina con questi paesi. È evidente, tuttavia, che il Pakistan consulta la Cina su tutte queste questioni. Dopo tutto, il presidente pachistano Asif Ali Zardari ha compiuto cinque visite in Cina da quando ha preso ufficio nel 2008.
Il presidente Hamid Karzai è nei pasticci, e gli Stati Uniti sono anche responsabili di questa situazione. Washington ha manovrato per nominare presidente Karzai, e poi ha cercato di abbatterlo. La corruzione è un grave problema in Afghanistan, non c’è dubbio, ma gli Stati Uniti continuano a non capire che i loro standard non possono essere semplicemente imposti in una notte l’Afghanistan. L’Afghanistan è un paese di rivalità tribali e settarie, e si risente dei regimi stranieri che impongono la loro leadership su di esso.
Il presidente Karzai si aggrappa ad ogni paglia per restare vivo – dall’esercito e dall’ISI del Pakistan a Iran e Cina. Se soccombe alla pressione del Pakistan, per includere i talibani al governo, i vecchi membri dell’Alleanza del Nord, che hanno posizioni importanti nella sicurezza dell’Afghanistan, si opporranno. E neanche amano tanto il Pakistan.
Nello scenario in evoluzione, c’è poco augurio per l’Afghanistan. L’ex ambasciatore statunitense in India, Robert Blackwill, ha suggerito la divisione dell’Afghanistan. Questo sarà lo scenario estremo, ma creerà una turbolenza costante nella terra chiusa dell’Afghanistan.
Il confronto Cina-USA sta evolvendo in Af-Pak, ed è un problema grave per questa regione. Iran, un amico strategico della Cina, ma con un discutibile rapporto strategico con il Pakistan, collegato a questioni religiose, non ha intenzione di starsene in silenzio.
Le opzioni dell’India sono di agire con calma a sviluppare un lavoro umanitario in Afghanistan e a stare lontano dalle situazioni conflittuali. L’India, dopo tutto, è l’unico paese coinvolto che è rispettato dal popolo afgano. Questa è la carta da giocare.
I nuovi sviluppi, comunque, indicano una situazione più turbolenta in Afghanistan. in quanto vi sono più parti coinvolte. Questo è il nuovo “
punto caldo” nel processo decisionale. In tali circostanze, è difficile fare una proiezione futura per la pace, la stabilità e lo sviluppo in Afghanistan.

(L’autore è un eminente analista della Cina, con molti anni di esperienza.)

Traduzione Alessandro Lattanzio
http://www.aurora03.da.ru
http://www.bollettinoaurora.da.ru
http://sitoaurora.xoom.it/wordpress/

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La Cooperazione Turco-Africana

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Il Turkish – African cooperation meeting che si è tenuto a Istanbul il 13 dicembre scorso è parte del programma di follow-up che, secondo gli accordi, deve costituire il seguito della “Istanbul Declaration on Turkey-Africa Partnership: Cooperation and Solidarity for a Common Future” e della “Cooperation Framework for Turkey-Africa Partnership”, entrambe adottate durante il primo summit di cooperazione turco-africana nel 2008. Scopo del Cooperation Meeting di Istanbul è soprattutto l’approvazione del Turkey-Africa Partnership Joint Action Plan, da mettere poi in atto negli anni 2010-2014.

L’interesse della Turchia nel confronti dell’Africa e’ abbastanza recente: risale, infatti, al 1998, quando la Banca Mondiale lanciò l’Africa Action Plan.

Dal 1998 al 2008 i rapporti tra Turchia e Africa sono gradualmente migliorati, e questo miglioramento è testimoniato sia da un forte incremento del commercio tra le due zone geografiche, sia da una serie di atti istituzionali: il 2005 è stato definito in Turchia “l’anno dell’Africa”, e in quello stesso anno la Turchia e’ stata nominata membro osservatore all’interno dell’Unione Africana; sempre nel 2005, il primo ufficio della TIKA (Turkish International Cooperation and Development Agency) e’ stato aperto ad Addis Abeba, seguita da Kartum e Dakar.

Nel 2008, poi, la Turchia è stata accettata come membro non regionale alla Banca Africana dello Sviluppo, fatto, questo, che ha molto giovato alle imprese turche che miravano a ottenere la responsabilità di importanti progetti di infrastrutture in Africa.

Ancora nel 2008 si e’ tenuto a Istanbul, inoltre, il Turkey-Africa cooperation summit (di cui l’odierno summit, e’ – come detto – parte del follow-up), allo scopo, principalmente, di tirare le fila di dieci anni di considerevoli passi avanti nelle relazioni internazionali tra le due aree geografiche, valutare i passi compiuti e progettare le evoluzioni future.

Comprendere i contenuti del Cooperation Summit del 2008 è fondamentale per capire in quali direzioni si svilupperanno i rapporti tra le due zone geografiche, e soprattutto alla luce di quali linee guida si è svolto il recente summit del dicembre 2010.

All’interno del Cooperation Summit del 2008 si possono riconoscere due principali direzioni in cui la Turchia vuole sviluppare i suoi rapporti con l’Africa: la prima concerne i rapporti tra il proprio settore privato e il mercato africano, mentre la seconda il tema degli aiuti umanitari, tema da cui ormai la Turchia – dato il fortissimo sviluppo economico in corso – non può sottrarsi.

Per quanto riguarda il settore commerciale e finanziario, i punti su cui si è maggiormente concentrato i summit turco-africano del 2008 sono: il potenziamento e la protezione degli scambi tramite accordi legali che siano favorevoli all’importazione ed esportazione di beni; l’importanza da dare ad accordi bilaterali già esistenti tra la Turchia e singoli paesi africani nel creare un comune progetto di cooperazione più ampio; la particolare attenzione da rivolgere alla cooperazione tra istituzioni finanziarie con il particolare obiettivo di incrementare gli investimenti turchi in Africa.

Per quanto riguarda il settore della salute, invece, e’ stata ribadito l’impegno comune contro la malnutrizione e le malattie infettive. In questo senso, particolare attenzione è stata dedicata all’educazione medica e all’incremento della produzione di medicine sul territorio africano.

Altro argomento discusso al summit riguarda la pace e la sicurezza, e in questo campo Turchia e Africa si impegnano in una coordinata lotta alle minacce alla stabilità. La Turchia fa, inoltre, parte delle operazioni di peacekeeping in Africa, e si impegna a contribuire al rafforzamento delle politiche dell’Unione Africana in campo di pace e sicurezza.

In campo di educazione e cultura, invece, la Turchia si impegna a cercare di incrementare il numero di borse di studio destinate a studenti africani, e – in generale – viene sottolineata l’importanza dei gemellaggi tra città e della cooperazione turistica.

L’ultimo argomento trattato nel summit riguarda, poi, energia e infrastrutture, settori molto interessanti per le imprese turche, che mirano a ottenere la direzione dei lavori di costruzione: vengono, infatti, proprio incoraggiate partnership commerciali tra Turchia e paesi africani per quanto riguarda progetti di costruzione[1].

In queste direzioni continuerà, dunque, l’evolversi dei rapporti tra Africa e Turchia, sia per quanto riguarda gli accordi nel settore privato, sia come priorità per programmi di cooperazione e sviluppo.

Anche la Turchia, come altri paesi tra cui soprattutto la Cina, ha dunque scoperto il potenziale di crescita del continente africano, che pare attualmente una delle priorità del governo Erdogan.

Simbolicamente, per sottolineare i legami culturali che legano Turchia e gran parte dei paesi africani, al summit del 2008 e’ stato fatto intervenire un rappresentante della “Organization of the Islamic Conference”, che ha ribadito le affinità religiose che legano Turchia e Africa, e ha sottolineato l’importanza della solidarietà nello sviluppo. Non puri interessi economici – è stato dunque il messaggio del summit che ha segnato una svolta nei contenuti della cooperazione, e nella cui scia il recente summit si inserisce – ma la riscoperta di profondi legami culturali.

*Erica Aiazzi è studente in Storia e Politica Internazionale (Università di Pavia)


[1] “Framework of Cooperation for Africa”: http://africa.mfa.gov.tr/framework-of-cooperation-for-africa-_-turkey-partnership.en.mfa Facebooktwittergoogle_plusredditpinterestlinkedinmailFacebooktwittergoogle_plusredditpinterestlinkedinmail

Il futuro ruolo dello yuan nel sistema finanziario globale

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Fonte: http://www.strategic-culture.org/news/2010/12/12/the-yuans-future-role-in-the-global-financial-system.html

L’avvio previsto per il 15 dicembre del commercio rublo-yuan in Russia è un evento simbolico che potrebbe entrare nella storia. Esso riflette spostamenti tettonici nell’economia e nella politica mondiale e quindi promette una trasformazione dell’architettura finanziaria globale. Al momento il contributo della Cina all’economia mondiale supera di gran lunga la possibilità di circolazione internazionale dello yuan e la porzione di valuta cinese delle riserve finanziarie nazionali. Di conseguenza le strategie finanziarie basate su aspettative positive riguardo al futuro dello yuan permetteranno sicuramente di saldare. Quello che deve venire attualmente alla luce non è la presunta sottovalutazione dello yuan ma il potenziale che i partner della Cina possono sbloccare convertendo parzialmente in yuan in futuro.

I dibattiti attuali sullo stato del sistema finanziario globale girano soprattutto attorno alle ricerche di valute più stabili di quelle designate al momento come convertibili. Naturalmente, il dollaro americano è quello più criticato considerato che il tasso della sua iniezione nell’economia globale è chiaramente davanti all’input economico statunitense e che lo squilibrio sta mettendo in pericolo, la funzionalità della valuta di riserva del dollaro. L’oro, il sistema di Bretton-Woods, varie forme di asset-backed- o, occasionalmente, piani finanziari globali alternativi con contratto- sono solitamente le soluzioni a cui si ricorre. Vengono presi in considerazione anche schemi di scambio bilaterale e multilaterale che permetterebbero ai settori industriali e commerciali di connettersi un minimo con le finanze globali volatili.

Essenzialmente nessuna delle idee precedenti è una novità: in tutte le epoche, le crisi danno una più lunga stabilità. La novità è che, probabilmente per la prima volta nella storia, l’economia basata sul debito e bolle speculative può passare ad una recessione duratura globale e la minaccia alla stabilità proviene dalla condizione delle valute “convertibili”.

Il termine “convertibile” in realtà merita di essere messo tra virgolette per il fatto che le valute equivalenti non possono essere considerate convertibili nel senso vero e proprio del termine in un mondo dove la maggiore della popolazione vive in paesi che non si tirano indietro dalla regolamentazione monetaria. In questi paesi, le valute “convertibili” non comprerebbero molti tipi di beni. Inoltre, pare che nel primo decennio del XXI secolo i centri delle dinamiche economiche convincenti siano irreversibilmente migrati verso i paesi con valute “inconvertibili”, in particolare Cina e India, dove i capitali importati sono trattati con una certa cautela. Al contrario, una buona parte dei paesi le cui valute tradizionalmente godono della reputazione di “convertibili” vengono confrontate con la deindustrializzazioni, la demonizzazione, e anche la decapitalizzazione, intendendo con quest’ultimo termine tutti quei fenomeni che comprendono la lacuna sempre maggiore tra le finanze e i beni materiali, la perdita di risorse finanziarie e la loro fuga verso varie zone lontane, ecc. In queste circostanze, proteggere l’economia nazionale, la popolazione, e lo stato nazionale dal crollo finanziario globale diventa naturalmente una strategia legittima, e le misure come dare un ruolo maggiore alla valute “inconvertibili” a livello internazionale vengono viste come una risposta adeguata e opportuna.

Dal 1994, l’anno in cui è stata introdotta la convertibilità dello yuan, creare un clima favorire per le compagnie nazionale è diventata una priorità della Cina, la legge sulla Banca Popolare Cinese pone l’obiettivo di sostenere lo yuan acquistando potere come base per una crescita economica continua. La politica che fin dall’inizio ha avuto l’obiettivo di limitare l’inflazione e sostenere il settore industriale si è dimostrata efficace nel guidare la Cina in mezzo alle intemperie economiche globali.

Bisogna notare che, se si guarda ai valori relativi delle valute nazionali, non è difficile trovare un analogo valido di Bretton-Woods. I prezzi dei consumi in Cina sono aumentati del 2,83 tra il 1985 e il 1995. Nello stesso lasso di tempo una serie di svalutazioni ha fatto sì che il valore dello yuan diminuisse del 2,84, il che significa che la valuta cinese stava perdendo valore per compensare l’inflazione. Lo yuan guadagnava importanza da allora, mentre l’inflazione in Cina era stata in gran parte domata. I fondi non residenti in Cina effettivamente non hanno perso valore durante l’epoca della riforma. Lo yuan pertanto pare essere un possibile candidato per il ruolo di valuta accettata a livello globale e universale.

Alla Cina bisogna riconoscere di aver contribuito, direttamente e indirettamente, con un influenza stabilizzante all’economia globale nel momento in cui il mondo si è trovato in gravi difficoltà dalla metà degli anni ’90. La Cina non è mai ricorsa a drastiche svalutazioni per mantenere a galla i settori di export, ha prontamente risolto le questioni finanziarie con i suoi vicini, ed è sempre riuscita a mantenere la sua economia in salita durante le ricorrenti crisi mondiali, così ha aiutato direttamente il resto del mondo ad avviarsi verso una ripresa. Dando un esempio di politica finanziarie intelligenti, la Cina ha anche aiutato indirettamente a rimettere in riga l’economia globale.

Le politiche rispettabili, caute e attentamente pianificate della Cina hanno dato al paese una buona reputazione nella sfera finanziaria. In particolare, lo yuan è una valuta adatta per promuovere la modernizzazione della Cina.

Le valute, sia regionali che globali, registrano tutte alti e bassi che non lasciano speranze riguardo al fatto che lo stato di una valuta particolare o qualsiasi particolare gerarchia di valute possano durare illimitatamente. Visto che le finanze rappresentano un’area in cui il conservatismo salutare e la moderazione sono sempre benvenute, il processo deve essere sorvegliato con pazienza. Il punto non è se il dollaro americano o l’euro non debbano essere più utilizzati in pagamenti internazionali, in realtà la saggezza tradizionale cinese dice che sono i soldi peggiori a circolare più a lungo. Piuttosto, l’idea è che non solo le quantità di liquidità o i valori funzionali ed immediati delle valute ma anche le loro altre caratteristiche e il loro futuro richiedono un sobrio assestamento. L’attuale yuan si posiziona bene fino ad un punto mai visto prima. Adesso si assiste ad un esperimento che vede lo yuan fornito insieme dalla Cina e dalla Russia. Il piano di stabilire un centro finanziario globale a Mosca dovrebbe dare la dovuta importanza al commercio dei titoli asiatici e delle valute “inconvertibili”. E le politiche di riserva della Banca Centrale della Russia non dovrebbero continuare a trascurare il potenziale dello yuan. La Russia e la Cina hanno bisogno di nuovi meccanismi di coordinazione della valuta che possano essere successivamente adottati dalla BRIC.

Per quanto riguarda la pressione sulla Cina per rivalutare lo yuan (la domanda che sembra aver sostenuto una fazione di osservatori russi), l’aspetto quantitativo del problema dovrebbe essere visto da una diversa prospettiva. La verità è che molte delle valute “convertibili” sono sopravvalutate mentre lo yuan è sottovalutato. Tale sopravvalutazione evidenzia la vastità dell’autonomia rischiosa dei soldi “facili” nell’economia della vita di tutti i giorni con i suoi bisogni di sviluppo.

(Traduzione di Daniela Mannino)

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La politica estera di d’Annunzio a Fiume

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Esattamente 90 anni fa, le cannonate delle navi da guerra italiane congiunte all’attacco terrestre da parte del Regio Esercito, costringevano Gabriele d’Annunzio, Comandante di Fiume e vertice della Reggenza italiana del Carnaro, a por fine alla sua avventura irredentista e rivoluzionaria cominciata nella notte fra l’11 ed il 12 settembre 1919 alla testa dei suoi “Legionari”.

Per più di un anno il poeta abruzzese ed eroe di guerra capeggiò una sedizione nata in ambito militare, ma che seppe raccogliere sulle rive del Carnaro significative adesioni anche da parte di intellettuali, artisti, politici e sindacalisti non solo italiani. Partito sventolando la bandiera della “vittoria mutilata”, che privava l’Italia soprattutto in Dalmazia di quanto le spettava, il Vate si pose nettamente in contrasto con quanto si andava deliberando a Parigi in seno alla Conferenza della Pace, mettendo in serio imbarazzo pure il Governo italiano. Quest’ultimo cercò di sfruttare la situazione a suo vantaggio dietro le quinte, mantenendo i contatti con gli elementi più moderati dell’entourage dannunziano al fine di prendere contatto con i movimenti separatisti che cominciavano a prendere piede nel neonato Regno dei Serbi, Croati e Sloveni, soggetto geopolitico che minacciava l’egemonia italiana nell’Adriatico e che non era neppure previsto nel Patto di Londra del 24 aprile 1915, in base al quale i Savoia si erano decisi a entrare in guerra. Quel medesimo patto, però, non prevedeva neppure l’annessione di Fiume e solamente il sorgere nella città quarnerina di un Consiglio nazionale italiano al momento della dissoluzione austro-ungarica aveva offerto il destro alla diplomazia sabauda per avanzare nuove pretese. Il litorale adriatico diventava quindi luogo di contesa fra Roma e Belgrado: dall’avamposto fiumano si adoperavano per intessere contatti con i secessionisti jugoslavi personaggi come Giovanni Giuriati, interlocutore privilegiato di Pietro Badoglio (nel frattempo nominato Commissario Straordinario per la Venezia Giulia per tenere sotto controllo la sedizione fiumana), mentre in Dalmazia un Governatorato Militare italiano presidiava i territori che dovevano essere annessi in base al Patto di Londra e a Trieste i servizi segreti militari avevano nel tenente colonnello Cesare Finzi Pettorelli Lalatta il canale con cui tenersi in comunicazione con gli ambienti croati intenzionati a destabilizzare il regno dei Karageorgevic.

A queste manovre orchestrate di fatto da Roma si accompagnavano iniziative di politica internazionale partorite dall’estro dannunziano ovvero dalle proposte di alcuni suoi seguaci particolarmente audaci. Già a inizio ottobre del 1919 la Federazione della Gente del Mare, sigla sindacale capeggiata dal socialista Giuseppe Giulietti, dirottò sullo scalo fiumano la nave Persia con un grosso carico di armi destinato al porto di Vladivostok a beneficio delle Armate Bianche che ancora contrastavano l’Armata Rossa in Siberia. In una lettera rivolta all’inatteso ma graditissimo alleato, d’Annunzio spiegava che “la causa di Fiume non è la causa del suolo: è la causa dell’anima […]. Dall’indomabile Sinn Fein d’Irlanda alla bandiera rossa che in Egitto unisce la Mezzaluna e la Croce, tutte le insurrezioni dello spirito contro i divoratori di carne cruda sono per riaccendersi alle nostre faville che volano lontano”. Ancor più esplicito sarebbe stato il discorso del 24 ottobre seguente, Italia e vita, in cui si vaticinava che “gli insorti di tutte le stirpi si raccoglieranno sotto il nostro segno […]. È la nuova crociata di tutte le nazioni povere ed impoverite, la nuova crociata di tutti gli uomini poveri e liberi, contro le nazioni usurpatrici e accumulatrici d’ogni ricchezza, contro le razze da preda e contro la casta degli usurai che sfruttarono ieri la guerra per sfruttare oggi la pace, la crociata novissima ristabilirà quella giustizia vera da un maniaco gelido crocifissa con 14 chiodi spuntati [riferimento ai 14 punti del Presidente statunitense Woodrow Wilson, ndr]. La nostra causa è la più grande e la più bella che sia oggi opposta alla demenza e alla viltà di quel mondo. Essa si inarca dall’Irlanda all’Egitto, dalla Russia agli Stati Uniti, dalla Romania all’India. Essa raccoglie le stirpi bianche e le stirpi di colore; concilia il Vangelo e il Corano”. A rincarar la dose, Gran Bretagna, Stati Uniti d’America e la nascente Società delle Nazioni erano considerati “la punta di diamante della plutocrazia internazionale, di una civiltà borghese, avida e materialista, fondata sul denaro e sullo sfruttamento del lavoro, sull’oppressione dei popoli e delle loro aspirazioni di indipendenza, sul tradimento dei valori di eroismo e di spirito di sacrificio propri del movimento combattentista, alimentati ed esaltati dalla guerra”. Siffatte dichiarazioni ed in particolare i riferimenti alla Russia bolscevica risultavano sconvolgenti per le classi dirigenti fiumane, provenienti dalla borghesia irredentista locale, e per gli elementi maggiormente nazionalisti presenti nelle schiere dei Legionari, ma questo era ancora niente.

A dicembre d’Annunzio ed i suoi più scatenati seguaci ribaltarono gli esiti di un plebiscito cittadino che doveva valutare una proposta di accomodamento avanzata dal governo italiano, la quale prevedeva di integrare parzialmente il territorio fiumano nei confini del Regno sabaudo e rinunciava alla Dalmazia, laddove per il Comandante le due questioni erano inscindibili. In seguito a questo colpo di mano, salirono alla ribalta personaggi marcatamente di sinistra come il sindacalista rivoluzionario Alceste De Ambris, già interventista e che di lì a poco avrebbe fornito i contributi maggiormente innovativi dal punto di vista sociale alla Carta del Carnaro, ma anche il letterato belga Leon Kochnitzky, il quale vedeva in Fiume il punto di partenza per una rivoluzione mondiale dei popoli sfruttati, ed il futurista Mario Carli, fondatore del giornale La testa di ferro. Dalle colonne di tale testata partirono svariati messaggi di solidarietà con la rivoluzione bolscevica, con la quale si rivendicava una sostanziale somiglianza poiché entrambe antiplutocratiche, antiliberali, guidate da leader carismatici come Lenin e d’Annunzio e nate dalla temperie bellica, come si poteva leggere nell’articolo Il nostro bolscevismo del 15 febbraio 1920: “tra Fiume e Mosca c’è forse un oceano di tenebre. Ma indiscutibilmente Fiume e Mosca sono due rive luminose. Bisogna, al più presto, gettare un ponte fra queste due rive”. Due personaggi particolarmente esuberanti della cerchia dannunziana, vale a dire l’aviatore Guido Keller e l’ardito Giovanni Comisso, animatori dell’effervescente Yoga. Unione di spiriti liberi, auspicavano la calata dei “barbari” bolscevichi al fine di distruggere la corrotta civiltà occidentale e consentire una rinascita spirituale, quasi ad anticipare le pagine del diario di Drieu La Rochelle datate dicembre 1942, in cui si sarebbe vista l’avanzata delle truppe di Stalin come lo strumento provvidenziale che avrebbe fatto repulisti in un’Europa marcia e decadente. Lenin stesso pare che seguì con interesse gli sviluppi della vicenda fiumana e Antonio Gramsci la vide come una rivolta nata sì in ambito nazionalista e militare, ma che nei suoi esiti andava di fatto a indebolire lo stato borghese italiano e quindi meritava attenzione. A partire dalla sezione triestina del Partito Socialista, però, gli appelli degli insorti fiumani a stringere un’alleanza per portare la rivoluzione in Italia caddero nel vuoto (eccezion fatta per Nicola Bombacci) e non si riuscirono quindi ad agganciare neppure relazioni stabili con Mosca.

La prima parte del 1920 fu impiegata dal cosiddetto Ufficio Relazioni Esteriori a raccogliere non solo dichiarazioni di solidarietà per la causa fiumana da parte di altri popoli sfruttati e oppressi, ma anche per organizzare movimenti insurrezionalisti. Una delegazione fiumana, che si recò a Parigi chiedendo di poter perorare la propria causa in seno ai lavori della Conferenza di pace, non venne neppure presa in considerazione e gli incontri con i delegati egiziano ed irlandese portarono in dote solamente attestazioni di solidarietà. A marzo Kochnitzky stilò l’elenco dei possibili partecipanti alla contro-Società delle Nazioni che almeno nei suoi piani stava prendendo corpo:

I – Rappresentati dei popoli oppressi: Fiume d’Italia, Isole, Dalmazia, Albania, Austria Tedesca, Montenegro, Croazia, Irredenti Tedeschi ora soggetti della Polonia, della Cecoslovacchi, della Francia, dell’Italia (con riserve: autonomia) e della pseudo-Lega delle Nazioni, Catalani, Maltesi, Gibilterra, Irlanda, Fiamminghi. Islam, Marocco, Algeria, Tunisia, Libia, Egitto, Siria, Palestina, Mesopotamia, India, Persia, Afghanistan. India, Birmania, Cina, Corea, Isole Filippine, Hawaii, Panama, Cuba, Portorico. Razze oppresse: Cinesi in California, Negri dell’America. Problema israelitico.

II – Rappresentanti dei Paesi lesi ingiustamente dalla Conferenza di Versailles: Russia, Rumenia, Belgio, Portogallo, Siam, Germania, Bulgaria, Turchia, Santa Sede. Delegazioni di partiti e di gruppi solidali col “Fiumanesimo”, principalmente italiani, francesi, inglesi ed americani”.

Ad aprile d’Annunzio stesso anticipava in un’intervista rilasciata ad un giornalista ungherese la nascita di questo soggetto, ma la costante carenza di soldi avrebbe di lì a poco segnato la fine del progetto. La Lega di Fiume si ridimensionò nel corso dell’estate 1920 a strumento della politica estera italiana, perdendosi in quelli che il dimissionario Kochnitzky definì “gli intrighi balcanici”. D’Annunzio d’ora in poi, infatti, avrebbe stretto contatti con croati, montenegrini, macedoni, ungheresi di Vojvodina ed albanesi del Kosovo con l’auspicio di poter abbattere il Regno dei Serbi, Croati e Sloveni, annettere all’Italia Fiume e creare una Dalmazia autonoma, caratterizzata da una Lega fra le sue città costiere e comunque orientata verso l’Italia, la quale avrebbe potuto farvi valere alcune servitù militari ed installarvi basi per la flotta. Così tanto fervore destò preoccupazione nel giovane ed incerto Stato jugoslavo, tanto più che nel frattempo negli Stati Uniti Wilson, maggior paladino delle rivendicazioni belgradesi, era stato sconfitto alle presidenziali, ed il Senato non aveva ratificato il Trattato di Pace.

A novembre 1920, tramite la mediazione delle rispettive ambasciate a Vienna (l’Italia non aveva ancora riconosciuto ufficialmente il nuovo assetto del regno dei Karageorgevic), si giunse pertanto al Trattato di Rapallo, il quale in Istria ricalcava il confine del Patto di Londra, erigeva Fiume a Città Libera (come Danzica), assegnava le isole di Cherso, Lussino, Pelagosa e Lagosta nonché l’enclave di Zara all’Italia ed alla Jugoslavia il resto della Dalmazia, in cui gli italiani avrebbero potuto optare per la cittadinanza italiana appunto. Nonostante in molti suggerissero a d’Annunzio di ritenersi soddisfatto in quanto Fiume non era stata annessa alla Jugoslavia come si paventava ed in Istria e Dalmazia comunque l’Italia aveva ottenuto riconoscimenti significativi, il Vate proseguì nella sua avventura, contrapponendosi all’esercito italiano che intendeva garantire il rispetto dei confini appena sanciti.

Il 13 novembre gli “uscocchi” fiumani occuparono le isole di Arbe e di Veglia, ma contestualmente si defilò l’Ammiraglio Enrico Millo, Governatore Militare della Dalmazia che fino ad allora aveva sostenuto al limite dell’insubordinazione le iniziative irredentiste provenienti dal Carnaro nei confronti del territorio dalmata. Il 24 dicembre le truppe italiane costrinsero a ripiegare su una linea difensiva più arretrata i legionari fiumani, il 26 un bombardamento navale e la ripresa dell’offensiva terrestre misero a dura prova i seguaci di d’Annunzio: il 28 alcuni notabili cittadini chiesero al Vate e ottennero di por fine alla resistenza, tanto più che in Italia la solidarietà nei confronti della loro causa si era ormai ridotta ai minimi termini.

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L’Italia al tempo di Wikileaks

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Gli attori

L’Italia non è una superpotenza e non potrà mai diventare tale, ma non è neppure uno stato piccolo, quindi non può limitarsi ad osservare in disparte ciò che sta succedendo nella vita internazionale. L’Italia è una media potenza e come tale è destinata a cercare continuamente una propria posizione tra le superpotenze di turno.

La Russia è una ex-superpotenza la quale, desiderosa di riprendersi le posizioni perse sullo scacchiere della politica internazionale dopo il crollo dell’Unione Sovietica, sta riemergendo con una nuova forza, rimettendo in discussione gli attuali equilibri geopolitici.

Gli Stati Uniti sono una superpotenza che a seguito del passaggio del mondo da unipolare al multipolare deve far fronte al ridimensionamento della propria influenza nel mondo. E come insegna la storia le grandi potenze non lasciano senza combattere le proprie sfere di influenza.

Il contesto

Per una serie di motivi storici l’Italia per oltre mezzo secolo è stata influenzata dagli Stati Uniti nelle sue scelte di politica estera. Oggi, invece, in un contesto geopolitico mondiale non più bipolare e neanche più unipolare, ma quasi multipolare, l’Italia sembra si stia staccando dalla storica influenza statunitense mediante l’avvicinamento a un nuovo polo di influenza rappresentato dalla Russia. Ed è comprensibile che in tale situazione gli Usa non possono non mettere in atto azioni volte a conservare la loro influenza sull’Italia, come testimonia l’ormai famoso cablogramma pubblicato da “Wikileaks” del 26 gennaio 2009 in cui l’allora Ambasciatore degli Usa in Italia Ronald Spogli scrive: “Per attaccare frontalmente il problema, l’Ambasciata [Usa] ha messo in campo una vigorosa strategia diplomatica e d’affari pubblici diretta a figure chiave, interne ed esterne al Governo [italiano]. Il nostro scopo è duplice: istruire più profondamente i nostri interlocutori [coloro che non vedono di buon occhio l’avvicinamento italo-russo] circa le attività russe e dunque sul contesto della politica statunitense, e costruire a mo’ di contrappeso un’opinione dissenziente sulla politica russa, specialmente dentro il partito politico di Berlusconi.” Bisogna notare che l’Italia non è l’unico paese dell’Europa occidentale che si sta avvicinando alla Russia, basta guardare al crescente sviluppo dei rapporti tra la Russia e la Germania. Chiaramente, neanche questo rapporto è ben visto dal Governo statunitense, con la sostanziale differenza che mentre nel caso tedesco gli USA “non hanno potuto certo far nulla, in Italia, invece, hanno potuto contare sull’appoggio di una parte della stampa italiana. E se l’Italia si sta avvicinando alla Russia, ciò non vuol dire che stia rinnegando i rapporti con gli Usa perché, come riconosce lo stesso Spogli “i rapporti tra gli Usa e l’Italia sono eccellenti”.

I vantaggi

Tralasciando le polemiche circa gli interessi personali che entrerebbero in gioco nel rapporto Italia-Russia, cerchiamo, invece, di capire oggettivamente quali sono i vantaggi geopolitici che l’Italia potrebbe trarre dalla stretta collaborazione con la Russia nel campo energetico.

Prima di tutto gli impegni decennali tra Eni e Gazprom potrebbero garantire la stabilità nell’approvvigionamento energetico dell’Italia. Ma ciò non vuol dire diventare dipendenti dalla Russia. Infatti, sempre Spogli scrive che “l’Italia non è totalmente cieca verso il pericolo di diventare dipendente dalla Russia, in quanto essa comunque sta prendendo dei provvedimenti per prevenire l’aumento della percentuale dell’energia importata dalla Russia”; inoltre, “dopo il ritorno al potere, Berlusconi ha annunciato che avrebbe volto nuovamente il paese verso l’energia nucleare”. Spogli sottolinea il fatto che l’Italia, pur non avendo una precisa politica energetica, è tuttavia consapevole che “la vicinanza geografica alle risorse del Nord Africa la rende meno dipendente dalla Russia rispetto alla Germania o ai paesi dell’ex Blocco sovietico”. Secondo, l’Italia pur rimanendo negli ottimi rapporti con gli Usa ha bisogno di far capire a Washington che le sue decisioni riguardo alle scelte di politica estera non vanno contrastate attraverso le pressioni sulla politica interna italiana, ma vanno rispettate, così come avviene per gli altri paesi europei (come, ad esempio, la Germania).

Se l’Italia riuscirà a portare avanti una politica energetica autonoma dalle direttive degli Usa, farà un importante passo verso la conquista del proprio diritto a una politica estera indipendente. L’indipendenza nella politica estera potrà permettere all’Italia un giusto inserimento nei nuovi equilibri globali basato sulle proprie esigenze geopolitiche e non su quelle imposte dagli altri.


* Konstantin Zavinovskij è dottore in Lingue e comunicazione internazionale (Università degli Studi di Roma III)

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Cosa si nasconde dietro Wikileaks?

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Fonte: http://www.aldogiannuli.it/2011/01/cosa-si-nasconde-dietro-wikileaks/

Una rivoluzione nel mondo dell’informazione, un cambiamento epocale nel mondo delle relazioni internazionali, conseguenze straordinarie causate da un solo fenomeno: “Wikileaks”.

In realtà “Wikileaks” è un fenomeno che non è ancora stato confrontato con la realtà oggettiva.
Tralasciando il fatto che i segreti rivelati sono tutti segreti parziali, in parte già noti agli esperti del settore, restano ancora oscuri il suo modo di operare, la sua rete e i suoi finanziamenti. Nel momento in cui restano oscuri questi aspetti, non siamo in grado di valutare quali siano i reali cambiamenti epocali verso i quali questo fenomeno ci sta indirizzando.Se analizziamo la vicenda “Wikileaks” dal punto di vista informatico, considerando le modalità secondo cui è imputata di essersi procurata i documenti, possiamo individuare aspetti non chiari, alcuni dei quali possono determinare il nostro approccio a questo caso.

In questa analisi dobbiamo sempre considerare con attenzione tre dati fondamentali: la quantità elevata di documenti trafugati,il periodo di tempo esteso durante il quale questi documenti sono stati redatti e la loro provenienza da zone diverse del mondo.

Dalle informazioni diffuse abbiamo appreso che un soldato, Bradley Manning, è imputato di aver trafugato i documenti da una rete informatica segreta, normalmente utilizzata da alcuni enti governativi e militari statunitensi, e di averli successivamente passati al gruppo di “Wikileaks”.

Prima di analizzare questa teoria, è opportuno declassarne altre dal rango delle ipotesi attendibili.

Infatti, molto probabilmente le informazioni riguardo le modalità di trafugamento dei dati varieranno nel corso del tempo. Le modalità del furto restano uno degli aspetti fondamentali e mantenere un certo livello di incertezza a riguardo è un interesse diffuso sia da parte governativa che militare. Lasciare questi aspetti non del tutto ben definiti potrà inoltre rivelarsi estremamente utile in futuro, quando e se si deciderà di introdurre della legislazione limitativa della privacy o della libertà di comunicazione in rete.

Iniziamo con l’escludere il furto di dati tramite attività di intercettazione delle comunicazioni sia radio che satellitari. In questi casi la complessità degli apparati e delle procedure di funzionamento garantiscono un livello di sicurezza estremo, difficilmente violabile anche da apparati governativi e militari riconducibili a potenze straniere normalmente identificate come “ ostili ”.
La quantità di dati trafugati e la provenienza degli stessi da zone diverse del mondo, ci porta a considerare che un operazione di questo tipo sarebbe stata troppo complessa da porre e in atto, inoltre avrebbe dovuto estendersi per un periodo di tempo troppo lungo, aumentando esponenzialmente la possibilità di essere individuata e garantendo il tempo necessario per porre in essere le dovute contromisure.

Considerando inoltre che le informazioni trafugate, vista la quantità e le zone di provenienza, hanno sicuramente viaggiato per canali differenti e in periodi di tempo molto distanti fra loro.

Se per pura ipotesi volessimo accettare che fossero state tutte intercettate, occorre aggiungere che le trasmissione di dati su queste reti non avvengo in chiaro, ma crittografate, quindi i dati trafugati non sarebbero interpretabili.
La crittografia se ben implementata, come avviene nelle reti di comunicazione degli apparati governativi e militari statunitensi, garantisce un livello di sicurezza estremamente elevato. La decriptazione delle informazioni, in assenza delle apposite chiavi, che proprio per sicurezza non vengono trasmesse con le informazioni stesse, è un’operazione che in determinati casi nemmeno le reti di calcolo militari statunitensi, per i dati di cui disponiamo oggi, sono in grado di compiere.

Esistono specifiche procedure di implementazione di questa tecnologia, stabilite dalle preposte agenzie e sappiamo per certo che non vengono e non possono venir disattese.

Veniamo ora all’ “ipotesi Manning”, il quale, avendo accesso alla rete militare segreta, avrebbe effettuato un banale “copia e incolla” di una parte significativa del database.

Questa versione è difficilmente credibile, nonostante il parere favorevole di alcuni esperti, a dire il vero non troppo indipendenti dagli stessi enti governativi.
Tale versione non è compatibile con le procedure di sicurezza più elementari, oltre a quelle descritte e implementate dagli stessi enti governativi statunitensi.
Esistono diversi manuali resi pubblici, prodotti da preposte agenzie governative statunitensi: decine di migliaia di pagine descrivono numerose norme e procedure di sicurezza informatica estremamente complesse, studiate per intervenire a diversi livelli e gradi.

La “ipotesi Manning” prevede invece il caso diametralmente opposto: l’insicurezza diffusa, provocata dalla disattenzione verso una quantità enorme di procedure, alcune fra le più banali.

Questa ipotesi produce la visione di una delle reti più importanti e segrete degli Stati Uniti come estremamente vulnerabile, insicura a tal punto che in determinati casi non sarebbe in grado nemmeno di garantire gli standard di sicurezza di una rete commerciale.

Inoltre accedere alla rete non significa accedere a tutti i dati che la rete stessa detiene.
I documenti, tanto più se segreti o confidenziali, sono catalogati e mantenuti in appositi database, ospitati su server dedicati, ai quali è possibile accedere solo attraverso il rispetto di scrupolose procedure.

Assumiamo, come sostengono alcuni, che i documenti all’interno di questa rete, un volta effettuato l’accesso, siano detenuti in modalità non crittografata. Anche in questo caso le normali procedure di sicurezza stabiliscono che l’accesso alle stesse informazioni è regolamentato da specifiche policy studiate ad hoc, per garantire l’integrità e la sicurezza dei dati stessi.

Occorre fornire delle credenziali per poter accedere ai dati, credenziali studiate e garantite solo per l’accesso alle informazioni strettamente necessarie all’espletamento dell’attività posta in essere dal richiedente. Molto spesso sono variate da esperti terzi, in funzione delle richieste che devono essere a loro volta giustificate e accreditate.

Inoltre le credenziali variano in base alle diverse tipologie di utenza.

Esistono poi tecnologie di tracciamento e monitoraggio delle operazioni svolte sui database che intervengono automaticamente ad impedire attività proibite come la compromissione dei dati, la variazione indiscriminata e casuale, la manipolazione e la copia di un’ampia quantità degli stessi.
Gli apparati informatici che dispongono dell’ accesso a tali database, contenenti informazioni con diversi gradi di riservatezza, debbono essere vincolati da forti limitazioni all’accesso di periferiche proprio per impedire la copia non voluta dei dati.

Inoltre deve essere proibita, all’utilizzatore, l’installazione di software commerciali e di terze parti, se non in maniera assoluta, almeno parziale; l’intero software installabile deve essere approvato e deve sottostare alle complesse procedure di sicurezza previste. Ricordiamo che Manning è accusato anche di aver anche installato questo genere di software non certificato.

A conferma di ciò occorre considerare che, dai dati emersi negli scorsi anni, questa rete sarebbe accessibile da un personale numericamente elevato, stimato in più di tre milioni di persone.  Per garantirsi un livello di sicurezza accettabile le policy minime di sicurezza descritte in precedenza debbono obbligatoriamente essere implementate.

Allo stesso modo, l’ipotesi di una attacco hacker condotto da un gruppo legato a “Wikileaks”, si scontrerebbe con i medesimi problemi dell’ “ipotesi Manning”, oltre che con altri ben più complessi. Ipotesi quindi ancor meno attuabile e ancor più remota, se condotta da personale non appartenente ad organismi militari.

In via definitiva emergerebbe che, o questa rete segreta governativa è meno sicura di quella di una media azienda o di un’ università, insicura a tal punto da non poter essere nemmeno certificabile secondo gli standard internazionali e gestita disattendendo le principali procedure di sicurezza, stabilite dalle medesime agenzie governative, oppure che il “caso Manning” così come ci è stato raccontato non corrisponda alla realtà.

A questo punto, se assumiamo la seconda ipotesi come più probabile ci troviamo di fronte a due strade. La prima ci porta a credere che la fuoriuscita dei documenti sia stata pilotata da enti o funzionari appartenenti agli stessi Stati Uniti, al fine di influenzare determinate scelte politiche su scala globale. La seconda ci porta a considerare l’ipotesi di un attacco informatico alla rete militare statunitense, ben orchestrato e attuabile solo da chi detiene elevate capacità in materia, come la Cina.

L’unica certezza è che Wikileaks non sarebbe quel fenomeno straordinario che ci è stato fatto credere ma, un semplice strumento dietro al quale si cela un gioco strategico ben più complesso.


Le opinioni espresse nell’articolo sono dell’Autore e potrebbero non coincidere con quelle di “Eurasia”

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The importance of Russia to Italy

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Source: “Eurasia”, Italia review of geopolitics, no. 2/2010


Ten centuries of indifference

In 1472 the Gran Prince Ivan III of Moscow, forthcoming gosudar’ (monarch) of all Russia, married a Byzantine princess, Sophia (Zoe) Palaiologina, Constantine XI’s niece, the last emperor of the Eastern Roman Empire deceased nineteen years earlier on the walls of Constantinople after being assaulted by the Turks.

For the occasion, Ivan III assumed the double-headed eagle, the imperial court ceremonial, and the title of Tsar (car’ according to the current transliteration) from “Caesar”, a Roman Emperor heritage that had been handed down until its end in 1453.

It is no surprise that during those same years the legend of the Roman descendance of the Moscow princes was spread in Russia, along with the “Third Rome” theory – Moscow indeed – as the successor of the original and the second Byzantine Rome1.

According to the legend Augustus had split up the empire sharing it with relatives (by the time this story was thought it was common to consider the State as a monarch’s property, and such conception was stated during the classic period as well) making his brother, named Prus, leader of the Vistula’s rivers. After fourteen generations, Rjurik, the Viking who started the Rurik dynasty to which Ivan III belonged, will be born. The third Rome theory, born during the XV century, had been completely formulated only five years after Ivan III’s death, when in 1510 the abbot Filofej wrote a letter to the Tsar Vasili III with the famous sentence «Two Romes have fallen, but the third one stands and there will be no fourth»2 .

A few years after his wedding with Sophia, Ivan III sent his agent to Venice, his goal was to invite to Moscow Italian architects and distinguished people: between those who accepted were Aristotile Fieravanti, Aloisio of Milan, Marco Ruffo and Pietro Antonio Solario.

In a few years Fieravanti built the Cathedral of the Annunciation. Ruffo, Solario and other Italian architects concurred to build the Kremlin, constructing the Palace of Facets and various towers.

It was just the vanguard, since the Italian contribution on the Russian architecture went on for centuries.

There are excellent monographs on this subject3, we’ll mention only some other examples, such as Bartolomeo Francesco Rastrelli (1700-1771), author of the Winter Palace, of the Smolny Institute in Saint Petersburg and the Palace of Tsarskoye Selo (today Puškin), and Giacomo Quarenghi (1744-1817), well known for the Hermitage Theatre (Saint Petersburg).

Despite these significant cultural relationships – mostly one way actually – for many centuries those politics were not as considerable, if we don’t consider the relationship between the Papal Rome and the Orthodox Moscow, mainly religious and not very peaceful. It’s easy to identify the reason why the political relationship between Russia and Italy for almost a millennium was non-existent. Between the IX to the XI century the Kievan Rus’ had been a State that linked through the north-south river course the Baltic Sea to the Black Sea, and did not face west. During the same period, the Kingdom of Italy of Lombard-Carolingian origins was in a deep institutional crisis, and even in the south the Byzantine control had severe troubles leaving room to secession attempts: there was no time for thinking about foreign countries if not for the fear of possible invasions. Between the XIII century and the age of Ivan III the Russian principates had to go under the Mongolian Golden Horde, directing towards east; in the same period in Italy the imperial hegemony attempt failed causing an extreme political break, especially in the centre-north area of the country: the Italian “foreign” policies aimed to ask for military help to close cities, national leagues of Guelphs and Ghibellines and to other near military powers. While Muscovy found its way out of the Mongolian control and reunified the Kievan Rus’, finally becoming an important European country, Italy, since Charles VIII’s coming, goes into its dark ages when the peninsula becomes battlefield and land of conquest for big foreign military powers. In those thousand years between the birth of Rus’ and the Napoleonic age, Russia’s history is about the rise of a powerful nation and the Italian history is about the decline of an important nation, although even Moscow didn’t have the strength to look away from its region. Therefore, while Italy focused on internal fights, the Kremlin took care of the Russian reunification not going beyond Ukraine and Belarus, expanding mostly towards east, in the exciting Siberian Cossacks’ run between ‘500 and ‘600. In those conditions, the two national histories could not encounter, except for the cultural gaze exchanges that we briefly mentioned before.

Italy discovers Russia

In the struggle against Napoleon’s France Russia under Alexander I gained the title of Europe’s great power. Italy could not ignore its importance anymore, whereas Moscow didn’t need to attach importance to our weak and divided peninsula: hence why Italy started to “discover” Russia in early 800’s, but it took a longer time before Italy could be viewed in the same way.

As we’ll see, we could assert that Moscow, in its Soviet period, did not completely discover Italy.

For about a century, this “discovery”, wasn’t exactly appreciated by the Italian. Russia, considering its role in the Holy Alliance, was constantly hostile to the Italian reunification process – although its reunification was gladly accepted by the Russian intellectuals. More than fifty thousand Italians (both northerners and southerners) joined the great Napoleon’s Russian campaign, mostly in the fourth corps commanded by the Vice-King, foster child of the Emperor, Eugène de Beauharnais. These fifty thousand men faced the same tragic fate as most of the Grande Armée, but only after being covered in glory at Borodino.

In 1849 the Russians concurred to the defeat of the revolutions of 1848 invading Kossuth’s Hungary; helping the Habsburgs, indirectly facilitated their Italian campaign, even though in the peninsula, during the Hungarian campaign, the revolution was already dying.

A few years later the Habsburgs, showing ingratitude, sided against the Romanovs in the Balkan area. This could have made the Russian Empire a potential ally for the Italian Risorgimento, considering the common hostility towards Austria, but the geographic distance, the diplomatic isolation of Moscow and the poor history of the diplomatic relationships between the two countries drove the Count of Cavour to not even consider this hypothesis, deciding instead to aim at London and Paris. In 1855, the Count of Cavour chose to give a positive answer to the requests of the two western powers, though the public opinion and his same cabinet didn’t feel the same way, sending Piedmont soldiers to fight in Crimea against Russia and, as a consequence, in favour of Vienna which diplomatically endorsed the intervention. Though the Crimean war is usually portrayed as a Count of Cavour’s “diplomatic masterpiece”– whom turned the Italian issue into a matter of International politics, rather than a public order question – the British historian Denis Mack Smith raised various doubts, asserting that the intervention was forced by Vittorio Emanuele II and at the Congress of Paris «the results were disappointing», enough to lead the Count of Cavour to hope «to find an alley in the defeated Russia»4.

Actually Italy went on looking at the western powers, and after the unification – when our country’s goals aimed at the Balkans – Russia became a political “competitor”. The concern towards the Russian-German-Austrian Dreikarserbund, potentially able to cut Italy out of the Balkans matter5, led our nation to approach Germany, and the crisis between the three Emperors coincided with the birth of the Triple Alliance. In other words, Italy replaced Russia in the Austrian-German alliance system.

Only in early 900’s Italy started to discover Russia on a different perspective, not like a far threat but rather like a potential friend.

Russia as a diplomatic counterbalance

Italian diplomatic history is made of balances and counterbalances, allies and “friends”. It is understandable considering that it has been the last of the great powers, and that since 1943 it is just a middle power. Rome has always bound itself with powerful allies, under whose shield it could lead its politics; in the meanwhile, not to surrender to its senior partner, Italy tried to endorse a different power, a “friend” rather than an ally, in order to take advantage of this triangulation to gain autonomy.

The Risorgimento was made under the Second French Empire’s protection but Piedmont kept tight relationships with England. Without this second reference point the Italian history would have been different. Napoleon III promoted the Sabaudian crown’s expansion towards the northern area of Italy, in order to move against the Habsburgs, but in its strategic plans it would have been just a French satellite state, just like the other two Italian kingdoms that would have been born in the centre and the south of the peninsula. The English, instead, did not sympathize with Austria but they were even more afraid of the French expansion, therefore they decided to support in a crucial way a further Sabaudian expansion until the creation of a unified Italy, which would have been useful to check France in the western Mediterranean.

After 1871, with the fall of the Second Empire and the launching of a clerical republic in France, Rome had to give up the alliance with Paris and, after an excessive hesitation, it aimed for an alliance with Germany. The Italian diplomacy hoped to raise England to the status of ally, but it didn’t become more than a “friend” keeping its role of counterbalance. The Italian experience in the Triple Alliance could be compared to a wave: the tide raised until it reached the top with Crispi’s presidency; then it broke against Adua’s rock and started to flow again. It was during this period, characterized by an open, dynamic and partially inconsistent diplomacy of Italy – between the Austrian-German allies and the French-British “friends”– that Rome concluded its first formal agreements with Russia.

Around 1907 the Russians and the British reached an arrangement about the tensions in Asia (Persia, Afghanistan etc.). Since Moscow became “friend” of our “friends”, Rome tried to approach to it as well signing commercial agreements first. With the Bosnian crisis in 1908 the Ministry of foreign affairs Tittoni tried to come to an Austrian-Italian-Russian agreement in the Balkans, but Berlin’s intervention to back up Austria stopped the plan, making Vienna particularly self-confident and leaving Moscow hesitant. The following year though Russia took the initiative.

On October 24th 1909 the Tsar visited the King in Racconigi: the Ministry Aleksandr Isvolskij introduced an agreement draft to Tittoni and, to avoid possible hesitation by the Italians, he showed a copy of the declaration of neutrality between Austria and Russia in 1904: it was kept secret since it was obviously addressed against Italy. Even the Racconigi treaty was drawn in secret, and it was planned for Italy and Russia to keep the status quo in the Balkans and, if it was impossible, to facilitate the birth of national states instead of the imperial expansion of external countries (such as Austria-Hungary). The Treaty, immediately followed by another bilateral agreement with Vienna (Italy continued to adopt the “allies and friends” policies) didn’t limit to just the Balkan area: Rome agreed to support the Russians on the straits of Bosporus and Dardanelles in return for allowing them the occupation of Cyrenaica and Tripolitania. As Sergio Romano writes, «The promise of Racconigi showed that Italy was ready to increase the number of players to reduce the Anglo-French hegemony» in the Mediterranean6. For the first time, Russia was in the game of balances and counterbalances of the Italian diplomacy.

The big military conflagrations always represent a negative event for the disvantaged powers, and this is the case of Italy during its entire modern unitary history. With the beginning of the Great War, Rome was forced to side one of the two coalitions in war – and predictably it chose to support the one that could have represented a bigger danger7. Being by Russia’s side, in this situation, was a coincidence after all: because actually Italy lined up with the French and the British. The Tsar’s Empire could have been useful after the war, if it didn’t anticipate the fate of the three big defeated empires that had been broken up and brutalized by the greedy and vengeful Versailles’ politics. Italy ended up alone, with three strong allies – France, England and U.S.A. – and no “friend” able to help her. The French and the British – even for the lack of immediate threats, and so a scarce need to be in a good relationship with Italy – showed to not be keen to give a hand in the Balkans, in the Mediterranean and in Africa, lands that could increase the Italian power and become a threat for them. Wilson, strongly disliked the Italian diplomacy, and was a further obstacle rather than helpful: after him the U.S. adopted a political isolation, and Rome remained alone, Cinderella amongst the two evil sisters, not to mention stronger than her, willing to keep it as a junior partner in the triad (to restrain Germany and communism) – but surely nothing more than that. So we can interpret the acknowledgement of the USSR by Mussolini on February 7th 1924 (one of the first European governments to do it) in the light of the pattern we mentioned so far. Without Germany, the Soviet Union was viewed as the “friend” able to be a counterbalance with the allies8. This didn’t last long though, first for Mussolini’s hesitations to side against “the western demo-plutocracies”, and second for the return of Germany in the international scene, which became the new point of reference on its foreign policy. During the World War II Mussolini sent Italian soldiers for the third time – after Napoleon and Cavour – to fight against Russia; and like the previous two times, the Italian didn’t follow own geopolitics interests to do this, they just entrusted themselves to the ally which decided and guided the war. It’s well-known that Hitler didn’t even consult with Mussolini before launching the “Operation Barbarossa”, that ended up to be the turning point for the war, but not in the meaning that Führer wished.

After the defeat, but before the end of the war, the importance that the Soviet Union was having in the international politics, and that it could have in the Italian foreign policy, was clear to everybody.

The Italian Kingdom, during the conflict, was subject to an Anglo-American control commission. Renato Prunas, able and daring General Secretary Ministry of foreign affairs (de facto minister, since titular of the department was prisoner of the German), decided with Badoglio to increase their negotiation abilities involving the USSR in the game: in the winter 1943-44 he started negotiating with Andrej Vyšinskij leading in March to regular diplomatic relationships between the Italian Kingdom and the USSR. The problem was that Moscow, by then, didn’t “discover” Italy as a functional geopolitics element and, as we’ll see, this condition lasted during the following decade as well, compromising the attempt of the Italian approach; also, being Italy in the western sphere of influence, the Soviet decided to not deal with the diplomacy but only with the communist party9. In this circumstance the Kremlin, which only expected from this agreement to send a message to the Anglo-Americans, treated with an extreme coolness the Italian ambassador, Pietro Quaroni, in Moscow. The Roman diplomacy was soon to receive a cold shower by the Soviets. In the post-war period broad sectors of the Italian diplomacy and politics had strong doubts about the atlanticist choice of the Prime Minister Alcide De Gasperi and his Ministry of foreign policy Carlo Sforza. In particular Manlio Brosio, expert liberal politician who in late 1946 replaced Quaroni as ambassador in Moscow, pleaded the neutralist choice, hoping that Italy could get better with a new “decisive weight policies”: like a beautiful woman who keeps the two admirers on tenterhooks, gaining even more attentions from the suitors, Rome had to stay in balance between the two arrays and enjoy that privileged position. Actually though, it was impossible because the Soviets took for granted that Italy had to be in the US spheres of influence: therefore they didn’t show interests towards Brosio’s project, willing to have a “popular diplomacy” with Italy through the local communist party10. Brosio, given the Soviets’ indifference, ended up to convert himself into to the atlanticism, becoming also General Secretary of the NATO between 1964 and 1971.

The idea of establishing friendly relationships with the USSR to use it as counterbalance for the powerful and intrusive North-American ally and gaining room for independent actions (especially in the Mediterranean) remained a constant presence in the Italian ruling class. The “new-atlanticist” wing, against the “orthodox atlanticists”, carried on such project. In early 1956 the President of the Italian Republic Giovanni Gronchi started to converse with the Soviet ambassador about the chance of finding a peaceful solution on the German matter, promoting the confederal union of the two union and their neutralization. The Soviets were interested, but the orthodox atlanticists Segni and Martino – respectively Prime minister and Ministry of foreign policy – intervened to stop, here as in other situations, the presidential diplomacy. Washington didn’t like the solution Gronchi suggested, because in 1954 it included West Germany in the NATO launching its rearmament with anti-Soviet purposes (as a response to that act, in 1955, the Warsaw Pact was made).

In February 1960 Gronchi went to visit Moscow, hoping to open the conversation on the German matter and on the relationships between the two coalitions but, surprisingly, during a reception at the embassy Nikita Chruščëv publicly humiliated him, in a further proof of how little the Soviet cared of the Italian diplomacy. Chruščëv, showing a lack of tact, blamed the Italians for the «criminal action» of the decade before and comparing the scientific Soviet achievements (the Sputnik just landed on the moon) with the unemployment of our «burgeois state». The Prime Minister Amintore Fanfani had more luck in August 1961, when he went to Moscow; although, Chruščëv didn’t acknowledge the role of Italy as a possible mediator between USA and USSR, and while Fanfani was going back to Italy, Chruščëv decided to solve the German matter with the building of the Berlin wall. As a matter of fact, since then Rome gave up on actively looking for a friendship with Moscow, focusing its autonomy expectation on the Mediterranean and showing a certain loyalty towards Washington in the confrontation with the USSR.

The end of the two-way contrast put the Italian foreign policy in crisis: without an European enemy for the USA, there is no opportunity to enhance its contribution in the alliance. The only solution is the one Italy adopted in the past: trying to counterbalance the ally’s power with a strong “friend”.

The revival of the Russian Federation with Putin clearly shows the way to the Italian diplomacy more aware of the geopolitical role that our country holds. The friendly relationships established with Moscow by the present Italian government make us hope that this requirement has been understood.

Russia as Energy provider

It can not remain unsaid that the most successful Italian visit in the communist Russia, in spite of Gronchi and Fanfani, was Enrico Mattei’s visit. During November 1957 the ENI’s executive signed the first agreements with Moscow for the Soviet oil imported to Italy, in return for digging tools and for crude oil transportation equipment.

During the 70’s, after a sudden oil price soar decided by the OPEC, the Italian government tried to hold the fright by increasing the use of natural gas in the national energetic consumption. For that reason the USSR, along with Libya and Algeria, became a privileged country, and the agreements reached with Mattei were even reinforced.

Italy in the European Union, with an energetic gross consumption of 186,1 millions of tonne of oil equivalent (mtoe)11 , comes only after Germany (349), France (273,1) and United Kingdom (229,5). In terms of gross importations12, Italy overtakes the two western countries with 164,6 mtoe getting close to Germany (215,5). In the energy dependence ranking, or rather in a ratio of importations and gross consumption, Italy 86,8% overtakes all the other big European countries, like Spain (81,4%), Germany (61,3%), France (51,4%) and UK (21,3%), ending up to be behind only small countries like Cyprus, Malta and Luxembourg (which are fully dependent) and Ireland (90,9%)13. It’s interesting to notice that the dependence datas are increasing: In 2004 it was the 84,5%14. Though Italy is the fifteenth energy consumer in the world, it’s also the ninth major energetic importer. Oil and natural gas dominate the supply of primary energy in Italy, therefore even the sight of its importations (added up to the 85% of the total): the country is the seventh major importing country of oil in the world, and the forth major importer of natural gas15.

In this perspective Russia, major energy provider, becomes fundamental in the Italian geopolitics. Rome needs to keep friendly commercial relationships with Moscow to preserve the transits of Russian hydrocarbons to our country: therefore it’s easy to explain the choice the ENI made to cooperate with Gazprom, and in particular with the construction of the South Stream gas pipeline, that bypass the unstable western Europe. This factor adds up to the need of a diplomatic counterbalance in the attempt to suggest, without any doubt, Russia as one of the necessary pillars of the Italian foreign policy in the XXI century.

(Translated by Giuliano Luiu)



1. Cfr. Nicholas V. Riasanovsky, Storia della Russia. Dalle origini ai giorni nostri, Bompiani, Milano 200310, pp. 113-114.

2. Ibidem, p. 132.

3. See also: Ettore Lo Gatto, Gli artisti italiani in Russia, 3 voll., Ministero degli Affari Esteri, Roma 1934-1943.

4. Denis Mack Smith, Il Risorgimento italiano, il Giornale, Milano 1999, pp. 296-297.

5. Fundamental on this subject Brunello Vigezzi, L’Italia dopo l’Unità: liberalismo e politica estera in Idem, L’Italia unita e le sfide della politica estera. Dal Risorgimento alla

Repubblica, Unicopli, Milano 1997, pp. 1-54.

6. Sergio Romano, Guida alla politica estera italiana. Da Badoglio a Berlusconi, Rizzoli, Milano 20062, p. 20.

7. Cfr. Marcello de Cecco, Gian Giacomo Migone, La collocazione internazionale dell’economia italiana, in Richard J.B. Bosworth, Sergio Romano (a cura di), La politica estera italiana / 1860-1985, Mulino, Bologna 1991, pp. 147-196.

8. Michele Rallo’s considerations partially move this way, Il coinvolgimento dell’Italia nella Prima guerra mondiale e la “Vittoria mutilata”. La politica estera italiana e lo scenario egeo-balcanico dal Patto di Londra al Patto di Roma, 1915-1924, Settimo Sigillo, Roma 2007. See also Manfredi Martelli, Mussolini e la Russia, Mursia, Milano 2007.

9. Cfr. S. Romano, Guida alla politica estera italiana, cit., pp. 26-27.

10. Cfr. S. Romano, Guida alla politica estera italiana, cit., pp. 68-69.

11. Or rather: primary productivity + importations – exportations.

12. After-tax importations of the exportations.

13. All these datas are from Europe’s Energy Portal: <http://www.energy.eu/>.

14.<http://ec.europa.eu/energy/energy_policy/doc/factsheets/country/it/mix_it_it.pdf>.

15. <http://tonto.eia.doe.gov/country/country_energy_data.cfm?fips=IT>.

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